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domingo, 13 de outubro de 2013

O desabafo


O consumidor, na grande rede de supermercado, fez suas singelas compras. Este, do ponto de venda, dirige-se ao paradão! O objetivo consiste em pegar alguma linha de ônibus!
Umas dezenas de pessoas, na cidade grande, aguardam os coletivos. O beltrano, numa casualidade, reencontra um conhecido. A conversação toma forma!
O desabafo, diante da inflação, relata: “- As sacolas ficam cada vez menores! O suado dinheirinho compra pouco! Os governantes perderam o controle sobre os preços!”
Algum estranho, ouvindo a conversa, concorda com o ponto de vista. A cotação das carnes, cereais e verduras subiu bem além dos reajustes salariais!
Qualquer nécio, a partir do bolso, sente as consequências da escalada inflacionária. Os artigos dobraram comparado aos anunciados índices do governo!
A velada insatisfação, no cruzamento de dados e informações, difunde-se entre a população. A instabilidade monetária revela-se sinônimo de descontentamento e preocupação!
O barnabé, nas diárias compras, sabe onde o calo mais aberta! A carteira revela-se a parte dolorida e enxugada. As pessoas, no cotidiano das vivências, cruzam as experiências e informações!
Os eleitores, diante da proximidade do pleito, avaliam e comentam o desempenho das facções e governantes. A prática, na sua rotina e sina, revela a falácia ou eficiência dos discursos e ladainhas!

                                                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagemhttp://veja.abril.com.br

Os banhados


Os colonos, no contexto das largas tiras de terra, ganhavam esporádicos banhados. Os espaços, como aparentes ilhas no meio dos plantios, abrangiam singelas nascentes!
A prática agrícola, no interior das lavouras, consistia em drenar os locais. A área, em brejo ou mata rala, ganhava uma diminuição! As lavouras viam-se ampliadas ao plantio!
O eucalipto, como reflorestamento, revelou-se outra alternativa. As plantas, em função da ampla folhagem, extraiam os excessos através da transpiração!
O pastoreio, como abastecimento ao gado, sucedia-se nos potreiros. Inúmeros olhos d’água, com a construção de reservatórios, permitiam a despreocupação com o líquido!
As lavouras super úmidas viam-se próprias ao plantio do arroz. O cereal, com a glória dos moinhos, via-se cultivado nas propriedades ao consumo familiar!
As bananas, chuchus e inhame viam-se igualmente possibilidade de produção. As culturas adoram ambientes com umidade. O colono sabia dessa necessidade!
A preocupação, além do racional aproveitamento do solo, ostentava-se em extinguir criatórios do bicharedo peçonhento! A presença de aranhas e cobras era temida!
Os mosquitos, em função de picadas, eram muitíssimo impróprios! A defesa, em vésperas de chuva, consistia em improvisar alguma queimada de folhagens!
A extinção de reservatórios, de estagnadas águas, diminuía ataques e incômodos! Estes, de maneira geral, davam-se durante o trabalho braçal nas circunvizinhas!
O advento das retroescavadeiras levou a edificação dos amplos e belos açudes. O peixe, como complemento de renda e consumo familiar, resultou noutra alternativa econômica!
A perfuração de poços, nas redes comunitárias e empresas urbanas de água, reduziu o número de olhos d’água! Outros encontram-se escondidos entre os rejuvenescidos matos!
As nascentes, em quaisquer lotes, abrigam as bênçãos divinas. Os problemas locais, nas propriedades rurais, ganhavam uma adequação e solução própria!

                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cmageografia.blogspot.com.br/