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domingo, 25 de agosto de 2013

Nome aos bois


Uma funcionária, a mando da chefia, organizou determinado evento comunitário. A dedicação e organização trouxeram o êxito e sucesso!
O público adveio para inteirar-se e ouvir os relatos dos participantes. Estes explanaram experiências e vivências nas inéditas histórias e relatos.
Alguns ouvintes, no final, falaram “valeu a pena em dar-se o tempo de participar”! Noutras oportunidades vamos renovar nossa presença!
Um conhecido, à coordenação, renovou “a rasgação de seda”! Os ecos, das assimilações e elogios, ressoaram pelos cantos e recantos! A fulana, numa eficiência ímpar, sentiu-se feliz e realizada!
O curioso transcorreu em interrogar pelo “nome dos comentaristas”. O parceiro, “escorregadio como molhado sabonete”, saiu-se “na tangente dos detalhes e explicações”!
O fulano, de forma simples e sincera, disse: “- Colega! Nada de dar o nome aos bois! O indivíduo carece de comentar as falas e ideias do beltrano, fulano e sicrano”.
As pessoas, na sua santa ingenuidade, poderão ir para cobrar explicações e satisfações. O cidadão discreto e pacato almeja distância de equívocos e intrigas!
“Macaco velho não mete a mão na cumbuca”! A vida, na sutil educação, ensina lições e tarefas do gênero humano! A prática cotidiana, na convivência comunitária, revela-se nobre e sábia escola!
Os astutos e espertos contornam aborrecimentos e problemas. Os comentários e falatórios, em ambientes de trabalho, revelam-se ardilosos e precavidos. O profissional, a partir das entrelinhas, conhece o gosto e preferência das companhias e parcerias!

                                                                                      Guido Lang
”Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.ruadireita.com

A extrema dó


Um comerciante, instalado nas grotas, fazia esporádicas carneações. As miudezas, chamarisco da cachorrada, viam-se descartadas em lavagem aos suínos!
O carneador, diante da astúcia e ousadia canina, passou a ter frequentes invasões. Os animais, das alheias propriedades, afluíam às dezenas nas caladas da noite!
O bicharedo, até a manhã, atacava e revirava o ambiente e recipientes! Um cenário de desorganização e prejuízos! A bagunça via-se instalada!
O vendedor, numa altura, indignou-se com aqueles constantes ataques e confusões. Ele, enraivado e indisposto, pegou alguma graúda pedra!
O artefato, como improvisada arma, viu-se arremessado com ímpar força. A peça, em cheio, acertou a pata dianteira do azarado animal da primeira vizinha. O estrago foi à completa fratura do membro!
O domesticado lobo, com a parte fraturada e pendurada, passava diversas vezes diante do estabelecimento. O cenário via-se de dor e pesar!
O autor e clientes, nas idas e vindas, deparavam-se com a esdrúxula e dolorosa cena! O cidadão, nalgumas noites de insônia em meio ao peso da consciência, lembrara-se da desgraça originada!
A vizinhança, nos seios familiares, comentava e repassava o sucedido! Os desconhecidos interrogavam sobre a autoria de tamanha bestialidade! 
Cuidado! O indivíduo, em meio à extrema fúria e raiva, incorre em concretizar injustos atos. Estes, no íntimo e no transcorrer do tempo, veem-se numa dor imprópria pior do que a própria dor acarretada às vítimas!
Os bichos, de criação e estimação, carecem de culpa pelo descaso e dificuldades dos donos. Os animais, mesmo bem cuidados e tratados, seguem a lógica dos instintos. A vida, nalgum momento e situação, prega-nos inusitadas e ousadas peças!

                                                                                                 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.casadolabrador.com/PASTOR/Pinicio.htm