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terça-feira, 9 de julho de 2013

A exagerada dedicação


Uma professora, no Estado, aposentou-se em quarenta horas. Ela, no magistério municipal, almeja conseguir outras tantas. O desgaste e esforço parecem sobre-humanos!
A profissional, não tendo filhos e marido, dedicou-se a educação. Procura ajudar a criar e educar os alheios. Um ato digno e nobre de elogios. Enterra, porém valiosos dias seus!
A fulana, a um velho colega, narrou sua odisseia. A aula, em dois turnos, consiste em laboratório e sala. As correções e planejamentos somam-se nas noites e finais de semana!
O cidadão, sem travas na língua, disse: “- Fulana! Vai viver a vida! Deixar isso tudo para quem? Familiares brigarem pelo espólio! Viva dias agradáveis no pouco tempo que lhe sobra!”
O amigo recomendou participar dos bailes de terceira idade! Ela, com os próprios olhos, poderá assistir enviuvados (fazendo festa com a aposentadoria e pensão dos finados).
O crédito caiu com razão de repensar as jornadas. Os conselhos parecem sempre fáceis em serem dados! O temor do infortúnio, na velhice, leva a sacrifícios insanos!
A aposentadoria significa procurar novos ambientes e amizades. Os jovens também precisam ver oportunizados os espaços de trabalho. “Viúvas/os são aqueles que vão e não aqueles que ficam!”
                                                                           
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://maricyr.wordpress.com

O intencional esquecimento



O camarada como oportuno cliente foi almoçar num tradicional restaurante. Este, na hora do pique (do meio dia), aproveitou horário e oportunidade!
No buffet livre, pode servir-se do bom e melhor. Uma comida, em abundância e qualidade, relembrou as outroras quermesses. Fartura e variedade para ninguém colocar defeito!
A surpresa, como malandragem, adveio na hora do acerto da despesa. O fulano, no tumulto, aparentou em ir ao banheiro e servir-se da sobremesa! A vigilância vacilou e ele saiu porta afora do estabelecimento!
Os parceiros, todos estranhos de mesa, deram a mínima. O papel do comando foi relegado! O cidadão, no cochilo do proprietário, “foi-se ao mundo”. Deixou de honrar a obrigação!
O idêntico cidadão, na primeira oportunidade, encontrou-se a participar das manifestações de rua. O fulano, em cartaz, exigia honestidade e transparência nas contas públicas! Dois pesos e duas medidas nas suas atitudes!
O indivíduo certamente esqueceu-se do almoço e exemplo! Outros, de imediato, reconheceram-no pela falácia! Uns admiraram-se da cara de pau e ousadia!
Os humanos com suas eternas diferenças e incoerências. A ideia dominante consiste em querer sempre levar vantagem pessoal! A honestidade tornou-se uma rara virtude!
Os exemplos partem do próprio indivíduo. Alguém sempre repara e vê as falcatruas e maracutaias. O dinheiro e poder andam de mãos dadas!
                                                                             
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://cidadedorio.com