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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013


Gostaria de agradecer a todos os leitores do blog espalhados pelo Brasil e pelo mundo! Desde 08 de maio de 2012 (data de criação do mesmo), atingimos mais de 24 mil acessos.
Desejo um 2013 de inúmeras conquistas a estas inúmeras pessoas, repleto de amor, dinheiro, felicidade, saúde e paz! Que muitos sonhos se realizem!!!
Abaixo segue a lista de número de acessos por país:

Brasil: 21.190
Rússia: 956
Estados Unidos: 920
Alemanha: 516
França: 130
Portugal: 115
Israel: 42
Polônia: 34
Reino Unido: 21
Ucrânia: 11
Japão: 10
Equador: 6
Colômbia: 6
Itália: 5
Uruguai: 3
Marrocos: 2
Suíça: 2
Espanha: 2
China: 2
Argélia: 2
Egito: 2
            Filipinas: 2
Porto Rico: 2
Turquia: 1
Hong Kong: 1
Entre outros: 17

A caninana


 
A criançada, em meio as tarefas de roça dos pais, inventara de brincar no taquaral. Um lugar fresco/umedecido diante das agruras do calor. A planta, num morro próximo duma nascente, acumulava um material impróprio de restos vegetais. Um ambiente propício, como esconderijo, aos bichos peçonhentos. Ouriços e ratos mostravam-se igualmente refugiados e resguardados no espaço.
          As crianças, ainda menores e poupadas da capina (da mandioca pelos genitores na lavoura próxima), inventaram uma brincadeira anômala. A invenção de passatempos, diante da ausência de maiores brinquedos, mostrara-se uma rotina nas colônias. Elas mexiam e remexiam em ciscos, gravetos, pedras e varas. Os roedores, em meio ao desespero da cachorrada, tratavam de subir as varas (das taquaras). Um refúgio aparente diante da ação de cães e humanos. As peças, em meio as subidas, viam-se balançadas. Os ratos, diante da anomalia e temor, trataram de cair ou pular. Os cães simplesmente estraçalharam-os. Uma algazarra e gritaria, escutada a boa distância, instalara-se no cenário. A vizinhança cedo reparou o diverso e interrogou sobre os acontecimentos.
          Um ingênuo guri, numa altura, descobriu outro refúgio duma moita. Ele, metendo as mãos, deslocou restos vegetais. A certeza consistia da presença de mais alguns roedores (escondidos). Transcorreu, num inimaginado, o assombro e o temor! Uma comprida e volumosa cobra! Esta, com aproximados um metro e meio de comprimento e grossura dum braço de adulto, dirigiu-se na direção do mexerico. Este, deveras assustado, tornou-se estático e pálido. “Gelou nas bases” e ficou sem palavras. Apontou mudo na direção do réptil. Os genitores, num berreiro pelos manos, viram-se alertados/chamados. Estes advieram “a mil” e logo reconheceram tratar-se duma inofensiva caninana (Spilotes pullatus). Elas costumam habitar ambientes próprios da proliferação de roedores.
           As crianças, até o desfecho dos seus dias, aprenderam a nobre lição do extremo cuidado em mexer em certos ambientes. Os lugares impróprios a uns, servem de refúgio/moradia a outros. As brincadeiras são os meios empíricos das crianças assimilarem o conhecimento. Um fato corriqueiro nas colônias, a criançada brincar no sabor da roça (na proporção dos pais ocuparem-se nas tarefas da agricultura).

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias"


Crédito da imagem:http://www.primareptilia.com/spp_care.html

Platão


  1. Só os mortos conhecem o fim da guerra.
  2. A necessidade é a mão da invenção.
  3. A paz do coração é o paraíso dos homens.
  4. Os números dominam o mundo.
  5. O importante não é viver, mas viver bem.
  6. Na vida duas coisas são certas: o amor e a morte.
  7. Riqueza alguma poderá proporcionar a paz a um homem mau.
  8. Se lutarmos com fé estaremos duas vezes armados.
  9. Quando a mente está pensando, está falando consigo mesma.
  10. Procurando o bem para os nossos semelhantes, encontramos o nosso.
  11. Devemos seguir sempre o caminho que conduz ao mais alto.
  12. Vencer a si próprio é a maior das vitórias.
  13. O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel.
  14. Não é permitido irritar-nos com a verdade.
  15. Tudo quanto vive provém daquilo que morreu.
  16. Não deixes crescer a erva no caminho da amizade.
  17. Buscar e aprender, na realidade, não são mais do que recordar.
  18. Todo homem é poeta quando está apaixonado.
  19. O livro é uma mente que fala mas que não responde.
  20. Devemos prosperar por merecimento, não por proteção.
  21. Onde não há igualdade, a amizade não pendura.
  22. A parte que ignoramos é muito maior que tudo quanto sabemos.
  23. Uma vida não questionada não merece ser vivida.
  24. Os espíritos vulgares não tem destino.
  25. A sabedoria consiste em ordenar bem a nossa própria alma.
  26. Tudo aquilo que engana parece libertar um encanto.
  27. A procriação e o nascimento são coisas imortais num ser mortal.
  28. O castigo dos bons que não fazem política é ser governado pelos maus.
  29. Tenho irmãos e pai, mas não tenho mãe. Quem não tem mãe, não tem família.
  30. No imposto profissional, o justo paga mais e o injusto menos sobre o mesmo rendimento.
  31. Não deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los.
  32. Errar é humano, mas também é humano perdoar. Perdoar é próprio de almas generosas.
  33. O homem inteligente aprende com seus próprios sofrimentos. O homem sábio aprende com os sofrimentos alheios.
  34. Se não encontras a alegria nesta terra, procura-a irmão para além das estrelas.
  35. Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.
Fontes: Livros e sites da Internet.

Platão (428 a.c. – 347 a. c.), filósofo grego.

Crédito das imagens: http://afilosofia.no.sapo.pt/platao1.htm

domingo, 30 de dezembro de 2012

Aristóteles


  1. O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.
  2. A felicidade não se encontra nos bens exteriores.
  3. A cultura é o melhor conforto à velhice.
  4. O homem solitário é uma besta ou um deus.
  5. A vitória mais árdua é aquela sobre si mesmo.
  6. A beleza é a melhor carta de recomendação.
  7. A primeira qualidade do estilo é a clareza.
  8. A dúvida é o princípio da sabedoria.
  9. Ter muitos amigos é não ter nenhum.
  10. Ama-se mais o que se conquista com esforço.
  11. A esperança é um sonho do homem acordado.
  12. A natureza não faz nada em vão.
  13. Todos os homens, por natureza, desejam saber.
  14. O reconhecimento envelhece depressa.
  15. A felicidade é para quem se basta a si mesmo.
  16. Nosso caráter é o resultado da nossa conduta.
  17. O conhecimento é o ato de entender a vida.
  18. O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre.
  19. Em todas as coisas da natureza existe algo de maravilhoso.
  20. Nenhum obstáculo é grande demais quando confiamos em Deus.
  21. Em tudo  que fazemos, temos em vista alguma outra coisa.
  22. O segredo do sucesso é saber algo que ninguém mais sabe.
  23. O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.
  24. A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.
  25. Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura.
  26. O sábio nunca diz tudo que pensa, mas pensa sempre tudo que diz.
  27. A amizade perfeita apenas pode existir entre os bons.
  28. A felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade.
  29. Os bens que provém geralmente do acaso é que provocam a inveja.
  30. O objetivo principal da política é criar a amizade entre membros da cidade.
  31. Se as mulheres não existissem, todo o dinheiro do mundo não teria sentido.
  32. A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
  33. Para nos mantermos bem é necessário comer pouco e trabalhar muito.
  34. A sabedoria é um adorno na prosperidade e um refúgio na adversidade.
  35. Sê senhor da tua vontade e escravo da tua consciência.

Fonte: Livros e site da Internet.

Aristóteles (384 a. c. – 322 a.c.), filósofo grego.

Crédito da imagem: http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2010/03/19/de-platao-a-aristoteles-por-alexandre-araujo-costa/

Os periquitos


Algumas famílias coloniais, em meio aos lares, criavam seus papagaios e periquitos (aves da fauna silvestre). Estes, no interior dos matos e roças, viam-se apanhados jovens. Os filhotes melhor podiam ser cuidados e treinados. As preocupações constantes eram as caçadas e ousadias dos gatos. A domesticação, antes do rigor da legislação ambiental (constituição de 1988), mantinha-se prática rotineira. Um mimo, no conjunto das criações e plantações, possuir “algum bicharedo pronunciante” de vozes humanas.
Uma certa família, através dos filhos Afonso e Bernardo, achou um esconderijo (num louro oco, nos fundos da propriedade, no interior da Floresta Pluvial Subtropical/Mata Atlântica). Alguma espécie, olhando-se de baixo prá cima e numa altura de aproximados trinta metros, via-se entrando e saindo do buraco. Os coloniais, de imediato, pensaram tratar-se d’alguma ninhada  de aves (prováveis papagaios ou periquitos).
A dupla de jovens, na primeira oportunidade (após alguma chuva de verão), apanhou a comprida e pesada escada. Percorreu, em meia a estrada de roça, uma enorme distância (carregando o pesado artefato). A dupla, numa altura, achegou-se mato adentro entre árvores, cipós e pedras (numa encosta). Avançaram e enfiaram-se, no ermo, a localizar o tronco.  O propósito obcecado, no interior daquela cavidade oca, consistia em apanhar alguma ninhada de aves (os almejados papagaios ou periquitos). O Afonso, mais franzino, teve a nobre missão de escalar a escada. O Bernardo, mais pesado, de segurar, de forma firme, o artefato. Algum saco, como precaução, consistia para ensacar os inocentes seres/aves.
O Afonso, bastante afobado e curioso, enfiou, na primeira oportunidade, a mão naquele orifício (em meio a excrementos e folhagens). Este, para sua surpresa, escutou um chiado diverso e sentiu uma sensação fofa. Procurou, às pressas, encher e tirar a mão. Apreciou, de imediato, os frutos da ousadia e trabalho. Muitíssimo assustado e surpreso exclamou: “- Bernardo! Aqui tu tens os teus almejados/desejados periquitos!” A mão encontrava-se tomada de morcegos. Podia, num azar maior, ter tido a mão mordida por nalgum bicharedo peçonhento. Ele, em meio a maior frustração, aprendeu outra dura lição de vida: “- O indivíduo, num ambiente ignorado, não costuma enfiar qualquer membro!”
Certos ensinamentos assimilam-se unicamente no peso da decepção ou dor. Algumas tarefas dão um tremendo trabalho e os resultados mostram-se inexpressivos. A natureza, em meio a aparente esperteza humana, esporadicamente aplica algumas boas e únicas. As pessoas tem a tendência de enxergar os erros alheios e não os próprios.

Guido Lang
                                                       “Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”  

Crédito da imagem: http://meusperiquito.blogspot.com.br/2010/09/origem-dos-periquitos.html 

sábado, 29 de dezembro de 2012

Provérbios Franceses

  1. Um nome bom é melhor do que riquezas.
  2. O cuidado é a mãe da segurança.
  3. Prometer é uma coisa, cumprir é bem outra.
  4. É melhor apelar a Deus do que aos santos.
  5. Uma pedra rolando não junta musgo.
  6. Coma para viver, não viva para comer.
  7. Quem rouba um ovo roubará um boi.
  8. Afortunado nas cartas, azarado no amor.
  9. Grandes tagarelas são péssimos realizadores.
  10. O dono não pode ter o bacon e o porco.
  11. Não há nenhuma fumaça sem fogo.
  12. Os vizinhos bons dão dias bons.
  13. A fome é o melhor tempero.
  14. Sê você quiser algo bem feito, faça-o mesmo.
  15. O lixo de um homem é o tesouro de outrem.
  16. Uma falha confessada é metade reparada.
  17. É de gota em gota que o vaso transborda.
  18. Quem se desculpa, acusa-se.
  19. A felicidade vale mais a pena do que riquezas.
  20. A gentileza realiza mais do que a violência.
  21. É vergonhoso voltar a tropeçar na mesma pedra.
  22. Um pai é um banqueiro concedido pela natureza.
  23. Os problemas de um fazem a alegria do outro.
  24. Não se deve discutir sobre gosto ou sobre cor.
  25. Faça seu dever, aconteça o que acontecer.
  26. Pouco a pouco o pássaro constrói seu ninho.
  27. Não dá para fazer omelete sem quebrar os ovos.
  28. Os amigos de nossos amigos são nossos amigos.
  29. O excesso em qualquer coisa é uma falha.
  30. As palavras boas não quebram nenhum osso.
  31. Um coração com saudade é um que não tem o desejo.
  32. Deitar-se e alevantar-se cedo faz o homem saudável, rico e sábio.
  33. Um pouco em nossa casa é melhor que muito na casa dos outros.
  34. Criança é um anjo cujas asas diminuem a medida que crescem as pernas.
  35. Pouca ingratidão encontramos quando estamos em condições de conceder favores. 
Reunidos, por Guido Lang, a partir de fontes diversas.

Crédito da imagem: http://www.betcheslovethis.com/files/uploads/images/paris1.jpg



Os poceiros

         
       Umas “pérolas ambulantes”, escassas entre os colonos e pouco requisitadas (com a implantação das redes comunitárias de água), relaciona-se aos poceiros. Aqueles com o dom, a partir duma forquilha de pessegueiro, em achar os veios d’água. Possuem, por alguma razão divina/natural, este sublime dom.
       Os poceiros esporadicamente vêem-se chamados para localizar filões (no interior do solo/terra). Algum morador, por carência de líquido, precisa de maiores volumes. Decide furar algum poço (artesiano), porém desconhece o lugar próprio. Poderia dispender enormes somas e nada de maiores líquidos. A prática, antes de iniciar as perfurações, consiste em requerer os préstimos. Requerer os serviços desses vocacionados “achadores de fontes!” Eles, com as escassas perfurações (nas colônias), mantém–se esquecidos ou ignorados na sua vocação. Os fazedores de poços, nos locais de ausência das redes comunitárias, vêem-se ainda esporadicamente requisitados.  
      Os profissionais, uma vez tratados (pedidos pelo serviço), procuram dar andamento a obra. Localizam, no interior de algum pomar, uma sólida forquilha de pessegueiro. Esta, no ato da procura, precisa ser cortada (com razão de ostentar líquido no seu interior). O poceiro, com a peça em punho, segura as hastes nas mãos e parte maior/única alevantada/na direção do céu. Ele, no espaço determinado à instalação, percorre o ambiente/terreno. Este caminha prá cá e prá lá! Orienta-se pela peça.
     A forquilha, numa altura, começa a mexer-se e remexer-se. Ele, com toda sua força (braçal), tenta mantê-la na posição original. O artefato, na presença exata do filão, não deixa segurar-se. A peça chega a estralar na sua casca. A parte alevantada  direciona-se/movimenta-se na direção do jazida. O poceiro, para assegurar-se, pode refazer o processo numa segunda prática. A dose costuma repetir-se. O profissional costuma apontar: “- Podem furar aqui! Uns metros de fundura xis tem água. Um manancial com aproximados tantos litros por hora”.
      O lugar costuma ser sinalizado com alguma estaca/pedra. Os trabalhos de perfuração cedo iniciam-se. Uma impossibilidade consiste em errar o alvo. A vara de pessegueiro, em função da acidez, mostra-se difícil de equivocar-se. A habilidade do poceiro, por alguma brincadeira ou bobice, descobriu esse seu dom. A gurizada, a título de  passatempo, andava e imitava sua função. Inúmeros, desta forma, descobriam sua própria vocação de localizar mananciais (para testar o real funcionamento do processo da localização d’água com forquilha de pessegueiro).
      A natureza com suas infinidades e milenares segredos! Os achadores de poços com seus ímpares dons! Certas realidades, pelos conhecimentos empíricos, carecem de maiores explicações. O indivíduo, com a idade, pensa saber a maioria das realidades. Este, volta e meia, surpreende-se com alguma descoberta excepcional.

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem:http://fimdosdiasnaterra.blogspot.com.br/2009_05_01_archive.html 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Os cumprimentos

             Uma prática centenária sobrevive as ondas das gerações e inovações. Trata-se, na convivência comunitária, do tradicional bom dia, boa tarde, boa noite, oí, olá... Os moradores, em meio a achegada em quaisquer espaços e presença de semelhantes, externam o suplime desejo. Ele, na prática, mostra-se uma maneira de aproximação e consideração (entre as partes).
           O cumprimento, inúmeras vezes acrescido dum aperto de mão, externa as boas maneiras e vindas (dos relacionamentos entre familiares, amigos e vizinhanças). Uma prática rotineira no cotidiano das famílias e colônias. Um modo de conhecerem-se, estabelecer relações iniciais, externar graus de parentesco... Uma obrigação de expressar a civilidade e humanidade.
           Os filhos, nos seios familiares, cedo são orientados a dizer um sonoro cumprimento. Externar, nas idas e vindas da convivência comunitária, o hábito como sinônimo de cordialidade e educação. Os provalecidos, no entender comum, relegam a prática. Estes, achando-se superiores, deixariam de fazê-lo. A atitude gera comentários impróprios (na proporção de ser relegado). Inimigos acirrados, por querelas várias (como exemplo divisas, inventários e ofensas), deixariam unicamente de fazê-lo (de forma mútua). Algum forasteiro, como novo morador, poderia deixar de fazer a prática (em função do desconhecimento). A realidade cedo ensina o diverso e integrar-se a realidade.
           A urbanização, com a massificação humana, tem ensinado a indiferença. Humanos, na compreensão religiosa da “imagem e semelhança de Deus”, unicamente ignoram-se como animais. Um pisa no calo d’outrém e nada de boas maneiras. O cumprimento, para algum muito próximo ou semelhante, vê-se uma forma de saudação. O fato (cumprimentar) ocorre nas cidades menores e é escasso nos centros maiores. A indiferença mostra-se uma espécie de desconsideração e gera desconfiança. Um sorriso nos lábios, acrescido dum cumprimento, aproxima e enobrece espíritos e rostos.
            Os deslocamentos, com os diversos veículos (automotores rápidos e velozes), tornaram a prática inoportuna. O cuidado, no trânsito, mostra-se redobrado (com as muitas histórias de acidentes e tragédias). Olhar para os lados, como descuido, pode representar aborrecimentos e transtornos! Moradores, dentro das possibilidades, abanam-se, num “vap e vup”, nos carros. Este tem sido os novos ares da velha prática.
          Singelas atitudes, no cotidiano da existência, fazem agradáveis diferenças. Inúmeras localidades, em meio as décadas de colonização, mantém vivo resquícios dos costumes e hábitos originais. O cumprimento, claro e sonoro, revela-se prenúncio de amizade, consideração e educação. Modestas atitudes, no quadro geral, fazem muita diferença.
Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)
 
Crédito da imagem: http://minicursoespanhol.blogspot.com.br/

Chalie Chaplin

O caminho da vida
"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar com passos de ganso rumo à miséria e morticínios. Criamo-nos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, nos transformou em seres empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido".
Chalie Chaplin (1889-1977)
Palavras proferidas em 1940
Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Charlie_Chaplin

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Baralho

Nenhum passatempo, nas colônias alemãs, ganha tamanha importância como os jogos de carta. Grupos, de três a seis membros (na maioria quatro), formam as chamadas companhias/parcerias. As folhas, daí em diante, rolam frouxas e soltas.
Algum jogo, numa tarde inteira, estende-se pelo tempo. Uns, nos primeiros momentos, afluem aos armazéns, bares, bodegas, quiosques e rodoviárias para ganharem jogo/partida. Outros, com antecedência, mantém algum grupo pré-combinado. Alguns poucos, a cada dia (numa semana inteira), possuem suas companhias/parcerias. As tardes, com aposentados, vêem destinadas aquela função/ocupação/passatempo. Algum imprevisto, como falecimento ou negócios adiam o tradicional joguinho. Alguns substitutos, dentro das possibilidades, podem ser convidados (com vistas de preencher a vaga). Algum ausente/impossibilitado, com antecedência, precisa avisar e conectar alguns substitutos.
Os néscios, nos jogos, admiram-se do fascínio e vício pelo baralho. “A alemoada”, como nenhum outra etnia/povo, tem tamanha abnegação e paixão. Cada ambiente, nas viradas de semana, ostenta seus jogadores. Eles, como companhia ocasional, podem ser em números variados. Jogadores, como amantes, sabem dos locais próprios a cada jogo, Estes, a título de exemplo, podem ser bife, canastra, canastrinha, escova, nove, schofkop, poker, trunfo... Um jogo, nas centenas de décadas de colonização e nunca relegado ao esquecimento, consiste no schofkop (tradução literal “cabeça de ovelha”). Os idosos adoram jogá-lo; ostenta-se rápido e interessante.
As conversas/discursos são de jogar como passatempo. A prática corriqueira revela-se uma falácia: uns querem ganhar algum dinheirinho; outros a cervejada do momento (os perdedores de cada jogo custeiam o prejuízo de consumo da partida). Turmas, nalguma noite, jogam por campeonato, churrasco, galinhada... Os perdedores tradicionalmente “marcham nas despesas”. O curioso, em meio as partidas, nada de maiores comentários, conversas, histórias... Os participantes “ficam vidrados no tal do lixo” (cartas jogadas fora/controle da concorrência). Algumas  folhas descartadas, para o bom entendedor/profissional, revelam o quadro de folhas/baralho (da concorrência). Algum espectador pode apreciar o cenário da competitividade, porém nenhum “pio”. “A quinta roda, numa carroça, só serve de estepe!” O espectador, portanto, não passa de mero observador.
Algumas turminhas, reunida no expediente da bodega (ao redor d’alguma mesa), significa: jogo de cartas. Os eventuais reclamões, como perdedores, cedo vêem-se descartados (nas companhias de jogo). A idade, na proporção da aposentadoria, parece acirrar a obsessão  pelo hábito. Os segredos, do bom jogador, estariam na abstenção do álcool (em meio a competição), controle das folhas e na eficiência dos cálculos matemáticos.
Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://jannahcar.blogspot.com.br/2010/05/hj-falarei-sobre-uma-injustica-baralho.html


Aprendi

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando. Eu aprendi… Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. Aprendi… Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem. Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso. Aprendi… Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso. Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro. Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso. Eu aprendi… Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem. Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes. Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio. Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos. Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre. Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Charlie Chaplin (1889-1977)

Crédito da imagem: http://www.doctormacro.com/movie%20star%20pages/chaplin,%20charlie.htm

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Os guardiões dos pátios


Quaisquer casas coloniais, a semelhança das plantas ornamentais, ostenta alguma cachorrada. Esta, em três turnos, zela pela vigilância. Denuncia a presença de forasteiros. Os tradicionais latidos assinalam alguma anormalidade. A inquietação obriga averiguar o comportamento. Os  animais, em boa dose, revelam-se o espelho dos donos.
As histórias de cachorradas costumam ser inúmeras (nos contextos familiares e comunitários). Alguns animais, em função da convivência e proximidade com os humanos, “faltariam somente falar”. As narrações, de excepcionais aventuras e caçadas, revelam-se realidades comuns. O exemplo dum cachorrinho, exímio caçador, conseguiu matar duas raposas (de forma paralela). Mordia uma e, em seguida outra, para nenhuma fugir. Certas odisseias, não  fossem vistas, seriam causa de lorotas. Outros guaipecas, num domingo de tarde, denunciaram sinistro. Estes, de forma desesperada, latiam para alertar os donos. Algum mais, em meio a romaria por fêmea, adveio castrado (resultado: deixou de ser caçador e assumiu ares de dorminhoco).
A cachorrada, em síntese, costuma ser o retrato do adestramento. Estes, bem cuidados e tratados, transparecem o capricho. A consideração como se fossem membros da família. Outros, amarrados em cada canto do espaço e em meios as necessidades, retratam o desleixo e espírito possessivo. Famílias, com animais agressivos (nos pátios), costumam revelar a escassa consideração por visitação. Outros, muito amigáveis, a alegria de relacionar-se e receber a presença da vizinhança. Alguns, muito apegados a caça, foram treinados para dar essa função. Acompanham, como maior alegria e satisfação, as idas e vindas dos donos pelos espaços. Costumam devassar o terreno (atrás de descuidadas presas).
A curiosidade relaciona-se aos nomes. Cada animal, de um a cinco nos pátios, recebe uma alcunha/denominação. Uns ligam-se as figuras folclóricas da história. Exemplos: Bin Laden, Nero, Napoleão... Alguns mais afetivos: Boby, Lesse, Xuxa... Outros gerais: Chiquinha, Faísca, Piloto... Denominações, de preferência, de fácil pronúncia. Outra realidade liga-se ao número de membros: famílias abonadas – poucos bichos; humildes – um bicharedo (espalhado pelos quadrantes). Parecem temer pela segurança assim como ver surrupiado o pouco patrimônio (acumulado com tamanhas dificuldades). A cachorrada zela pelo espaço familiar. Os pátios, sem a tradicional presença de caninos, significam a fácil invasão e petulância alheia. O bicharedo, da fauna silvestre, cedo ostenta-se abusada e ousada (na porporção de não sentir cheiros de cachorrada).
Quem não sabe especiais histórias de animais? Cães que fizeram fama pela ousadia e petulância? A cachorrada, enquanto ainda não conhece o valor do dinheiro, mantém-se como os mais fiéis amigos e parceiros dos homens. Eles, na prática, repassam o espírito dos seus donos.

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://casa.hsw.uol.com.br/5-melhores-caes-de-caca.htm

Sabedoria oriental

  1. O homem comum fala, o sábio escuta, o tolo discute.
  2. Deus mora onde o deixam entrar.
  3. O silêncio é de ouro e inúmeras vezes a resposta.
  4. Um cachorro vivo é melhor que um leão morto.
  5. Quem abre o coração à ambição, fecha-o à tranquilidade.
  6. Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem.
  7. Um coração alegre faz tanto bem quanto os remédios.
  8. Um homem feliz é como um barco que navega com vento favorável.
  9. Volta teu rosto sempre na direção do sol, e então, as sombras ficarão para trás.
  10. A gente tropeça nas pedras pequenas, pois as grandes costuma enxergar-se.
  11. Se quiser conhecer um cavalo, monte nele; se quiser conhecer uma pessoa, conviva com ela.
  12. As dificuldades são como as montanhas, aplainam na proporção de avançamos sobre elas.
  13. Deus deu ao homem dois ouvidos, dois olhos e uma boca para vermos e ouvimos duas vezes mais do que falamos.
Fontes: Livros e site da internet.

Crédito da imagem: http://www.ciee.org/teach/

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Pinheirinho de Natal


         Rudolfo mostrou-se um pacato morador colonial, quando dedicou a vida para realizar o bem. As dificuldades econômicas mantiveram-se continuamente presentes, todavia não o impediam de realizar boas ações. Auxiliava onde podia e dava sua contribuição na impossibilidade.
Procurou na juventude, em uma determinada ocasião, cultivar diversas sementes de pinhão. Cultivou-as próximas ao pátio e numa divisa. A função era ceifá-las para pinheirinho de Natal. A magia cristã, da lenda do pinheiro natalino, fascinava-o e o maior sonho, nunca realizado, consistia em edificar uma igreja na sua localidade. Os moradores, tendo parte numa comunidade próxima em outra linha, “nunca mobilizaram-se e abriram mão de contribuir à edificação”.
Os anos transcorreram e os pinheiros cresceram. Árvores próprias com a altura para a nobre missão de transmitir a magia do Menino Deus.  Rudolfo, no contexto comunitário, prontificou-se a doação dos pinheirinhos de Natal à escola comunitária. Este, a cada final de ano, mantinha um próprio, quando a diretoria e professora sabiam a quem pedir. A alegria e satisfação mantinham-se a máxima, quando todos os moradores sabiam da nobre doação. A gratificação maior consistia em ver a árvore enfeitada, com luzes, crianças correndo ao redor, alunos apresentando peças teatrais natalinas, comunidade toda reunida... A comunidade escolar, como consideração a contribuição, dava-lhe um singelo pacote do Papai Noel, que era o real reconhecimento da sublime obra.
Os anos transcorreram; Rudolfo pereceu, porém as reminiscências passam gerações. Forasteiros e parentes, a cada Dia dos Finados, quando diante da sua tumba perpassam, dizem: “- Aqui jaz o doador dos pinheirinhos de Natal!” Outros, a cada ano, doam o pinheirinho, mas relembram-se das doações do Rudolfo.
As pessoas, diante de forma grandiosa ou modesta, escrevem sua odisseia terrena, quando deixam histórias e lembranças. Ações comunitárias enobrecem indivíduos e gerações. Os singelos atos, praticados de forma desinteressada, costumeiramente acabam sendo os mais relembrados, daqueles que continuam nas jornadas.
Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura colonial teuto-brasileiro)


Crédito da imagem: http://fashiontagconsultoria.com/tag/significados/

Oração das Pétalas


Senhor, tantas vezes só pensei em mim,
E descobri que sozinha não sou ninguém.
Tenho um colorido cuja veste, dos homens
Jamais algum experimentou.
Mas, que seria de mim,
Se uma pétala só formasse a flor?
Agradeço, Senhor, a presença de minhas irmãs.
Sem elas, eu não seria parte desta flor,
Que os homens acham tão linda.
Obrigado pelo ramo que me sustenta.
Sem ele, nenhuma pétala teria lugar.
Senhor, obrigado pela essência que nos perfuma.
Obrigado porque não nasci só.
Não só eu, nem só ela, nem as outras pétalas, mas
Somos nós juntas que fazemos desabrochar a flor.
Precisamos abrir-nos juntos, unir-nos mais.
E viver juntas o amanhacer, o dia, com tudo o que é seu.
E a noite, como que anuncia outra aurora.
Sentimos falta, quando uma cai primeiro.
Sentimos falta, quando caímos todas.
Nascemos todas bonitas, para esconder
aquilo que é mais bonito que a flor: a semente.
Aquela que nos faz nascer de novo.
Senhor, obrigado pela missão de ser pétala.
Obrigado pelas outras pétalas.
Que me ajudam a ser mais com elas.
Obrigado pela flor que formamos unidos.
Obrigado pela vida que juntos podemos mostrar.

(Autor desconhecido)
Crédito da imagem: http://wwwbpoesias.blogspot.com.br/2012_09_01_archive.html

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Euforia econômica


A carne e o leite, por alguma oscilação econômica, encontram-se com preço convidativo (aos produtores). O capricho e a dedicação as aves, bovinos e porcos estendem-se pela propriedade. As esperanças, de desta vez “chover na horta do colono”, renovam-se. Os sonhos dos investimentos e reinvestimentos podem tomar vulto (no ambiente familiar e produtivo).
A empolgação cedo agita as colônias. Ousados, vendo  as possibilidade de ganhos, enveredam nos negócios. Reúnem a poupança  Apelam aos financiamentos. Procuram edificar especiais aviários, chiqueiros  e tambos. Adquirem matrizes (de raça). Os preços disparam no cenário colonial. A tradição agrícola, em diversos exemplos, precisa ser aprimorada. Aventureiros “pisam fundo no acelerador” dos negócios primários. Alimentam uma inabalável esperança: “dessa vez vai dar”, “vamos lavar a baia , “forrar a guaiaca”... Os preços elevados, da venda da produção, sustentam-se alguns meses. Uma realidade temporária e daí advém aquela decepção.
Os empreendedores torram suas economias pessoais. Outros complementaram dispêndios com empréstimos. Os preços declinaram com a super-oferta de produtos. Inúmeros produtores, com os preços em conta, aumentaram ou enveredaram nos negócios agrícolas. As ofertas multiplicaram-se. Os produtos, nos mercados, baixaram de preço. Investidores ganharam menos pelos artigos. Inicia a “chiadeira e choradeira” com a diminuição dos ganhos. Carne, carvão, leite, madeira e ovo caíram de cotação. Os encargos, como insumos em geral, mantiveram-se nos patamares. Advém o dilema: Como honrar/salvar as obrigações monetárias? Os juros multiplicaram-se e os preços um marasmo. Uns, antes do imaginado, colocam a venda os estabelecimentos. A precipitação levou ao desastre econômico-financeiro.
Os colonos, na histórica tradição agrícola, assimilaram um princípio básico. Este versa de paulatinamente enveredar em quaisquer negócios. Eles procuram ter distância da afobação e precipitação. Estes conhecem as oscilações entre oferta e procura. Os governos/diversas gestões, diante dos temores da inflação e impopularidade/protestos, não deixam inflacionar os gêneros alimentícios básicos. O poder de barganha, dos investidores rurais, ostentam-se restritos. Algumas necessidades maiores cedo recorrem-se as importações. O malabarismo da viabilidade financeira, duma propriedade de agricultura familiar de subsistência, revela-se uma gestão de eficientes administradores e economistas. “Calma, com algumas doses de galinha, nunca fez mal a ninguém”.
A história, através de amargas experiências, ensina certas realidades aos produtores rurais. A agricultura familiar exige muita contabilidade/ginástica administrativa, caso contrário, não subsiste em função das estreitas margens de lucro. Os coloniais, para manter a viabilidade financeira, pouco contabilizam sua mão de obra. Precaução também é sinônimo de sabedoria.

Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem:http://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/agricultura-organica-e-seguranca-alimentar/agricultura-organica-e-seguranca-alimentar-13.jpg 

Francis Bacon

  1. Dá a fé o que à fé pertence.
  2. Todas as cores combinam no escuro.
  3. A dúvida é a escola da verdade.
  4. O conhecimento é em si um poder.
  5. Evitar superstições é outra superstição.
  6. Escolher o seu tempo é ganhar tempo.
  7. A riqueza é para ser gasta.
  8. A dúvida é a escola da verdade.
  9. A vingança é uma espécie de justiça selvagem.
  10. Passar muito tempo a estudar é preguiça.
  11. O futuro do homem está oculto no seu saber.
  12. Uma pergunta prudente é metade da sabedoria.
  13. A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas.
  14. É um estranho desejo buscar o poder e perder a liberdade.
  15. Dinheiro é como adubo, só é bom quando se espalha.
  16. As condutas, assim como as doenças, são contagiosas.
  17. As obras e fundações mais nobres nasceram de homens sem filhos.
  18. Livros são navios que percorrem as vastos mares do tempo.
  19. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.
  20. Se o dinheiro não for teu criado, ele será o teu mestre.
  21. Um homem sábio criará mais oportunidades do que ele acha.
  22. A verdade é filha do tempo, não da autoridade.
  23. Dança é passo medido, assim como verso é fala medida.
  24. A adversidade revela nossas virtudes. A prosperidade nossos vícios.
  25. O homem deve criar as oportunidade e não somente encontrá-las.
  26. Alguns desprezam a riqueza porque desprezam a ideia de enriquecer.
  27. A sabedoria dos crocodilos consiste em verter lágrimas quando querem devorar.
  28. O silêncio é a virtude dos loucos. O tempo é o maior inovador.
  29. A leitura traz ao homem plenitude, ao discurso segurança e a escrita exatidão.
  30. Na paz os filhos enterram seus pais, na guerra os pais enterram seu filhos.
  31. Não se aprende bem a não ser pela experiência.
  32. A natureza, para ser comandada, tem que ser obedecida.
  33. Para a alma humana, um corpo são é um hóspede e um corpo doente, um carcereiro.
  34. A natureza é frequentemente escondida, algumas vezes dominada, mas raramente extinta.
  35. Há maus descobridores que pensam que não há terra quando não conseguem ver nada senão o mar.
Fontes: Livros e sites da internet.

Francis Bacon (1561-1626), filósofo, estadista e ensaísta inglês.

Crédito da imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/Francis_Bacon

domingo, 23 de dezembro de 2012

O seguro


Um colono, com filhos menores, pensou e repensou a história da segurança familiar. Ele, como precaução, pensou em contratar os préstimos de um seguro de vida. Oferecer uma garantia maior aos rebentos. Que pai, na sua eventual ausência, não almeja resguardar os seus de maiores aborrecimentos, carências e dificuldades? O subconsciente, em inúmeros exemplos e momentos, parece predizer certos acontecimentos e fatos.
O morador, ao amigo íntimo/próximo, comentou a pretensão. Queria um conselho/opinião. Este parceiro, por esse mundo velho, “tinha andado e rodado muito”. Circulava com vista de conhecer lugares e querer entender melhor o gênero humano. Estudou muito e observou mais ainda! Nada de desvendar os enigmas das diferenças e diversidades humanas. Uma única razão, como conclusão  parecia mover esses seres. Dinheiro! Muita grana! Ele, como sangue do capitalismo, norteia as atividades e passos da humanidade.
O conselho, sobre o eventual seguro, foi nos seguintes termos: “- As pessoas costumam matar por dinheiro! Os exemplos, na história, foram inúmeros. Quem, numa eventualidade ganha valores do tal seguro, acaba fazendo festa em cima da desgraça alheia. Ensina os teus filhos, através do exemplo diário, a administrar/gerenciar bem o dinheiro assim como o valor da produção/trabalho. Eles, com essas duas virtudes, cedo atraem e avolumam a fortuna. Quem sabe ganhá-la no suor, costuma saber preservá-la no valor. O dinheiro fácil pouca sorte  oferece/traz. Os seguros, na hora de pagar/ressarcir os clientes, colocam empecilhos e querelas. Invista, como maior seguro/patrimônio, na boa formação dos filhos. O dinheiro, das mensalidades, taxas e tributação, destina para essa nobre missão. Em última alternativa, pensa num reforço em forma de poupança. Esta, numa extrema emergência, ostenta-se um excelente socorro/seguro. Disciplina e dedicação não podem faltar para colocar em prática a resolução”.
As empresas, de segurança e seguros, acabam consumindo os valores dos próprios bens assegurados. Estes, a cada ano, somam  dispêndios e o patrimônio deprecia-se. Outra: a insegurança reside na própria segurança. Os guardadores assimilam conhecimento da  rotina e, lá adiante, dão as dicas ou fazem o trabalho das falcatruas/roubos. A discrição e modéstia ostenta-se uma nobre segurança. O ter não pode ser um fim em si mesmo. A formação, com conhecimentos amplos e úteis, ostenta-se uma benção e fortaleza. Cada qual precisa estudar/pensar as situações. Aplicar que melhor convém. Quem muito investe em segurança/preservação acaba consumido/estagnado pelos dispêndios.                                            
O escritor, para ser eterno na literatura, precisa registra a saga humana. Pedir conselhos, para mais vividos, mostra-se sinônimo de sabedoria. Poucos tem a franqueza de externar a real compreensão dos fatos. A desconfiança, em meio a insegurança, mostra-se acirrada. Confiar, em meio as muitas barbaridades e histórias diárias,  em quem e no que nesta altura do campeonato!

Guido Lang
Livro “Singelas Histórias de Vida”

Crédito da imagem: http://yorrannaoliveira.blogspot.com.br/2012/07/pesquisa-cblsnelfipe-mostra-subsetor-de.html