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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Barulho



         A vila inteira, numa quarta, parecia enfurnada nas casas. Vários moradores precisaram dormir em função do trabalho (noutro dia). Algum mais enfiou-se residência adentro. Este temeu pela segurança. Os velhos, como sabedoria de vida, possuem o hábito de dormir e acordar cedo. Poucos, como zumbis da noite, adoram agitar e percorrer as ruas. Cada qual tem seus hábitos e princípios de vida!
Uma turminha de amigos/torcedores, em função de jogo (televisionado), agitou o ambiente. Primeiro: aquela comilança/churrasco! Segundo: bebedeira/cervejada! Terceiro: gritaria/torcida. Quarta: frustração/vibração. Quinto: algum bêbado/inconveniente não deixaria de berrar/gritar. O cidadão, até umas cinco da matina, “parecia endemoniado”. Este, com suas conversas (sem maior nexo e num volume impróprio), rompia o aparente silêncio do lugarejo/vila. Ele, naquela noite, atormentou algumas centenas de moradores.
O barulho, com os volumes da aparelhagem eletrônica, tornaram-se uma problemática social. Uns abusados/ousados não respeitam os direitos alheios ao silêncio. Obrigam outros a escutar seus gostos (como preferência geral). Algum inoportuno, diante da maluquice humana, leva algumas facadas, pedradas ou tiros, desconhece as causas/razões.    
A paciência e o trabalho, de ligar para polícia e esperar resultados, poucas vezes funciona a contento. Outros, para baixar volume, mandam avisos por celular/torpedos. Algum mais, protegido pela escuridão, joga pedra no telhado dos barulhentos. Algum abusado, na maior indiferença, continua na bagunça. A vida, nos grandes cortiços e favelas/centros urbanos, passou a valer pouco e não passa de número estatístico nas tragédias. Inúmeros indivíduos andam com os nervos na flor da pele, por isso “todo cuidado é pouco” para quem expõem-se.
Nalgumas realidades, onde parece não haver problemas, próximos criam-nos! Tornou-se difícil encontrar descanso e sossego nos ambientes urbanos. “O indivíduo, debaixo dos panos, nunca sabe o que rola!” O prudente pensa umas cem vezes antes de tomar atitudes extremas. Quem comercializa porcaria pouco importa-se com as consequências.
                                                                                                        
Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Favela_de_Manhua%C3%A7u_MG.jpg

À Descoberta do Amor


Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive á sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.

Mahatma Gandhi (1869-1948)

Crédito da imagem: http://guiaavare.com/noticia/3765/rosas-imagens