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domingo, 10 de novembro de 2013

O espírito canino


A cachorrada, comum nos pátios rurais, conhece cedo sua sina. Uns andam livres e soltos pelos cenários. Outros experimentam o poder e prisão das correntes!
O detalhe decorre da agressividade e comportamento. Uns adoram avançar sobre aves e visitas. Outros mostram-se amigos e parceiros! Os seres comportam-se atentos e vigilantes!
A domesticação, somada ao instinto, define os trâmites das atitudes. O animal, carneador das galinhas, desconhece maiores chances de sobrevivência!
As famílias, pela tradição rural, apelam à doação ou eliminação. As constantes e incessantes incomodações e perdas monetárias levam a radical decisão!
Algum eventual, agressor ou mordedor dos donos, brinca com a sorte. Este dá cheque mate.  O controle humano, sobre as domesticadas feras, define o desfecho da existência!
Os animais, pelos relatos orais, seriam no comportamento o reflexo do espírito dos proprietários. As pessoas agressivas e desconfiadas encher-se-iam de raivosas feras!
As famílias amigáveis possuem animais pacíficos e tranquilos. Os forasteiros e vizinhos, sem maiores preocupações e temores, aconchegam-se a conversa e visitação!
As criações e plantações, no interior das propriedades, espelham o capricho e trabalho. Quaisquer viventes, nos detalhes, vislumbram o espírito dos residentes!
A cachorrada, nas caladas da noite, circula como verdadeiro bando de andarilhos e feras pelos ambientes coloniais. Alguns cães, pela afinidade com criadores e excepcional domesticação, parece faltar somente falar!

                                                                       Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.tribonews.com/

O espetáculo dos gigantes


As árvores, como majestosos eucaliptos, ameaçavam atingir construções e rede elétrica. Especialistas e máquinas, como contratados, significavam demoras e dispêndios!
O colonial, na colheita, esperou o momento próprio. A hora, na derrubada, consistia “na ausência de vento”. Nenhuma folha, no ar em movimento, mexia-se na ocasião!
A tarefa, apesar do feriado nacional, recebeu no tempo próprio “mãos a obra” (atenção). Três amigos, às pressas, viram-se transformados na gentileza de braçais voluntários!
Os auxiliares, a partir da corda amarrada ao redor dos troncos, “direcionavam e puxavam os monstros”. A posição, da queda, encontrava-se pré-determinada pelos galhos!
Os troncos, cerrados junto aos pés (árvores), viram-se puxados. Estes, um após outro, tombavam num ímpar barulho e espetáculo. A ação humana desafiava a sorte e tamanho!
Os gigantes, as dezenas, viram-se estendidos imóveis no chão. A admiração e façanha consistiam na esperteza e habilidade de manejar melindrosas e perigosas tarefas!
Os escassos recursos, como corda, força e motosserra, permitiram realizar ousada empleitada. A experiência e inteligência, de pacatos moradores, fez a diferença no trabalho!
A astúcia e coragem, de amadores cortadores, chamou deveras admiração e atenção. O conhecimento empírico, através das brutas mãos, redimensionou o espaço!
Uns poucos, carentes extremos de dinheiro, sujeitam-se as tarefas rejeitadas pelos demais. O cidadão nunca pode subestimar o profissionalismo dos pacatos cidadãos!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: https://www.facebook.com/pages/Eucaliptos/155365641151906?nr