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terça-feira, 27 de agosto de 2013

O ocasional atraso


Um jovem, numa altura dos estudos universitários, precisou tomar o caminho do estágio. Este, no estudo do curso próprio, acabou deslocado a uma distante cidade!
Vários membros, completos desconhecidos, auxiliaram-no no aprimoramento dos dons e profissão. Os compromissos foram seguidos rigorosamente a risca do receituário educacional!
O estudante, numa oportunidade, precisou realizar mais um dos ofícios religiosos. Este, numa localidade distante e retirada, relacionou-se ao casamento!
O improvisado profissional, nesta exclusiva e única oportunidade, viu-se no atraso de escassos minutos! Um fato impensado, como imprevisto, mostrou-se na vida do jovem!
Este, no deslocamento, demorou-se mais do que o imaginado. O fato, entre os avaliadores, passou como gravíssimo erro. A dedicação e eficiência viram-se questionadas!
O discente, conforme recomendação, deveria refazer parte da aula prática. Ele, de imediato, negou o ato! A solução consistiu em enveredar noutro ramo profissional!
Algum membro, depois de três décadas, comentou o equívoco. A conversa foi: “- Um certo estagiário atrasou-se no casamento. A beltrana e sicrano, como noiva e noivo, precisaram esperar pelo religioso na porta da igreja”!
O ocorrido ficou registrado na história comunitária e familiar! Certos equívocos e males advêm como belo exemplo de aprendizagem! “Deus escreve certo em linhas tortas”!
Um equívoco sobrepõe-se a noventa e nove acertos. As pessoas têm facilidades em gravar e rememorar as alheias falhas! A pontualidade, em quaisquer situações, mostra-se fator essencial de dedicação e eficiência!

                                                                         Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://estudos.gospelmais.com.br

A volatilidade do dinheiro


A inflação, ao longo das décadas, deixa muito trabalhador em maus lençóis. As pessoas, numa época da vida, pensam ter avolumado riqueza!
Um colonial, com avançada idade e enjoado da agricultura familiar, procurou comercializar o patrimônio. Ele, depois da labuta braçal, quis “sentar-se no descanso”!
As terras, plantações, moradia e animais viram-se “passados no troco”. O casal, a primeira vista, pareceu ter ganhado alguma fortuna!
O dinheiro, em parte, foi repartido entre os filhos. Outra metade viu-se aplicado na poupança. O juro, numa ilusão, daria para sobreviver!
O camarada, como manutenção, passou a gastar expressivas somas. Quaisquer artigos, no meio urbano, revelam-se despesas e encargos!
O capital, com acelerada inflação, desacompanhou o ritmo da reposição dos preços. Os recursos volatizaram-se a semelhança do álcool no ar!
O colonial, em duas décadas, ostentou-se literalmente falido e pobre. O dinheiro tinha sumido no ralo. Este, nos dias finais, precisou apelar à bondade e caridade dos filhos!
As terras costumam acompanhar a escalada inflacionária. O dinheiro, como mero papel, escorre entre os dedos das mãos (como a areia seca do deserto). O indivíduo prudente carece de assentar-se em galho seco da árvore.          
                                                             
                  Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://kwarup.blogspot.com.br/2009_07_01_archive.html