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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A pregação


O pacato assalariado, durante uns meses ou anos, labutou na segurança predial. As muitas horas, na empresa privada, pareciam infindáveis!
O tempo permitiu conciliar a leitura bíblica com a tarefa de guarda. A situação permitiu uma massiva dedicação e interpretação das Sagradas Escrituras!
Alguma congregação nova, recém instalada na vila, convidou o cidadão como membro leigo.  A cantoria e pregação, com o acirrado conhecimento e estudo, tomaram vulto!
A fama, como bom cantor, difundiu-se rápido pelas comunidades. Os convites, na participação em variados cultos, trouxeram a remuneração.  A vida financeira melhorou!
Os dispêndios, com quaisquer vícios, conheceram a total abstinência!  Os ganhos, na íntegra, foram direcionados a melhoria e qualidade de vida!
O dinheiro, em poucos anos, permitiu revolucionar uma realidade. Os investimentos tomaram vulto na ampliação da casa. A caminhoneta pode ser comprada!
O milagre da fé aboliu a existência de brigas, desperdícios e vícios. A família ganhou a primazia da atenção, felicidade e união! Deus tinha abençoado o lar e a morada!
A sabedoria popular versa: “- Quer ganhar dinheiro e mudar de vida sai com a Bíblia debaixo do braço”! As Escrituras tem o poder de mudar e transformar vidas!
A convicta fé remove montanhas! O impossível assume os ares do possível! O cidadão, nesta agitada e tumultuada vida, precisa acreditar e apegar-se nalguma realidade maior!
                                                                                 
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências

Crédito da imagem: http://cleofas.com.br

O garanhão


A viúva, depois de alguma procura, achou o arrumado e preservado cidadão. Este, muito curtido e rodado, ostentava-se “aquele cara e boa pinta”!
O relacionamento, depois do encantamento e galanteio, tomou ares profundos. Alguma visita familiar aproximou e intensificou as amorosas relações!
Os bailes, jantas e passeios estreitaram a convivência. Alguma cervejada, como bebedeira, somou-se as festanças. As intimidades, como experientes adultos, tomaram vulto!
Os desejos levaram ao efetivo conhecimento mútuo. A surpresa, na derradeira hora, adveio no fraquejo da eficiência. O cidadão viu-se traído pela parte própria!
A decepção e frustração, da parceria feminina, definiram os trâmites sucessivos. A mercadoria, na aparência bela e bonita, carregava fraquejos e problemas!
A habilidade e qualidade, em forma de carinho e vigor, mantinha-se deficiente! As aparências descreviam uma realidade. As práticas escamoteavam as fraquezas!
O belo e bonito, “atirado por aí dando sopa”, esconde algum “ensacado coelho”. As aparências e opulências suprimem as carências e deficiências!
O consumidor enfatiza a praticidade e serventia do produto. O cidadão, em situações, vê-se traído pelo estado de espírito ou inspiração do momento!
                                                 
                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogaguanaboca.wordpress.com

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Os méritos


O cidadão, educado na fórmula das necessidades de reservas financeiras, administrou determinada instituição. Ele, às emergências, conseguiu avolumar grandiosa poupança!
A reserva, na oscilação econômica, daria para custear os salários de meses. A aposentadoria, depois de anos de administração, levou a entrega da função!
O novo chefe, na fartura, achegou à festa. Este, como ousado administrador, gastou as valiosas reservas. Empréstimos, para completar investimentos, foram necessários!
O resultado, na história, relacionou-se a fama. O segundo, como gestor, ganhou os elogios e méritos. O primeiro ficou no conceito de inerte e medroso!
A economia retrata a lógica: o administrador poupador e racionalizador sedimenta o caminho à excelente gestão sucessiva. Dinheiro em caixa disponibiliza e reforça créditos!
O difícil, em meio à margem estreita de lucros e variadas necessidades, consiste em fazer sobrar. As reservas, em contragotas ou migalhas, avolumam-se em anos ou décadas!
Os gastos, com alheias poupanças, dispensam maior necessidade de formação e especialização. “A fama, em muitos exemplos, recai naqueles que pouco a merecem”!
O cidadão, nas muitas e vultosas compras e investimentos, desconhece os reais interesses em jogo. A astúcia humana, para enganar e ludibriar, carece de limites e possui uma criatividade infindável!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://brasileducom.blogspot.com.br

O moderno


O consumidor, numa necessidade de serviço, encontrava-se próximo ao estabelecimento. Ele pensou: “- Vou aproveitar a caminhada para pedir a revisão”!
O procedimento viu-se executado sem floreios e rodeios. O curioso, como informação, consistia em não haver expediente naquela ocasião!
Um modesto telefonema teria abreviado tempo e evitado o deslocamento. A realidade, no cotidiano das vivências, tem sido essa: os aparelhos nunca param!
As pessoas requisitam dados e informações. O atendimento teleguiado tornou-se preferencial. O presencial, da conversa de olho no olho, encontra-se demorado e secundário!
A tecnologia adveio para facilitar a vida. As pessoas tornaram-se reféns dos artigos. Os aborrecimentos e atropelos, com pilhagens e vigarices, revelam-se rotineiros!
O cidadão, em momentos, quer economizar e ganhar tempo. Os desejos, na prática, revelam-se desperdícios! O bom senso e a esperteza precisam predominar nos atos!
O cidadão, nos ventos da época, precisa valer-se dos benefícios, porém jamais ser escravo das melhorias. O comum e tradicional, diante do colapso ou inércia do moderno, mantêm a serventia e utilidade!

                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://blog.clickgratis.com.br

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O descaso


O convite, ao evento social familiar, atraiu mãe e filho. A confirmação, da especial sobrinha, via-se a excepcional comemoração no interior do templo!
A pregação pastoral, com a tradicional prédica, revelou-se o auge do encontro. O público, afixado e concentrado nas mensagens e palavras, via-se sereno e silencioso!
O rapaz, bem vestido junto à embonecada mãe, demonstrou indiferença. O celular, nalguma provável averiguação das mensagens ou joguinhos, era o centro das atenções!
A cerimônia ostentava-se aquele descaso. O moço parecia trancafiado naquele ambiente religioso! A gritante má educação chamou atenção dos presentes!
O público, no manejo das teclas, estranhou a esdrúxula atitude e comportamento. O camarada, numa comodidade maior, poderia ter ficado nos jogos eletrônicos de casa!
O celular, no cotidiano dos afazeres, assume contínua ocupação e tempo. A revolução das informações encurtou distâncias e mudou costumes!
Os ambientes, próprios às ocasiões, exigem postura adequada dos cidadãos. Os pais, “no pode tudo”, deixam de explicar e impôr limites e valores aos rebentos!
As pessoas, na prática do ato, carecem de compreender o indigesto e ridículo. A vestimenta carece de definir o caráter dos indivíduos!

                                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://observatoriofeminino.blog.br

A arrumação


O cidadão, no ente público, carecia de dar um jeito na organização. Os avisos e pedidos, de amigos e colegas, faziam a mínima diferença! O descaso instalara-se como princípio!
Os materiais, sobretudo papéis, viam-se estirados no ambiente. O visual horrendo, sobretudo da escrivaninha, apresentava-se inconveniente as eventuais visitas!
A situação, por dias e meses, arrastava-se naquele caótico quadro. Os colegas conheciam a tradicional desorganização do companheiro e parceiro!
A senhora moça, ligada à faxina, deparou-se com a nojeira diante do descalabro. Ela, nos surtos dos dias da generalizada limpeza, processou uma revolução!
A fulana tratou de arrumar, descartar, remanejar o lugar. O ambiente, em momentos, adquiriu outros ares e cheiros! A visão manteve-se aconchegante e organizada! 
O estabelecido, diante de não mexer no alheio bem, adveio através de subterfúgio. A justificativa, diante do reclamo, foi externada: “– Colega! Ordens da chefia!”.
O camarada, a inventada superior determinação, deixou de espernear! Ordens precisam ser acatadas e realizadas! A transferência, a lugar ermo, vê-se realizada e temida!
As pessoas acham-se dentro da forma particular de ordem e organização. O ente público, em meio aos muitos rodízios de pessoal, carece de bens ou espaços de uso privado!
As mentirinhas, num jogo de palavras, fazem diferença nas interpretações e resultados. O indivíduo, através das apropriadas formulações e palavras, pode dizer tudo a todos!

                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A assistência


A moça e o rapaz, colegas e criados de infância, estabeleceram numa ocasião o namoro. A afinidade e convivência acirraram a afeição e o carinho!
As esperanças e sonhos, da união familiar, viram-se estabelecidos. O infortúnio, numa imprevista doença, abateu-se sobre a jovem moça!
Os tratamentos, de algum tumor cancerígeno, viram-se intensos. O desfecho, depois de incontáveis sofrimentos, resultou em poucos meses de existência!
O elogiável relacionou-se ao comportamento do namorado. O moço, a todo o momento, manteve-se presente e unido à adoentada namorada e sofrida família!
A atitude, como anjo e iluminado ser, suavizou sofrimentos. O fulano, em meio aos diários atropelos, deu-se tempo e trabalho para estar no pé da cama!
A grandiosidade do espírito demonstra-se no cotidiano dos atos. O derradeiro amor concretiza façanhas inimagináveis! A dor alheia torna-nos mais humanos!
Algumas pessoas, nas alheias vidas, mostram-se verdadeiros anjos. O indivíduo, na breve passagem terrena, precisa ser ciente da missão divina!
                                                                                                     
                                                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.magiadourada.com.br

Aos cuidados


        A filha, da idosa mãe, cuida com amor e carinho. A anciã, em décadas de convivência, revela-se uma companhia abençoada e agradável!
A responsável, numa ocasião, precisou dar um rápido passeio. O evento social da sobrinha, numa confirmação, obrigou a momentânea saída!
A mana, outra filha da idosa senhora, foi solicitada em cuidar uma singela noite. Ela, na ocasião excepcional, deveria hospedar algumas horas a enviuvada e valiosa mãe!
A surpresa, diante da negação, fez cair o queixo. A fulana arrumou desculpas para safar-se dos cuidados e obrigações! O detalhe reforçou a outra face da irmã!
A casa, como esfarrapada desculpa, carecia de espaço. A anciã, por vias das dúvidas, deixou de saber do ocorrido! As mães, em situações, desconhecem os próprios filhos!
A triste sina de jovens carecerem de amparar e cuidar de quem lhes deu a vida. As visitas dos pais deveriam ser um especial acontecimento em quaisquer lares dos rebentos!
Os herdeiros mostram-se apressados na divisão dos espólios e morosos nos atendimentos das necessidades. Os exemplos, repassados aos filhos, são o futuro reservado!
As pessoas, nas encruzilhadas das estradas da existência, surpreendem os semelhantes. As famílias, no interior dos clãs, possuem alegrias, diferenças e intrigas!

                                                                            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.bancodasaude.com/

domingo, 27 de outubro de 2013

A exclusão


Um município, em forma de feira, promoveu mais um tradicional evento. O livro assumiu o centro das conversações e preocupações na abonada cidade!
O objetivo, como ente público, consiste em atiçar o amor e curiosidade pela leitura, difundir e incentivar os trabalhos literários, melhorar e promover a economia...
Uma porção de gente, entre alunos e moradores, afluiu ao local comunitário. A estrutura, às atividades de consumo, cultura e venda, viu-se montado numa cidade de lona!
A presença, de maneira discreta, relacionou-se ao conhecido e excluído morador de rua. Este, como habitante das cercanias, alegrou-se da agitação e programação!
Um camarada, entre amigos, conhecidos e forasteiros, tira algum tempo para cumprimentar e dialogar! O descaso e indiferença choca com o ignorado e retraído cidadão!
O fulano, apesar das dificuldades, encontra-se alegre e conversador! Este, conforme a fala, possui a bênção divina. A facilidade de ostentar as refeições naqueles dias!
Alguns anjos, neste tempo, encontram-se a financiar as cortesias. O morador de rua, na senha diária, batalha para angariar algum prato de comida. O fato choca e corta o coração!
A possibilidade, na primeira necessidade, levará a custear outras refeições. O normal e óbvio, no geral da população, revela-se ainda uma alegria e conquista para alguns poucos!
Umas pessoas ostentam-se felizes em meio às migalhas na proporção de muitos sentirem-se infelizes nas abundâncias. A pobreza, em meio à fartura e riqueza, encontra-se inserida e impregnada nos contrastes urbanos!
                                                                         
                                                               Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://noticias.gospelmais.com.br

O ato precipitado


Uma senhora moça, em função dos problemas amorosos e psicológicos, vivia a importunar-se. Os relacionamentos, com familiares, causavam aborrecimentos e conflitos!
A cidadã, numa oportunidade de outra tradicional crise e desavença, tomou a atitude radical. Ela, num ato impensado e precipitado, ingeriu a demolidora soda cáustica!
A tamanha fúria, com problemas no sistema nervoso, causaram danos irreversíveis. A cidadã, depois de concretizado o ato, sofreu danos e dores terríveis nas horas sucessivas!
O arrependimento e desespero levaram a implorar em não querer morrer. O destino, no entanto, encontrava-se selado e traçado! O interior do corpo via-se consumido e dilacerado!
A vítima, diante dos choros, gritarias e rezas, carecia de reverter o caminho derradeiro! Uma morte trágica, de doer e revolver o coração de quaisquer viventes, havia sido incutida!
A disponibilidade do produto, guardado num lugar reservado, levou a desgraça. A atitude depressiva e precipitada levou a postura irreversível!
O cidadão precisa precaver-se nos momentos das bonanças para evitar as desgraças nos impróprios. As brincadeiras e riscos, com a sorte, acabam nalgum momento no infortúnio!
O indivíduo, diante do estresse e precipitação, necessita ostentar distância de artefatos e artigos belicosos. Ações impensadas e precipitadas, depois de efetuadas, originam arrependimentos e pesos de consciência!

                                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://olhares.uol.com.br/

sábado, 26 de outubro de 2013

A formação


Um casal de jovens, em função de diferenças culturais, deixou de manter o relacionamento amoroso. O contraste de concepções fora empecilho à união familiar!
A moça queria dedicar-se aos estudos. O objetivo consistia em angariar profissão. Uma ocupação renumerada e valorizada no mercado de trabalho!
O rapaz, na prática, fazia descaso com os anos de escola. A sua preocupação era arranjar dinheiro e formar família. O trabalho dava o suficiente à subsistência!
O tempo, em poucos anos, salientou as diferenças. O moço, noutra parceria, tornou-se pai, edificou casa, comprou carro... A construção civil proporcionava excelente grana!
A jovem investiu dinheiro e tempo na formação.  A profissionalização, na universidade, fora uma conquista familiar. A ascensão sucedeu-se no local de trabalho!
A moça, aos familiares, manteve-se abrigada. A formação de família ficou no plano secundário. Os filhos revelaram-se um sonho. A formação prosseguiu na atualização!
As escolhas, nas épocas próprias, definem os trâmites futuros. O estudo costumeiramente significa atraso matrimonial e filial. O importante revela-se em ser feliz!
A formação pessoal ostenta-se um negócio milionário em materiais e serviços. Alguns precisam ocupar-se nas lidas braçais na proporção doutros nas tarefas intelectuais!

                                                                                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cleofas.com.br/semana-da-familia/

A ingrata surpresa


O camarada, como assalariado profissional, apressa-se para chegar ao local de trabalho. Outro dia, como educador, revela-se de atendimentos e reuniões!
Este, apressado como de práxis, caminha por estradas e gramados. O indivíduo, na vida sedentária, possui necessidades de caminhar e movimentar!
O cidadão aproveita o trajeto para exercitar as atividades físicas. O tempo, para maiores caminhadas e corridas, falta numa jornada de três turnos de jornada!
Os compromissos, numa reunião geral, começam cedo no estabelecimento. O curioso: o ambiente vê-se defrontado e impregnado com impróprio cheiro!
O fulano, junto a colegas, chega a comentar a indisposição. Os participantes, a título de averiguação, verificam ambientes e calçados. A procedência mostra-se uma incógnita!
O camarada, para certificar-se da situação, reavalia a sola dos sapatos. A ingrata surpresa mostrou-se deveras grande e nojenta!
Uma peça transportava um baita dum bagual. Quê fedor canino? As dificuldades mantiveram-se na limpeza. As gargalhadas, diante do esdrúxulo, viram-se generalizadas!
A vida, sem exceção nenhuma, aplica lorotas e micos. Quem carece das histórias e peripécias? Um alerta, nas próximas incursionadas, ostenta-se em redobrar a vigilância!
Os cuidados, em situações, revelam-se extremos, porém ainda faltam precauções. As enroscadas exigem uma boa dose de cara-de-pau e espírito esportivo!
                                                                      
            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

As sequelas


Os pais, em função de diferenças religiosas, proibiram a filha em relação a determinado namoro. A fulana, pelo sicrano, ostentava amor e paixão! O enamorado representava a pessoa da vida!
Os empecilhos paternos, de toda ordem, foram colocados no caminho. O objetivo, de inúmeras e variadas maneiras, consistia em fazer desistir e separar o casal!
A moça, diante das proibições e repreensões, escolheu atitude impensada e radical. Ela, num fraquejo da alma, ingeriu potente veneno! A desgraça abateu-se no seio familiar!
O suicídio revelou-se alternativa e tentativa. A dose equivocada poupou do infortúnio. Os resultados foram sequelas graves. Estes estenderam-se pela vida afora!
Os genitores, numa altura, pereceram da velhice. Os enamorados, num caso extraconjugal, mantiveram o relacionamento. Os filhos advieram! Família, na surdina, constituída!
A momentânea imprudência postergou as consequências pela existência. O arrependimento poderia matar, porém jamais curar as feridas do sistema nervoso!
Certos artigos, a exemplo de armas e remédios na depressão, é prudente não ter ao alcance da mão. A vida, como principal dádiva, convém vivenciar com especial carinho e cuidado!
A proibição, carente de exemplificações e explicações, carece de fazer diferença e resultado. Os enamorados, em nome do amor e paixão, cometem absurdos e loucuras!
                                                                                                    
                                                                                         Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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O chefe


O encontro de família, depois de muitas articulações, cobranças e promessas, tomou forma. Algumas lideranças, da conhecida estirpe, assumiram os encargos do evento!
Uma comissão, constituída por descendentes, definiu data, horários e local. A realização, tão almejada e sonhada, gerou inúmeras expectativas da reaproximação!
A reunião, da imensa descendência da matriarca e patriarca, ocorreu em determinada cidade. O local recaiu sobre o núcleo original da instalação dos pioneiros!
Os membros, espalhados aos quatro ventos, afluíram às centenas. O congraçamento, com muitos abraços, beijos e cumprimentos, tomou conta do ambiente e vivências!
As histórias, de velhos sucedidos, foram narradas e rememoradas. Uns, quase vizinhos, desconheciam os laços sanguíneos. O orgulho, através do sobrenome, viu-se reforçado!
O detalhe, a título de brincadeira, relacionou-se a escolha do chefe. Alguns foram candidatos em potencial. As diferenças e particularid
ades, de imediato, salientaram-se!
A seleção, a título de exemplo de critérios, recai nalgum elemento abonado, conhecido, falante, folclórico, mentiroso... A atribuição, como gozação, via-se rejeitada!
As famílias, como características marcantes, ostentam brincadeiras, gozações e vocações. Os encontros familiares ganharam importância vital para reaproximar conhecidas e grandiosas estirpes!

                                                                    Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://evolucaoagora.blogspot.com.br

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os belos estranhos

 

A jovem estudante, no embalo da noite de sábado, conheceu o fulano. O clima de festa, em meio à bebedeira e dança, fez rolar aventura, amor e carinho!
As partes, no desfecho da festança, pareciam velhos enamorados. A intimidade sexual, nas despedidas do relacionamento, rolou para abafar e suavizar instintos!
A segunda-feira desabrochou aos semanais compromissos e trabalhos. As atividades, do estudo e sobrevivência, precisaram ser retomadas em meio aos alívios e cansaços!
A moça e o rapaz, no espaço de estudos, reencontraram-se às obrigações. A esdrúxula atitude chamou deveras atenção. As partes comportaram-se como belos estranhos!
O outrora casal, apesar das recentes intimidades, parecia não ter existido. Um passou diante do outro sem maiores cumprimentos e olhares!
A sociedade de consumo, com a massificação e urbanização, tornou rotineiro “o degustar de pessoas”. Os próximos vêem-se requisitados na proporção das necessidades!
Os artigos, na proporção de usufruídos, revelam-se descartados nas lixeiras. As relações sociais, na era da globalização, revelam-se ocasionais e rápidas!
                                                           
            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.bbelissima.com

O natural


O cidadão urbano-rural, carregado de produtos da terra, aconchega-se a cidade grande. Uma porção de artigos, entre carnes, frutas e hortaliças, avolumam-se no porta mala!
O objetivo, diante do elevado custo de vida, consiste em diminuir dispêndios. O trabalho de formiguinha, de levar e trazer, tomou vulto. O veículo facilita manejo e transporte!
O gato do vizinho, no compasso de espera, ganha algum naco de carne. Este, numa ingrata surpresa (diante do instinto felino pelo produto), rejeita o pedaço como cardápio!
O detalhe liga-se ao desconhecimento do alimento cru. O acomodado e privilegiado bicho encontra-se acostumado às onerosas e ressecadas rações!
Os conhecimentos, dos produtos da terra (sem agrotóxicos, conservantes e hormônios), mostravam-se ausentes ou ignorados. O fabricado, como apetitoso e prático, favorece o consumo!
O idêntico aplica-se a inúmeros humanos: rejeitam o natural em troca do artificial. A vida urbana aboliu conhecimentos específicos das produções e trabalhos!
Os artigos, sem maior procura e suor, encontram-se disponíveis nos mercados. O segredo resume-se unicamente em aprender e saber ganhar dinheiro!
Os seres humanos, na História, mostram-se filhos do meio e época. Os curiosos carecem de satisfazer-se unicamente com o mero consumo dos alimentos!

                                                                            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogueirasunidasdivulgacaointeracao.blogspot.com.br

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A empresa


O modesto cidadão labutou anos para revelar-se empresário. A empresa, no ramo calçadista, iniciou com ferramentas manuais num singelo galpão!
Alguns punhados de pares, de forma artesanal e diária, viram-se confeccionados. A comercialização dos artigos, conforme os pedidos, direcionavam-se para restritas lojas!
Os conhecimentos, assimilados no chão de fábrica como empregado, viram-se externados no sonho da fabricação própria. Anos de experiência foram necessários na arte do couro!
A fabriqueta, numa década, cresceu para média empresa. As exigências, de inúmeras maneiras, foram progressivas. Os encargos, no ínterim, multiplicaram-se na legislação!
A idade avançada, com a aposentadoria, redimensionou planos. O desejo, para continuar na empleitada, consistia em repassar o empreendimento!
Os interessados, na condição de manter empregos e funcionamento pleno, podiam candidatar-se como interessados! O curioso: faltaram candidatos.
As pessoas temiam em assumir os ônus. Inúmeros, como funcionários, sentiam-se bem mais cômodos e tranquilos. Estes labutaram suas horas e sentiam-se livres!
A solução consistiu em cerrar as portas. A dificuldade ficou difícil inclusive neste aspecto. Os atropelos e encargos foram muitos simplesmente para fechar!
Chegará o dia em que faltarão empresários e investidores diante do absurdo das exigências. Os investidores, diante da margem estreita de lucros, carecem de arriscar a sorte!
A legislação, de forma velada, favorece subalternos e pune empreendedores! O negócio, para ser bom, obriga a ceder e precisa favorecer de forma equilibrada as várias partes!

                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”  

Crédito da imagem: http://interseal.com.br/blog/?p=378

A corrida


O criador, no clarear do dia, soltou suas adoradas galinhas. As caipiras, na proporção duma centena, tiveram a liberdade de caminhar e ciscar!
A alegria e satisfação, como aparentes aves livres e soltas, saltava aos olhos. A forma saudável de viver! A parcial dispensa, de rações e remédios, mantinha-se sinônimo de saúde! 
Um comprador, como consumidor, adveio de forma inesperada. Este, em função duma visita, precisaria duma dupla de aves!
O cardápio, galinhada de caipiras, ostentava-se o prato das colônias. Um pequeno e singelo detalhe decorreu no fato: Como pegar as ativas e espertas aves no lumiar do dia?
Elas, nos primeiros fraquejos, desconfiaram das pretensões humanas. O criador, na realidade do pátio, possuía as dezenas. Este, na emergência, ostentava nenhuma!
A idêntica lógica, no dinheiro, aplica-se a quem empresta capital. Este, como crédito, registra na contabilidade. O poder de compra, numa emergência, ostenta-se nulo!
Alguma poupança, como colchão d’água, revela-se sinônimo de sabedoria financeira. As cedências, na prática, levam ao desfecho das amizades e perdas das cedidas somas!
O indivíduo, nos empréstimos, obriga-se a correr atrás dos autos prejuízos. As atitudes e comportamentos, na surdina das relações humanas, escondem escamoteados interesses monetários!

                                                                                       Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências!”


Crédito da imagem: http://economia.culturamix.com

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O carro


O jovem, recém entrado no mercado de trabalho, encontrava-se apressado para satisfazer o sonho de consumo. O carrinho mostrou-se preocupação primeira de aquisição!
A esperança, como consideração social,  prometia fazer “chover as maria gasolina”. O camarada, como caroneiro ou pedestre, carecia de maior chance no público feminino!
O trabalhador, depois de anos de suado estudo, exprimiu as economias. Os pais, dentro das suas poupanças, auxiliaram “em momentâneos cedências ou doações”!
O sonho viu-se realizado e a felicidade alcançada! Uma maravilha, diante de amigos e conhecidas, aparecer e desfilar de carro novo. A bela e doce ilusão durou poucas semanas!
Os aborrecimentos e carências financeiras iniciaram no cotidiano das vivências. Os conhecidos e vendedores deixaram-no de instruir nas inúmeras despesas indiretas!
Os condutores marcham numa porção de encargos. Os exemplos ligam-se a combustíveis, estacionamentos, indenizações, guinchos, mecânicas, multas, pedágios, reposições, seguros, taxas...
Os dispêndios, na manutenção do veículo, sobrepunham-se aos encargos da subsistência familiar. “As economias na boca” fizeram-se necessárias para sustentar a compra!
Quem já não comprou gato por lebre? As propagandas, com as meias verdades, difundem fantasias, enquanto a realidade revela as doloridas perdas monetárias!
As pessoas, no geral, conversam-se um monte de bobagens e esquecem de comentar o essencial. A ideia generalizada consiste dos donos de veículo serem abonados cidadões!

                                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://autoblogweb.blogspot.com.br