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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Paz interior


Aconteça o que acontecer na sua vida, não perca a sua paz interior, ela é a força que você precisa para manter-se em equilíbrio mesmo durante as piores tempestades.
Nessa época de pessoas atormentadas por pesadelos, por frustrações e sonhos desfeitos, manter a paz é fundamental para não cair nas armadilhas da depressão.
A carga de informação que você recebe durante o seu dia, a pressão do trabalho, dos estudos e dos relacionamentos, acaba deixando seus nervos em pedacinhos.
Se você não estiver com o pensamento voltado para o seu bem estar, você não consegue manter o equilíbrio e ai, o seu fígado começa a sofrer as primeiras consequências, daí para as doenças do estômago como a gastrite, a úlcera e outros nomes não muito recomendáveis, é um passo.
É preciso que você coloque filtros em sua vida, e ao receber as notícias, sejam elas quais forem, analisar e rapidamente descartar o que não for realmente importante para sua caminhada.
Manter-se em paz é um exercício diário, porque muitos obstáculos estarão presentes no seu dia a dia, a começar pelo seu lar, onde sob o mesmo teto reúnem-se pessoas que não compartilham as mesmas ideias que você.
No trabalho outros problemas nos aguardam.
Manter o emprego esta cada vez mais difícil, devido a enorme competição imposta pelas empresas entre os funcionários, tornando o clima às vezes "infernal e insuportável".
Para complicar tem o seu relacionamento que anda às vezes tão complicado por coisas tão bobas, que você fica pensando, será que vale a pena?
E quando você está a sós, fica imaginando que não nasceu para amar e ser amado, que os anjos te esqueceram e outras besteiras que a solidão causa.
Tudo isso e mais aqueles amigos que acreditam que você é poderoso e usam seu ombro como se fosse um grande muro das lamentações e deixam você mais carregado de energias nada boas.
Cuide-se enquanto é tempo.
Para que sua paz continue, use estas regrinhas básicas:
- Use o bom senso ao ler as notícias.
- Pare de ir no embalo dos alarmistas de plantão.
- Ao entrar no local de trabalho, faça uma prece em silêncio e cumprimente a todos com alegria.
- Respeite-se, se não estiver com vontade de falar com ninguém, retire-se e pare de fingir que está tudo bem.
- Peça ajuda. Para ajudar alguém precisamos estar muito bem. Se você não estiver bem, esqueça, você vai prejudicar a você e a quem pediu ajuda. A paz é uma conquista daqueles que se amam.
- Ame-se pelo amor de você mesmo! Ninguém tem o direito de invadir a sua paz e se o estão fazendo é porque você está permitindo.
- Reveja seus atos. Para manter a sua paz vale tudo: banhos relaxantes, orações, terapias, e muito amor. A paz é um exercício diário.
- Sorria mais, relaxe, busque um cantinho dentro de você para ser feliz. Você é responsável pelo seu bem estar. Estando feliz, o outro seguirá o seu exemplo.
- Acredite em você.
- Valorize-se. Você merece muito mais do que tem hoje, e vai conquistar se mantiver seu pensamento voltado para suas conquistas, sonhos e desejos.
Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um se chama ontem e outro amanhã. Portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer, e principalmente viver.

Crédito da imagem: www.yosoyhialeah.com

A raiz do problema


Um trabalhador assalariado, nos dias úteis, ausentava-se da família. Ele, de segundas a sextas, labutava no interior duma ferraria (duma localidade distante). Uma jornada estafante, com a ausência de maior maquinário (sofisticado), em função do massivo emprego da força braçal. A solda, com o manejo e remendos dos aços e ferros, deixava exaurido os poucos funcionários.
O empregado, numa oportunidade, achegou-se ao dono. Ele, na metade da semana, pediu uma folga (para retornar ao lar). O empregador, na sua tradicional franqueza colonial, perguntou as razões. Este, em forma de auto-reflexão, ainda interrogou: “- O amigo, a casa/residência, vai sempre nas sextas-feiras e não na metade da semana. Qual a causa do retorno antecipado?”
O funcionário, na sua aparente ingenuidade, explanou sua preocupação e  problema. Este, ao patrão, disse: “- Desconfio da honestidade e sinceridade da minha senhora. Essas ausências prolongadas estão causando conversas e falatórios. Penso haver ‘alguma cachorrada’ frequentando o seio da minha casa. Quero conferir o fato in loco e de uma forma discreta“.  O proprietário, tendo o cidadão como bom empregado, liberou-o da jornada.
Os moradores, das redondezas/vizinhanças, sabiam do fato a algum bom tempo. Algum conhecido, “com razão de adicionar gravetos a fogueira” ou “ver o circo pegar fogo”, deu alguma sutil indireta (sobre a visitação imprópria, porém concedida pela parte feminina). O camarada, nesta altura do campeonato, era razão das chacotas e falatórios. “O corno, como de práxis, ostenta-se o último a saber da traição”.
O patrão, diante da esdrúxula narrativa, precisou dar sua pitada/palpite. A figura de linguagem, da cachorrada, deixou-o admirado e reflexivo (porém ostenta-se numa fala corriqueira nas colônias). Ele ouvira alguma referência dos cochichos e comentários dos acontecimentos. Este, numa sentença ímpar, acabou dando a solução ao caso. O conselho, de forma curta e grossa, consistiu: “- A cachorrada encontra-se atrás da fêmea! Ostenta-se difícil eliminar a gama de machos! A solução consiste em descartar a cadela!”
A alternativa, diante da realidade dos fatos, viu-se tomada cedo como resolução.  O descarte adveio em forma de separação. O casal desfez o contrato matrimonial. Cada qual retomou sua vida.  Ele manteve-se como solteirão e ela refez outro matrimônio.
Um princípio básico: os males convém eliminar a partir da raiz dos problemas (nada de querer atacar as consequências). A franqueza ostenta-se uma pérola, porém poucos têm o bom senso de querer ouvi-la. Agradeça, de todo o coração, quem tem a coragem e a ousadia de dizer-lhe a verdade. As pessoas, de maneira geral, adoram falar e fazer chacotas e conversas (pelas costas).

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem:  tatiele-tatiele.blogspot.com