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quinta-feira, 6 de junho de 2013

A previsão meteorológica



Um ancião, com suas oitenta primaveras, pode observar os desígnios naturais. Este, como os rurais em geral, eleva os olhos na direção dos céus em diversos momentos diários.
Ele, como agricultor, dava muita atenção aos estados do tempo. O sucesso, das criações e plantações, dependiam da ausência ou disponibilidade de água e trato.
O colonial, nestas décadas, pode conviver e observar a natureza. A cada dúzia de anos, em média, sucedia-se uma acentuada e rigorosa estiagem.
A contagem dos anos, na sequência das secas, confirmam o conhecimento. As estiagens, de maneira geral, ceifavam plantações e diminuíam criações. O jeito consistia em armazenar reservas de água e víveres. O modo de antecipar-se as tragédias e diminuir perdas.
A explicação, para o fenômeno, encontrar-se-ia no aumento da insolação. O planeta aproximar-se-ia mais do Sol. As secas abater-se-iam nas faces mais expostas. Os solos, nestes locais, conheciam o secamento das fontes e reservatórios.
O estudo empírico ostenta uma valiosa sabedoria colonial. Os anos, nas décadas e séculos, unicamente ensinam certos conhecimentos. A ciência ainda tem muito a aprender com a experiência.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Obs.: Relato de Verno Reckziegel de Linha Brasil/Paverama/RS

Crédito da imagem: http://www.astrosurf.com/carreira/obs2002_04.html

O estranho comportamento canino



Uma determinada sociedade esportiva promoveu seu grandioso jantar baile. O evento anual, junto à semana do município, procurou romper a monotonia e rotina colonial!
Os forasteiros e moradores, de inúmeras paragens e procedências, afluíram ao centro comunitário. A tripa grossa mantinha-se como especial atrativo e saboroso cardápio!
O conjunto musical, a princípio conceituado (pela propaganda da mídia), foi contratado para animação (como outro chamarisco). Este, com ampla parafernália eletrônica, “colocou o volume as alturas das nuvens”.
A própria voz, em momentos, parecia desatendível e sufocada. Uma singela dessintonização no fundo do controle, parecia acompanhar a algazarra e barulheira. Uns pareciam desnorteados com os chiados nos ouvidos e voz roca nas eventuais conversações.
O curioso, noutro dia, sucedeu-se com a cachorrada. Os animais, com a audição sensível, não puderam cochilar ou dormir durante o barulho. O bicharedo, noutro dia, obrigou-se a esticar o sono.
A localidade, numa aparente inexistência, conheceu a ausência dos rotineiros e tradicionais latidos caninos. Um fato raro para quem reside nas localidades. O indivíduo pode fazer uma leve ideia dos prejuízos ocasionados à audição (com os exagerados volumes).
Os frequentadores, como noutros eventos barulhentos, brincam e prejudicam a audição. A barulheira de uns ostenta-se animação para outros. O difícil, com a miscelânea de opções e recursos eletrônicos, consiste em atender e satisfazer os muitos e variados gostos.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://inexo.com.br