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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A preocupação


O ancião, num baile da terceira idade, arrumou parceria. A dança, com os admiráveis noventa e oito anos, tomou sentido na congestionada e disputada pista!
Um conhecido, diante da alheia coragem e ousadia, preocupou-se com as intimidades. O comentário, junto aos estranhos, sucedeu-se nos sanitários!
A crucial pergunta foi: Como o fulano, com essa avançada idade, iria atender a sua cara metade? As energias e o libido, na compreensão, encontrar-se-iam certamente atrofiados!
Algum estranho, como intrometido, complementou: o atendimento dar-se-ia certamente de forma mecânica! A gente nunca conhece todas as habilidades humanas!
Outro ouvinte, colocando lenha na fogueira, reforçou: Será que satisfaz plenamente os desejos? Algum mais refletiu: Depende da idade e vontade da parceria?
O cidadão precisa deixar os alheios serem felizes dentro das carências e limitações. Cada qual sabe certamente dos desejos e necessidades!
Abençoados aqueles que chegam sãos e salvos a avançada idade! Qualquer idade possui suas dificuldades e felicidades! O encanto encontra-se em quem sabe levar a existência!
As pessoas possuem dificuldades de aceitar a velhice. Os anos, no mundo com tamanho número de mortes prematuras, deveriam significar sabedoria!
As pessoas, diante dos exageros, possuem necessidade de externar o espanto. Uns preocupam-se onde menos precisam!

                                                                            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.365diasviajando.com/

Um princípio


Um colono, como leigo e improvisado veterinário, atendeu milhares de animais pelas propriedades rurais! Algum animal doente advinha o chamado do atendimento!
Os produtores, de longas distâncias, chamavam-no para aplicar os conhecimentos. Os profissionais formados, nos anos de 1930 a 1970, eram pérolas raras nas colônias!
O cidadão, com a maleta, andava e montava pelas linhas para atender os muitos chamados. O trabalho, com o manejo dos animais domésticos, reforçou-lhe a velha lógica!
Os bichos, mais ativos e saudáveis, mantinham-se os andarilhos/nômades. Estes, como magrelas no geral, ostentavam o ativismo na sexualidade e proles numerosas!
Os domesticados e enjaulados apresentavam-se obesos e escassos filhos. O acúmulo de gorduras, como reservas alimentares, revela-se um tremendo empecilho à agilidade!
O princípio, como lição de vida no geral, aplica-se ao gênero humano. Os indivíduos ativos e magrelas revelam-se costumeiramente mais acirrados no sexo e trabalho!
As comilanças, sobretudo a base de carnes (apesar de boas ao paladar), mostram-se impróprias aos homens! Quaisquer exageros e sedentarismos revelam-se imprudência!
Os humanos, dentro das necessidades naturais, distinguem-se pouco dos animais. Sábio aquele que vive em harmonia com as leis da natureza!

                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.baixaki.com.br/papel-de-parede/18367-vaca.htm