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domingo, 12 de maio de 2013

A artimanha das caçadas



Um colonial mantinha uma paixão pelas caçadas. A atenção, no contexto das plantações, via-se recaída sobre as lebres! O prejuízo, em lavouras de amendoim, mandioca e soja, viam-se acentuados!
Os animais silvestres, em meio ao instinto de sobrevivência, mantinha uma singela artimanha. Estes, na proporção da ausência de tiros, despistavam a ingênua cachorrada. Os caninos, unicamente bem treinados na habilidade da caça, conseguiam apanhar eventuais vítimas.
As presas saiam a correr roças e potreiros afora! Elas, em imensos círculos e curvas, percorriam os espaços. Os cães, na proporção da ausência de maiores treinos, iam no encalço delas. O rastro, numa altura, via-se simplesmente perdido/sumido!
As lebres, no final das incursões, retornaram ao esconderijo/moradia original. O ousado caçador, na tocaia, iria tentar apanhá-las. As presas, de todas as maneiras, evitavam de refugiar-se em brejos e matos. O tipo de vegetação dificultava a ação dos pulos e saltos!
O idêntico, a grosso modo, aplica-se aos humanos! Estes, por alguma razão no alvorecer da velhice, obrigam-se a retornar/visitar o local de nascença. Um chamado íntimo, na proporção do tempo, atrai/chama para rememorar e rever o torrão. O local, com a vida familiar inicial, ostenta-se uma espécie de solo sagrado!
Certas atitudes e procedimentos carecem de maiores explicações! Os instintos, em meio à racionalidade, assumem aparência de adormecidos, porém estão ativos! As espécies possuem seus dons e segredos de sobrevivência!

Guido Lang
“Singelas Fábulas e Fragmentos do Cotidiano das Vivências”

                                 Crédito da imagem: http://www.imagensdeposito.com

A dolorosa doença


Um cidadão mantinha uma consideração e paixão pela cachorrada. Os animais, em boa dose, eram sua segunda família!
Os bichos, no cotidiano do trabalho, mantinham-se como os melhores amigos e parceiros. Os caninos, muito apegados a caçadas, enveredaram pelos brejos, matos e roças.
Inúmeros presas, num primeiro cochilo, pagavam com a vida eventuais descuidos e cochilos. Histórias de caçadas implacáveis e ímpares sobravam nos relatos familiares.
O curioso relacionava-se aos animais. Estes, nas suas idas e vindas, traziam doenças e pragas. Os bicho dos pés, carrapatos e pulgas ostentavam-se as maiores inconveniências. O criador, volta e meia, aplicava remédios e tratamentos.
O proprietário, numa certa ocasião, adoeceu de forma grave e repentina. Os médicos não conseguiam achar a doença e razão de tamanho mal estar. A vida, em meio a dores e náuseas, transcorria num fio!
Um doutor, numa altura, disse ao adoentado: “- Fulano! Relembra, de forma detalhada, das tuas ações e práticas nos dias anteriores ao mal!” Este, numa regressão mental, pensou e repensou fatos e situações.
O fulano, numa altura, relembrou-se de ter extraído um modesto carrapato. O criador tinha esquecido de lavar as mãos. Ele, num descuido, esfregou as partes pelo corpo. Este assimilou a doença do carrapato. O tratamento, depois de dias, levou a cura!
O excesso de intimidade, entre animais e humanos, causa males e transtornos. Certos ambientes e organismos encontram-se infestados de microorganismos. As companhias são o espelho da personalidade!

Guido Lang
“Singelas Crônicas do Cotidiano das Existência”

Crédito da imagem: http://ciencia.hsw.uol.com.br