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terça-feira, 21 de maio de 2013

A momentânea parada



O forasteiro, numa tradicional localidade, perpassa o lugar como atalho. Este, a cada semana, percorre o caminho à direção da cidade grande. Inúmeros moradores, nas idas e vindas, já o conhecem como o passante motoqueiro.
O condutor, numa ensolarada manhã, depara-se com algum desconhecido morador. Este, por alguma espera, encontra-se parado a beira da estrada geral. Dois imensos cachorros mostram-se sua companhia. A confecção de algum palheiro, no compasso de espera, mostra-se sua ocupação e passatempo.
O estranho, por segundos, para e cumprimenta o beltrano. Este diz: “- Bom dia! Cuida destes dois perigosos! Bonito dia hoje! Vamos agradecer ao Criador pela especial benção! Procuremos aproveitar o magnífico tempo para algum trabalho útil!” O natural, de forma afirmativa, sorri e retribui a gentileza! O estranho, em seguida, retoma seu caminho!
O morador, numa expressão alegre no rosto, admirou-se da tamanha cordialidade e consideração. A gentileza animou e aproximou as duas almas! Umas singelas palavras fizeram uma tremenda aproximação e diferença!      
O colonial, junto a amigos e familiares, certamente comentou o fato. Outros mais conheceram o tradicional motoqueiro nas paragens! A fama ampliou-se numa modesta prática! O cidadão, neste mundo, precisa de todos!
O indivíduo, com vistas de fazer amigos e conhecidos, precisa tomar a iniciativa dos relacionamentos. O esperto carece de distinguir as pessoas entre graduadas e humildes! Ser boa gente, no final das contas, dá um enorme bem estar e faz a diferença.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da  imagem:http://camaramourao.blogspot.com.br

O inconsequente ato



Um malandro, com razão de acirrar a encrenca de vizinhos, resolveu aprontar ousada peça. A dupla de intrigados, por desconfianças e divisas, mantinham as relações estremecidas! Velhas intrigas e rixas afloravam!
Um cidadão, na proporção de “querer colocar gravetos para elevar o fogo”, foi apanhar uma camisa no varal do sicrano. Este, com fama de mulherengo, inspirava desconfiança no beltrano. O último, com mulher bonita e nova, procurava redobrar os receios e vigilâncias!
A peça surrupiada, na calada da noite e no descuido familiar, viu-se acrescida na máquina de lavar (da esposa do beltrano). Esta, no entender das diversas peças de roupas, deparou-se com a ímpar surpresa: a conhecida camisa do sicrano.
O achado, de imediato, foi comunicado e mostrado ao companheiro. Este requereu alguma convincente explicação do ocorrido. O caminho das dúvidas e reboliços tomaram forma (na proporção do desconhecimento sicrano).
O marido, num instante, chegou a desconfiar da própria companhia! As explicações e justificativas foram muitas para desfazer o mito! As provocações e xingamentos, com ferramentas improvisadas como armas, tomaram corpo nas cercanias da moradia do sicrano.
A situação, em função da mera brincadeira, viu-se num confronto acirrado. Os vizinhos, graças à intervenção de pacificadores (amigos, familiares e religioso), acabaram serenando os ânimos.
As partes, depois de alguns dias, descobriram de tratar-se duma inconveniente afronta. O fato, por pouco e sorte, não acabou em agressões e mortes! A história ficou nos registros dos relatos das intrigas de vizinhos!
Antes de executar brincadeiras, convém imaginar eventuais consequências. Certos atos, aplicados aos alheios, podem esconder sublimes malícias. Indivíduos de má índole existem em todas as raças e religiões!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://fisicacuriosaecriativa.blogspot.com.br