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terça-feira, 23 de julho de 2013

O segredo do mel


Os antigos, após os primórdios da colonização da Colônia Teutônia (1868), mantinham limitados recursos. A solução consistia em conhecer, observar e praticar!
Um colonial, a título de exemplo, não gostava do mel açucarado. Este, no frio de inverno, tratava de endurecer. O produto, no entender particular, deixava de ostentar aquele charme e qualidade natural.
O cidadão, conhecendo o calor do milho (amontoado em forma de espigas no paiol), resolveu inovar. O mel, armazenado em tachos, via-se guardado e introduzido no interior do amontoado do cereal!
O calor, repassado ao produto, mantinha a doçura e frescura natural. O açucarado deixou de haver com a singela prática. O açúcar de cana, com a carência monetária, via-se artigo de luxo ou remédio!
A inteligência consistia em achar uma prática e sabia solução aos dilemas. O propósito, como paliativo, advinha de unir o útil ao agradável.
O cidadão, nas adversidades, precisa aprender a virar-se. A inteligência consiste em achar saídas espertas as dificuldades imediatas! As soluções costumeiramente encontram-se na própria casa ou cercanias!
A modernidade, com o desenvolvimento e instalação das tecnologias, suplantou velhas práticas. Quaisquer exemplos e ideias, por mais malucas, encontram adeptos e seguidores. Os jovens, criados em meio às muitas facilidades, ousam ainda criticar e reclamar!

                                                                             Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.entrenalinea.com.br

O flagelo do retorno


Uma senhora, depois de certa idade, perdeu o marido. Os filhos cresceram e a casa grande ficou vazia. Ela, como única ocupante, sentiu-se tremendamente só!
A fulana, por anos, procura uma segunda companhia. Uma dificuldade colocar alguém dentro da residência (em termos de confiança). A solidão evita maiores confusões e riscos com relação aos direitos ao patrimônio!
Ela, para safar-se do isolamento, procura muito passear e sair. Algumas opções costumeiras são frequentar bailes, idas ao centro, viagens ocasionais, visitar amigas...
As lamúrias relacionam-se a tremenda solidão. Esta, na proporção da achegada a moradia, retoma a melancolia. Aquela sensação, na aparência, de sentir-se sozinha no mundo!
A fulana prescinde-se duma parceria. Aquela de compartilhar, conversar, dividir, recepcionar, reclamar, relatar, xingar... Os bichinhos, por completo, não preenchem o vazio!
O flagelo, em certos dias, assume ares de patologia. A solidão deixa-a desnorteada, estressada, nervosa... O estar só maior, na proporção dos demais estarem com suas famílias, verifica-se nos finais de semana.
A realidade denuncia outra problemática social dos centros urbanos! O indivíduo encontra-se cercado de gente e ao mesmo tempo sente-se abandonado e sozinho!
Os próximos evitam ou safam-se de maiores compromissos, diálogos e envolvimentos. Os rebentos possuem seus compromissos, interesses e programações!
A sabedoria popular versa: melhor sozinho do que mal acompanhado. Os problemas variam conforme as situações e realidades. O indivíduo resolve uma problemática, porém cedo cria outra!
                                                                                            
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.pequenopolisba.com.br