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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O poder do fogo


O produtor, como improvisado cortador de mato, procurou limpar determinada área. A queimada, velho ensinamento indígena, foi empregada como arte de limpeza e trabalho!
As folhas e galhos, de início, pareciam negar as chamas. A combustão, com o ressecamento, tomou vulto. As imensas labaredas, em minutos, tomaram ares de tragédia!
O descontrole adveio com a leve brisa. Algumas baforadas de ar alastraram o sinistro. O combate, em função da intensa queima, impossibilitou maior ação e aproximação!
O trabalhador, para não perder a empilhada lenha, obrigou-se a recorrer a água. Este, às pressas, necessitou canalizar águas para diminuir danos e suavizar prejuízos!
O dolorido reforçou a velha sina: a impossibilidade de brincar e subestimar o poder do fogo. O trabalho, em minutos, some-se nas chamas! Materiais transformam-se em cinzas!
Os estragos, diante do poder da combustão, revelam-se incontáveis ao solo. O fácil carece de ser o recomendável! Quem conhece a calamidade carece de efetuar fogo!
As histórias, de queimadas em macegas e roças, revelam-se comuns nos interiores. Qualquer rural possui interessantes relatos sobre os descontroles nos brejos e roçados!
Os sinistros, na narração oral, redobraram os cuidados com a ação do fogo. Um bom fogão, para o uso controlado e pacífico das chamas, abençoa qualquer ambiente e lar!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://meioambiente.culturamix.com/natureza/queimadas-em-florestas

O sumir do mapa


A cidadã, para safar-se da incomodação e rotina do trabalho, tomou a firme resolução. Ela, a risca, procurou seguir literalmente o conceito “de sumir do mapa”!
O final de semana, no prolongado feriadão, “permitiu a escapada e refugiada”. A esperteza consistiu em chegar e esconder-se na casa do recém-enamorado!
O desligamento, no desleixo do aviso e comunicado, trouxe atropelos e preocupações. Amigos e familiares, na agitada e violenta sina urbana, imaginaram algum trágico desfecho!
As pessoas, como colegas e conhecidos, comunicaram-se com razão de iniciar a desesperada procura. A cidadã, no geral, carecia de incorrer no desaparecimento!
Os pensamentos direcionaram-se na ideia do pior. A bandidagem poderia ter efetuado outra barbaridade. A camarada, na banalidade dos crimes, poderia ser mais outra vítima!
A afobada e desesperada procura tomou curso. As ligações, através dos celulares, foram disparadas as centenas. O particular e próprio (dela) encontrava-se alheio à sintonia!
O registro policial, como auxílio às buscas, encontrava-se em curso. Meia cidade foi mobilizada e tomou conhecimento do ocorrido! O assunto assumiu as conversas informais!
Uma ocasional ligação, a principal conhecida, desfez todo o desespero e mistério! O alarme revelou-se um mero erro de comunicação! A serenidade retornou aos espíritos!
A comunicação, de viagens e visitas a algum familiar, revela-se imprescindível como comportamento social. Os muito próximos gostam e preocupam-se com o indivíduo!
As pessoas revelam-se amedrontadas e temerosas com a violência urbana. A vida, com a massificação e urbanização, passou a valer pouco (eliminam-se semelhantes como moscas por razões banais e fúteis)!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://existencianula.blogspot.com.br