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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O exemplo prático


O silêncio, comum na vila da periferia da grande cidade, viu-se corrompido. A barulheira, de sopetão, instalou-se com a zoeira. A insônia e reclamos propagaram-se pelos lares!
A gurizada, como piruada, improvisou festa por algum motivo. As músicas, de alto som e estranhos gostos, rompiam a harmonia e silêncio de cortiços, favelas e mansões!
Os moradores, modestos assalariados ou profissionais liberais, aspiraram convivência e repouso. A parafernália eletrônica, nem por minutos ou segundos, dava silêncio e trégua!
A algazarra e barulheira, com bebedeira, comilança e gritaria, estendia-se manhã adentro. A falta de limites, comum em ditos modernos jovens, via-se como realidade e sina!
Alguém, nas avançadas horas, careceu da inteligência e paciência. O anônimo cidadão, protegido e  resguardado pela escuridão, ensinou os limites práticos da civilidade humana!
O corajoso e impaciente, na surdina, jogou boas e poucas pedras. Os artefatos, no alheio telhado, fizeram especial estrago e estrondo. A barulheira, no piscar de olhos, silenciou!
Os festeiros, no exemplo prático, conheceram facetas das veladas normas e regras das favelas e vilas. A ação, carente de combinados, reconhece e respeita costumes e hábitos!
Só Deus soube donde surgiram as abençoadas ou malfadadas pedras. O indivíduo, na variedade de gostos e preferência musicais, escuta o volume ao grau dos próprios ouvidos!
Os reclamos e xingamentos, diante da alheia incompreensão e inércia, perdem-se ao sabor dos ventos. Os gatos, a noite, revelam-se costumeiramente pardos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://wp.clicrbs.com.br/ambienteurbano/tag/favela/?topo=98,2,18,,,67

A inteligência humana


O computador, instalado com internet, via-se utilizado ao trabalho. O contato, online, tornou-se rotina e sina aos filhos das colônias. A tecnologia de ponta achegou-se as grotas!
O aparelho, no frequente e intenso uso, conheceu faceta da miséria humana. O fato, no ônus e pressa, obrigou a levar o aparelho ao especialista. O técnico precisou dar a olhada!
As dificuldades, na circulação das informações, relacionaram-se a hackers e vírus. Uns, na velada forma, deram os ares da fortuita graça. Eles, na esperteza, manifestaram ação!
Algum, nos atropelos e compromissos, agiu nos impróprios momentos. A prática, de forma automática, consistiu em desligar a máquina! Os dados, no empecilho, escurecem a tela!
A experiência, na reminiscência, confirma a sabedoria dos antigos. Estes, nas informais conversas, explanaram a velha lógica. O advento da informática comprova o acerto!
A milenar experiência externa: “A inteligência humana soma-se nas pesquisas e vivências, porém as maracutaias e vigarices igualam-se nos conhecimentos e conquistas!”
Muitos, na esperteza e falcatruas do ganha pão, fabricam e introduzem mazelas sociais. Estes, na surdina, propagam e semeiam o extermínio da própria descendência e espécie!
“A infelicidade de um ostenta-se a alegria de outro”. A inúmeros, com a branda diplomacia e legislação, não convêm argumentar e conviver com civilidade e tolerância!
O excesso de inço, aos plantadores e semeadores, exige radicais combates e extermínios. O prazer de uns consiste em atrapalhar e estragar o sucesso dos outros!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagemhttp://pedrohpavani.blogspot.com.br