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segunda-feira, 31 de março de 2014

O malfadado descarte


O tonel, enferrujado e furado, acabou jogado na vegetação. A natureza, próximo ao pátio, dar-se-ia a tarefa da reciclagem. Os descartes são necessidades de consumo!
Certos lixos, nas propriedades, encontram-se eliminados no impróprio. O artefato, no arvoredo da residência, conheceu serventia. A improvisada casa constituiu-se forma!
As abelhas africanas, na carência de abrigo, instalaram moradia. O espaço, em escassas semanas, mostrou-se abarrotado. Os favos, no mel, encheram de aroma o ambiente!
O sol, no sabor do verão, esquentou o metal. O calor, na onda da fervura, derreteu a cera. O alimento, como óleo, escorreu pelo chão. A situação atiçou o pacato enxame!
Os insetos, no instinto da autodefesa, voaram adoidados. A ferocidade difundiu-se pelas cercanias. O ataque, a quaisquer viventes, revelou-se dolorosa sina!
O indefeso cachorro, amarrado na reforçada corrente, pagou com a vida. Os proprietários, na ausência, possuíam ideia da guarda e segurança. Exceções sucedem-se nas vivências!
Abelhas, próximo às residências, ostentam-se convite ao flagelo. Os impróprios descartes geram inesperados inconvenientes!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/

domingo, 30 de março de 2014

O jogo contábil


O pacato funcionário, por anos, queria satisfazer o sonho de consumo. O fulano, na concorrência e imitação dos colegas, insistiu na compra do sonhado carro!
O cidadão, na perspectiva de antecipar sonhos, apelou ao crédito. A agência, no crediário fácil, cedeu os valores ao cliente. O indivíduo, no ingênuo financeiro, foi “encabelado”!
A soma, na querela do veículo, ficou resguardada no banco. A conta, em escassa remuneração, mantinha a disponibilidade monetária. O dinheiro parado gerou encargo!
O detalhe, na inércia, consistia no pagamento de vultosos juros. Os dias levaram na compra do consumo. Outras várias despesas acresceram como encargo do negócio!
O pagamento, nos descontos em folha, obrigou a outras cedências. A cobertura original levou ao penoso endividamento. O veículo usado superou cedo o preço do novo!
Os poderosos sobrevivem da ingenuidade dos pacatos. A matemática financeira falha no contínuo de muitos. Uns pensam-se unicamente espertos e ousados!
Os empréstimos absorvem suados e vultosos dispêndios. Conhecimento e inteligência descrevem-se no cotidiano dos procedimentos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.istoe.com.br/

sábado, 29 de março de 2014

A cara metade


O cidadão, na caça da parceria, ia nos muitos eventos. Os bailes, festas e jantares levaram ao conhecimento de inúmera gente. A convivência específica via-se no dilema!
As conversas iam e vinham nas relações. As novas e velhas amizades sucediam-se entre as pessoas. A dificuldade, no enamoramento, relacionava-se a descoberta específica!
As parcerias femininas fraquejavam nos desejos e interesses. A preocupação discorreu em permanecer velho solteirão. O sonho da família ostentava-se esperança inalcançável!
O indivíduo, no impensado instante, despertou alheio interesse. A fulana, em momentos, reparou inibido elemento. Este, no jeito e maneira, possuía particular encanto!
O convite, a dança, tornou-se realidade. A proposta aceita descreveu ímpar cena. As partes, na afinidade, pareciam velhos conhecidos. A dança e música aproximaram os espíritos!
O enamoramento, no ato, tornou-se real sina. A convivência, nos anos e décadas, tornou-se consumado fato. O amor exige alguma afinidade de gostos, ideias e valores!
A parceria, como “específica tampa”, encontra-se mesclada no universo das incontáveis unidades. O amor ascende fagulhas da divina dimensão!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://biasayao.wordpress.com/

sexta-feira, 28 de março de 2014

The divine hands


A student before the professorship selection saw himself agitated and concerned. This after intense study and a lot of reading came across with a discerning and difficult evaluation!  Interested to the limited vacancies, there were hundreds. The choice to the responsible faculty would be certainly sensitive. The chances stayed limited and remote!
The father, before the son’s neurosis, needed to give to the routine and traditional recommendation. The objective saw himself was softening negativisms and pessimisms! 
The explanation in synthesis turned ‘Son! Be your part! Give the best of you! Assist to the several requirements! The chances will continue accentuated!’
The second leave, as complement, sentenced ‘The result leaves in the divine hands. The All Powerful has a larger purpose. This better will define for you!’ 
The choices on situations lack of being right and better. The time makes the convenient direction. The important consists of being happy and accomplished in the work! 
The events, for some larger reason, lack of happening for mere casualty. The people, in the terrestrial passage, possess a mission and task to accomplish! 

Author: Guido Lang 
Book: “Stories of the Daily of the Existences” 

Translator: Leandro Mathias Müller

Image credit: http://olhares.uol.com.br/feito-pelas-maos-divinas-foto3901528.html

As mãos divinas


Um estudante, diante da seleção do mestrado, viu-se agitado e preocupado. Este, após intenso estudo e muita leitura, deparou-se com criteriosa e difícil avaliação!
Interessados, para as limitadas vagas, haviam as centenas. A escolha, pelo professorado responsável, seria certamente melindrosa. As chances mantinham-se limitadas e remotas!
O pai, diante da neurose do filho, necessitou dar à rotineira e tradicional recomendação. O objetivo via-se em suavizar negativismos e pessimismos!
A explanação, em síntese, versou: “- Filho! Faça a tua parte! Dê o melhor de ti! Atenda aos vários quesitos! As chances continuarão acentuadas!”
A segunda parte, como complemento, sentenciou: “- O resultado deixa nas mãos divinas. O Todo Poderoso tem um propósito maior. Este definirá o melhor para ti!”
As escolhas, em situações, carecem de ser acertadas e melhores. O tempo faz o conveniente encaminhamento. O importante consiste em ser feliz e realizado no trabalho!
Os acontecimentos, por alguma razão maior, carecem de suceder-se por mera casualidade. As pessoas, na passagem terrena, possuem uma missão e tarefa a cumprir!
                                                                                                              
            Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: https://www.facebook.com/EspiritualidadeEAmor

A frequência zero


O colonial, na mecanização agrícola, procurou os investimentos. A compra de implementos e trator levou ao financiamento. O trabalho cresceu na facilidade e produção!
As melhorias consistiam no acompanhamento das inovações. A propriedade requisitou novas tecnologias. O curioso, no endividamento, relacionou-se ao procedimento!
A economia, no decurso dos encargos, aboliu as participações nos eventos. As saídas, nos bailes, futebóis e jantares, revelaram-se nulas. Os encargos foram tolhidos no extremo!
A dedicação, no trabalho, tornou-se filosofia de espartano. O dinheiro, poupado nos centavos, cobriu assumidas dívidas. Singelos valores levam no ajuntamento de grandes somas!
O enclausuramento, na propriedade, ostentou-se mania e sabedoria. Os tradicionais produtores cumprem a risca as obrigações. Gente, no quilate, encontra-se em plena extinção!
As privações e sacrifícios integram a administração das carteiras e negócios. Os filhos das colônias, nos débitos e palavras, possuem dificuldades de conviver na imprópria fama!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://itimaginer.blogspot.com.br/

quinta-feira, 27 de março de 2014

O empurra empurra


A senhora, mãe e vó, dedicou-se a família. A vida, em décadas, visou o bem estar. Os rebentos, na jornada, criaram-se em sete. As alegrias e dilemas foram incontáveis na peleja!
Os filhos, na idade própria, tomaram a direção das cidades. As famílias foram constituídas. A sobrevivência tornou-se a essência das atenções e preocupações!
A original, no falecimento do marido e pai, viu-se desfeita. A enviuvada mãe continuou a jornada no recanto familiar. A questão, no avanço da idade, revelou-se no descaso!
A senhora, na carência e solidão, ficou curtindo os finais dias. Os filhos, genros, noras e netos foram empurrando a situação. Os cuidados, da idosa, careceram da especial atenção!
Os responsáveis, absorvidos nos negócios e profissões, abstiveram-se do esmero. A anciã, no desleixo e ostracismo, ficava perambulando no desfecho dos dias!
A descendência ignorou o voluntariado nos cuidados. Os membros possuíam indisponibilidade de tempo. O caso, no ocaso de certo dia, resultou na notícia do perecimento!
A cortesia e gentileza tornaram-se dilema. O dinheiro passou a comprar os serviços dos cuidados. O indivíduo, na existência, carece de vislumbrar o conjunto das misérias!
O cidadão pensa conhecer a índole dos próximos. A avançada idade, no decurso dos anos, espelha o real apego e consideração familiar!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://saude.sapo.pt/saude-em-familia/senior/artigos?pagina=4

quarta-feira, 26 de março de 2014

A peculiar observação


O indivíduo, modesto observador, acompanhou os afazeres e atropelos da extraordinária construção. Os apontamentos, no projeto, descreviam o desenrolar do empreendimento!
O pedreiro, tarimbado na construção, seguiu a risca o desenho. Os trabalhos, por meses, estenderam-se na edificação. O equívoco, na fragilidade, saltava aos olhos!
O curioso, nos concretos e pedras, reparou fragilidades nas minúcias. A instalação, na altura, auferiu a cobertura. O indiscreto, na acidental ocasião, ficou intrincado no telhado!
O observador, na presença do construtor e dono, externou a incongruência. O morador, como filho das colônias, conhecia as esporádicas anomalias das intempéries!
Os avisos, na fraca amarração, foram nulos aos ouvidos. As chuvaradas abateram-se no cenário. O módico vento, no brusco redemoinho, alevantou e danificou a construção!
O vultoso prejuízo recaiu no proprietário. A admiração foi ampla: “- A boca grande tinha antevisto outro drama”. O episódio assemelhava indiscreto acerto e presságio!
Uns, pelo conhecimento e experiência, possuem apurados sentidos. Os naturais, nas décadas de inteiração no ambiente, assinalam os casuais da região!
O conselho, “ouça com atenção e antecipa as ressalvas”, ostenta-se admirável sabedoria. Os anos, ao prudente observador, contam e instruem exemplos da essência!
Os alheios sujeitos, nas primeiras visões, detectam detalhes despercebidos aos abrangidos. A inteligência e raciocínio diferem conforme aptidões e profissões!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://laurawlemos.blogspot.com.br/2010/03/ao-convite-do-vento.html

terça-feira, 25 de março de 2014

A ousada corrida


O filho das colônias, no favor, recebeu pedido. A cortesia, na deficiência do transporte coletivo, consistia na corrida. A incursão, nos becos da favela, viu-se aventura e ousadia!
O cidadão, no improvisado motoboy, transportou o amigo. Ele, na meia noite, temeu a disseminada criminalidade. O imaturo motorista percorreu infinidade de vias!
As esquinas, na cidade grande, envolviam problemas de degradação e drogas. Os frequentadores reuniam-se nos grupos. A segurança encarava-se frouxa no Estado!
O forasteiro, no fácil alvo, mostrava-se reconhecido. O consumidor, na carência do “bagulho”, procederia a eventual pilhagem. A precaução e temor sobressaltou os nervos!
A sorte, na exclusiva aventura, favoreceu o indefeso. A ideia, noutra pedida, vê negada a gentileza. Certas cortesias e favores, no risco, ostentam-se convite à desventura!
Os becos e ruelas das cidades, no sabor das escuridões das madrugadas, alternam legislações e usuários. O cientista social, na ânsia da ciência e conhecimento, avoluma coragem e desafia a sorte!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.marraquexe.net/seguranca/perigos-marrakech/

segunda-feira, 24 de março de 2014

A difusão da notícia


O chacareiro, na sobra, comercializou mel. O produto, na melindrosa coleta, viu-se resguardados em vidros (quilos). O bom e prático armazenamento facilitava o manejo e venda!
As peças, enroladas no jornal, eram carregados na “leva tudo” (pasta). Os conhecidos, nas ofertas e pedidos, conheciam a pronta entrega. O dinheiro diluía efetuados investimentos!
O preço baixo, inferior a real cotação, vendia como “pão quente”.  O interessante, no comércio, encontrava-se na difusão da notícia. Um cliente, a outro, divulgava a aquisição!
As vendas aumentaram no comércio de “formiguinha”. A fama, no imprevisto, avolumou desconhecidos fregueses. Dezenas tomaram conhecimento do informal negócio do vendedor!
O segredo, no improvisado apicultor, ampliou-se no meio social. A fama recai em maior ou menor volume sobre uns e outros. Passatempos tornam-se excepcionais negócios!
A transparência, na qualidade, acumula e alardeia crédito e fama. A difusão oral, na fidelidade dos clientes, poupa dispêndios em deslocamentos e propagandas!

Guido Lang
“Crônicas Coloniais”

Crédito da imagem: https://www.correiodeuberlandia.com.br

domingo, 23 de março de 2014

O pai amigo


O genitor, curtido pelas leituras e vivências, mantinha diversa e especial formação. O fulano, adepto da mente milionária, fazia tratamento mimado e variado aos rebentos!
Os filhos, dádiva divina, ganharam especial amizade e parceria. A convivência enfocava brincadeiras, conselhos, explicações... “Cidadãos do mundo” via-se a nobre educação!
A atenção primeira visava ampla e sólida formação. O empírico, nas práticas cotidianas, era administrado nas situações. O teórico e usual constituía-se na consorciação!
Falas e posturas enfocavam a evolução espiritual. O curioso sucedia-se nas explanações e procedimentos. O por quê ostentava-se a essência das explicações!
Os atos, na cobrança e disciplina, norteavam desafios e problemas. Os resultados, na sucessão das décadas, conheceram admiráveis conquistas e realizações nos frutos!
Os sábios externam-se pela nobreza dos atos. A evolução espiritual verifica-se o sentido da existência humana!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://lviveravida.blogspot.com.br/

sábado, 22 de março de 2014

The divine pearl


God in his/her infinite kindness and greatness decided to throw a challenge! He had created his exceptional work: the Man. He innovative and meticulous he wanted to take the test. He sought (the humans being thinking animals) to give a pearl to each one (member of the species). He wanted to evaluate/to test the cunning and the people's intelligence! He wanted to discover the cares and the efficiency! He wanted to complete of the behaviors and valorization! He wanted to know the multiplication or subtraction! 
The people any some would receive the identical gift. Nobody could complain about an eventual discrimination or bad luck. Anything of weeping and lamentation (by corners and recess)! Inappropriate comments! The gift would begin in the first instants of the conception and he would extend until the ending of the existence. He abstained from interrogating to the competitors of wanting to participate or not of the game. All without any exception would need to confront with the fate. He, God sought, along the centuries, to "attend, of skybox, the issue of the conduct of the species." 
He observed imaginary scenes, other thoughtless ones in the stage of the life. He appeared each one, nor in prophecy or dream could it be glimpsed. Some, in the first hours/moments, waste the pearl! Other for some misfortune/profit, they saw each other private! Some in the time went increasing beauty and quality to the present! Many, even of ephemeral use, they seemed satisfied (with the time dado)! Other more, in decades of guard, they made sublime use. They tried, of all the forms and means, to increase and to prolong the utility. The day in spite of the good and multiple years seemed them ephemeral. They lamented in the last moment the departure (without return)! Each one his way knew how to abbreviate or to prolong the courtesy! 
The pearl in practice linked to the number of days/time lived on the Earth. Many abbreviated us with rushes, criminalities, drug addict, gluttonies, madness, speeds, addictions... Few, with parsimony and wisdom, they got to increase/to multiply time. They live long journey (without function of the modesty and rationality). These, creative God, considered slender and noble! It fit to each one the opportunity to abbreviate or to prolong his/her number. The smartness and the ability are in the cares! The imprudence abbreviates and the prudence multiplies! 
Wise person is that that gets long life! Live the pleasure of every day (as it was the last). Take care and it ennobles that patrimony very much! Thank God, every minute (through the actions), for it being one of the privileged ones. 
 
Author: Guido Lang
Book: “Stories of the Colonies”

Translator: Leandro Matias Müller

Image credit: http://tucatupada.com.br/a-ostra-e-a-perola/

A pérola divina


Deus, na sua infinita bondade e grandeza, resolveu lançar o desafio! Tinha criado sua excepcional obra: o Homem. Ele, inovador e meticuloso, quis tirar a prova. Procurou (os humanos sendo animais pensantes) dar uma pérola a cada qual (membro da espécie). Queria avaliar/testar a astúcia e inteligência das pessoas! Averiguar os cuidados e a eficiência! Inteirar-se dos comportamentos e valorização! Conhecer a multiplicação ou subtração!
As pessoas, quaisquer umas, receberiam o idêntico brinde. Ninguém poderia queixar-se duma eventual discriminação ou má sorte. Nada de choradeiras e lamúrias (pelos cantos e recantos)! Comentários impróprios! A dádiva começaria nos primeiros instantes da concepção e estender-se-ia até o desfecho da existência. Absteve-se de interrogar, aos competidores, de querer participar ou não do jogo. Todos, sem nenhuma exceção, precisariam defrontar-se com a sina. Procurou, ao longo dos séculos, “assistir, de camarote, o desfecho do comportamento da espécie”.
Observou cenas imaginárias, outras impensadas no palco da vida. Aparecia cada qual, nem em profecia ou sonho, poderia ser vislumbrado. Alguns, nas primeiras horas/momentos, desperdiçaram a pérola! Outros, por algum infortúnio/percalço, viram-se privados! Uns, no tempo, foram acrescentando beleza e qualidade ao presente! Muitíssimos, mesmo de uso efêmero, pareciam satisfeitos (com o tempo dado)! Outros mais, em décadas de guarda, fizeram uso sublime. Tentaram, de todos as formas e meios, acrescentar e prolongar os préstimos. A jornada, apesar dos bons e múltiplos anos, pareceu-lhes efêmera. Lamentaram, no momento derradeiro, a partida (sem retorno)! Cada qual, a sua maneira, soube abreviar ou prolongar a cortesia!
A pérola, na prática, relacionava-se ao número de dias/tempo vivenciados sobre a Terra. Muitos abreviaram-nos com as correrias, criminalidades, drogadição, gulas, loucuras, velocidades, vícios... Poucos, com parcimônia e sabedoria, conseguiram acrescentar/multiplicar tempo. Vivenciaram longa jornada (em função da modéstia e racionalidade). Estes, o Deus Criador, considerou esbeltos e nobres! Coube, a cada qual, a oportunidade de abreviar ou prolongar o seu número. A esperteza e habilidade encontra-se nos cuidados! A imprudência abrevia e a prudência multiplica!
Sábio é aquele que consegue longa vida! Viva o prazer de cada dia (como fosse o último). Cuide e enobreça muitíssimo esse patrimônio! Agradeça a Deus, a todo instante (através dos atos), por ter sido um dos privilegiados.

Autor: Guido Lang
Livro: “Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://adeliabrunelli.blogspot.com.br/

O doce mel


A moradia, na chácara, encontrava-se de escasso uso. Uns poucos dias eram a ocupação anual. A localização, no interior do mato, facilitava o afluxo de indesejados visitantes!
O enxame de abelhas (africanas), no cheiro de outrora ninho, procurou retomar habitação original. A comunidade, encravada entre telhado e teto, alojou-se no baixo forro!
A acirrada labuta, pós instalação, iniciou pelos laboriosos insetos. A preocupação primeira, na sobrevivência, consistia em acumular reservas e multiplicar rebentos!
Os penosos dias, no inverno sulino, consistiam na razão da tarefa. O curioso ligou-se a filosofia de trabalho: a dedicação e satisfação inseriam-se no instinto!
O morador, alérgico a ferroadas e no incômodo, pensou nos venenos. O pó de gafanhoto fora recomendado ao combate. O encaixotamento advinha na racional conta!
O mano (irmão), improvisado apicultor, trouxe o tira-gosto. Mel novo, na ceia matinal, ostentava-se manjar saúde. A ideia, na abdicação, havia em reavaliar a decisão!
As abelhas, especialistas na arte dos produtos nobres, careciam do impróprio tratamento e radical violência. O temor, na inconveniência no espaço, conduziu a hecatombe!
A fala, na doação de mel, externou: “- A ferroada mostra-se deveras dolorida, porém o mel ostenta-se muito doce”. A destruição, no impróprio alojamento, externou a baixa estima!
Algumas consorciações e sociedades, nas desafinidades, descrevem as inviabilidades. As espécies, no habitat, precisam de reservados refúgios!
A preocupação primeira, na facilidade dos venenos, consiste no apressado extermínio. A irracionalidade salienta-se igualmente entre os abençoados pela inteligência!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://mdemulher.abril.com.br/blogs/corpo-saudavel/dieta/consigo-emagrecer-se-trocar-acucar-por-mel/


sexta-feira, 21 de março de 2014

A estranha gente


O filho das colônias, na modesta aposentadoria, adquiriu chácara. O objetivo foi safar-se das aglomerações e confusões das cidades. As aflições cunharam estresses e neuroses!
O convívio, na natureza, admitia acomodada existência. Os parentes, no bom número, achegarem-se ao ambiente. Os finais de semana enchiam-se de gente e veículos!
A ideia, nas idas e vindas, foi de trazer amigos, “cachorros”, enteados, genros, namorados, netos, noras... O dono, na altitude, observou-se taxativo em abrandar excessos!
O recado, aos amigos, foi: “- Vocês, chegados, aconchegam-se de bom grado. Quero distância de trazer estranha gente. Careço de obrigações com curiosos e desconhecidos!”
“Uns alimentam melindrosos interesses e negócios. Outros se mostram meras cargas e transtornos. O juízo consiste em abreviar acidentais aborrecimentos e dispensáveis gastos!”
As delongas, nas frequências, abarcam ofertas. As multidões demandavam mimos e regalias. O local, na alheia manutenção, permitia fáceis férias e magníficas hospedagens!
O cidadão, em momentos, necessita instituir limites. Os companheiros, dos parentes, carecem da especial proximidade. Vários, no peculiar ensejo, viam-se em exclusiva ocasião!
A boa vontade desanda em exageros e gastos. Os peregrinos batalham para criar conveniente espaço. Solicitações, nas frequências, precisam ser restringidas ao círculo íntimo!
O sujeito, na afadigada vida, peleja para conquistar reservado canto. Os afagos e confortos, no imprevisto, avolumam demasiada gente!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://brunabrb.tumblr.com/post/15753905545

quinta-feira, 20 de março de 2014

Filosofia colonial

  1.  Quem não trabalha procura carecer de atrapalhar.
  2.  As colheitas apropriadas sucedem no frescor da manhã.
  3. O trabalho matinal frutifica no descansado corpo e mente.
  4.  Quem cedo madruga afeiçoa-se na produção e satisfação.
  5.  A precaução da velhice ocorre na aurora da existência.
  6.  A tarefa determina o ânimo e apego a labuta.
  7.  O trabalho excessivo priva tempo necessário à reflexão.
  8.  Uma pedra sobre outra edifica a sonhada moradia.
  9.  O inteligente une descida morro abaixo com a sorte.
  10.  A correção permite nobreza de espírito e tranquilo sono.
  11.  Qualquer canto e pedra ostenta utilidade na propriedade.
  12.  As ferramentas possuem apropriada guarda e próprio dono.
  13.  Vizinhos bons ou ruins provêm da propagada índole.
  14.  Os exemplos práticos sobrepõem-se as ladainhas e palavras.
  15.  A coerência e limpidez paterna transluz na psique dos filhos.
  16.  O espírito alheio identifica-se nas entrelinhas das vivências.
  17.  O conjunto de detalhes faz a diferença na funcionalidade.
  18.  A exuberância vegetal denuncia a privilegiada terra.
  19.  A presença do inço desponta a fertilidade do solo.
  20.  O trabalho diário conduz a façanha da grandiosa obra.
  21.  Os falantes acabam restritos a própria ladainha.
  22.  O sucesso no enlace coincide em ficar na própria gente.
  23.  O poupador avoluma dinheiro na ideia de angariar dividendos.
  24.  O colono compra artigos nos reais e recebe nos centavos.
  25.  O pior pecado da existência consiste em educar mal os filhos.
  26.  O pátio mostra-se o espelho do capricho do proprietário.
  27.  O rendimento decorre do segredo da utilização dos materiais.
  28.  A extração do último centavo incide no exercício da ganância.
  29.  O indivíduo ganha e perde no exercício dos negócios.
  30.  O exemplo alheio serve de especial escola e referência.
  31.  O potreiro ostenta-se a impressão do capricho no imóvel.
  32.  O comportamento canino reflete o espírito dos tratadores.
  33.  O tempo cura infindáveis males e revela veladas verdades.
  34.  O cidadão dispensa dinheiro na proporção de ostentar crédito.
  35.  A ausência de regras induz ao descumprimento das normas.
Guido Lang
“Crônicas Coloniais”

Crédito da imagem: http://www.turismo.gal/

quarta-feira, 19 de março de 2014

O desleixo patrimonial


O cidadão, na chácara incrustada na terra dos ancestrais, instituiu o descaso. O patrimônio, em sucessivos meses, ficou no abandono. A natureza procurou retomar o espaço!
Os invasores, na presença de plantas e répteis, tomaram o espaço. O desleixo, no descaso dos bens, instalou-se no excepcional cenário. O abandono do imóvel decorria como fato consumado!
A água e calor, na ocorrência do período de verão, acentuaram o crescimento das vegetações. Os arbustos e capins, na exuberância, pareciam retomar original ambiente!
O mano (irmão), na situação, externou imprópria observação. A velha lógica de proprietário viu-se enfocada na conversação. O familiar, nas duras palavras, desgostou da afirmação!
“O indivíduo, no descuido do patrimônio no tamanho tempo, acaba frustrado e subtraído no investimento. Os bens, em qualquer época, exigem manutenção e reparação”.
Repreensões afligem a consciência, porém convém externar na sabedoria. Os progressos e sucessos, a qualquer espaço e hora no trabalho, requerem atenção e superação!
Acúmulos de bens abarcam somas em manutenção e segurança. Os proprietários, nos vastos patrimônios, acabam subtraídos e surrupiados nos artigos e recursos!
Amigos e familiares, em escassos momentos e situações, externam os reais conhecimentos e sentimentos. O dinheiro, em razão última, revela-se causa maior das querelas!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.lovantino.com.br/

terça-feira, 18 de março de 2014

A alcunha de fofoqueiro


O mano (irmão), caçula da família, acumulou desconfiança no irmão. O relacionamento, vida afora, mantinha intensa admiração e conversação. O crédito vinha em alta conta!
Os diálogos enfocavam acontecimentos e negócios. O ingênuo contava os bons e maus ocorridos. A contrapartida, no primogênito, carecia de prevalecer nas convivências!
O fiel amigo e parceiro, bem sucedido no financeiro, viu-se enciumado e invejado. A alcunha de fofoqueiro externou-se na família. O conhecimento levou ao término dos relatos!
As particularidades deixaram de ser comentadas ou omitidas. Ocasionais conversas e diálogos ficaram nos genéricos. As ceias e encontros viram-se diluídas e escassas!
A solução, na carência da amizade, foi seguir a existência. Os irmãos, nos respectivos cantos, viveram seus dias. Cunhadas e rebentos acentuaram comentários e concorrências!
Os excessos, no geral, resultam em brigas e intrigas. As famílias, nas querelas, acumulam desconfianças e diferenças. Alguém, no proposital, reforça aborrecimentos!
Os negócios, para terem sucesso, exigem atuação e discrição. As fofocas, aos alheios ouvidos, aconchegam-se cedo no imprevisto!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://juninhoadm.blogspot.com.br/

segunda-feira, 17 de março de 2014

As excessivas perguntas


O camarada, curtido nas administrações, participou da assembleia da entidade. As perguntas, na reunião ordinária, foram banais e várias no tema prestações de contas!
O indivíduo, nos detalhes melindrosos dos números, apontou itens. Os esclarecimentos foram pedidos. O resultado, na contabilidade, incidiu na tediosa participação!
Os dados foram explicados de forma solicitada. A descortesia, no entender dos detalhes, perpassou aos presentes. A clareza assistia-se como um dos preceitos dos antepassados!
O pessoal, nos ambientes das gestões, descarta as excessivas correções, críticas e interrogações. As informações melindrosas, na esperteza, veem-se deixadas de lado e omitidas!
O espírito crítico revela-se agradável na alheia seara. O discurso prega em interrogar nas dúvidas, porém pode detectar o escamoteado. O difícil consiste em driblar entendidos!
A transparência permite serenas noites de sono. Desconfiados e chatos coexistem em vários espaços e ocasiões. Os membros necessitam zelar pela honestidade das instituições!
A integridade, na conjuntura atual das disseminadas tramoias, revela-se equivocadamente princípio dos otários. O sujeito, na extremada desconfiança, revela-se inconveniente nas relações sociais!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://transparencia.fee.tche.br/

domingo, 16 de março de 2014

O rumo norte


O casal, na união, pelejou para angariar casa e propriedade. A cruz orientou o bem estar familiar. Os rebentos, crescidos, seguiram direção das conceituadas universidades!
As visitas, na hospedagem, sucederam-se nas férias e folgas. O bom e melhor viu-se custeado e oferecido. A filiação, no atrevimento, recebeu os contornos dos limites!
Os adolescentes queriam definir desígnios familiares. Os jovens, nos idosos pais, empunharam resoluções. Os velhos, na oportuna morada, ouviram berros e xingamentos!
O pai, filho das colônias, impôs limites. A fala versou: “- Filhos! Vocês podem mandar na própria casa. Os genitores, em vida, são os senhores. A obediência faz-se necessária!”
“As asas, na excessiva altura, precisam ser talhadas”. O cidadão obriga-se fazer valer adequada voz. O costume de gritar, nas conversas e falas, transcreve indevida instrução!
A juventude, na precocidade, entende-se esperta e vivida. Os moradores, na própria casa e propriedade, estabelecem contratos e princípios. Normas asseguram afabilidade!
A caridade, de alheio chapéu, soa indiscreta inteligência. O “rumo norte”, na estóica instrução, abre portas e guia caminhos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://iriny.com.br/atuacao/juventude/

sábado, 15 de março de 2014

A aloprada concorrência


O plantador, no aperfeiçoado pomar, extraía frutos. As espécies, no suplemento alimentar, ofereciam a diversidade de produtos. As vitaminas veem-se imprescindíveis na mesa!
O particular figo, em fevereiro, produzia diária cota. As colheitas faziam-se no alvorecer. A exasperada concorrência, aves e humanos, chamou reservada atenção!
O produtor, no primeiro descuido, assistia-se ultrapassado. O desejo original consistia em deixar amadurecer os produtos.  A brandura, na plena maduração, estaria avigorada!
A admiração observou-se vasta. As aves antecediam-se no proveito. Os pássaros, na sobrevivência, defrontaram-se na acelerada captação. Uma porção apresentava-se picada!
O fato espelha a generalizada dificuldade de granjear o sustento. O apetite vê-se o flagelo dos viventes. “O grão de milho, na prática, mostra-se pleiteado a quaisquer viventes!”
Os ousais degladiam-se pelo mantimento. O primeiro osso, na cachorrada, observa-se pretexto de enfurecido arranca-rabo. Os racionais debruçam-se pelo “cobre ou prata”!
O indivíduo força-se a cuidar dos interesses e ganhar o pão. A pessoa apressa-se a auferir dinheiro. A aloprada concorrência verifica-se pelo imperativo dos reais!
O fraquejo, na corrida, denota suplantação. A natureza proporciona a abundância, porém a ganância a faz parecer insuficiente!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

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