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quinta-feira, 31 de julho de 2014

A temporada própria



O filho das colônias, residente no sítio, precisou tomar apressada a estrada. A faina, no ganha-pão urbano, chamava no horário. A produção precisaria de corajosas mãos!
O sujeito, no parco tempo, destinou os preciosos minutos. A galinha choca, ninhada no bom ambiente e favorável ocasião, necessitou da interferência. O tempo via-se no dinheiro!
Os ovos precisaram ser alocados. O colonial, na criteriosa escolha, escolheu as unidades. Os arredondados são presumíveis fêmeas. Os bicudos verificam seletos machos!
Os números ímpares, nos cabais treze, acabaram assentados no ninho. A ave, no contíguo, aceitou a locação. O curioso: a choca, no minuto, “conversa com os projetos de pintos”!
O objetivo, no escasso tempo, consistiu em aproveitar oportunidade. Os dias foram ganhos na geração e obra. O dedo humano abrevia ou multiplica o plantel das criações!
O sucesso decorre da atuação e ciência. O instante, ao ganho, necessita estar disponível em qualquer tempo!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.portalanaroca.com.br/ovos-azuis-caipira-quem-gosta/

O proveito dos gigantes


O velho potreiro, na faixa comprida e estreita, conheceu o plantio do eucalipto. As brandas mudas, numa década, modificaram a paisagem. Plantas tornaram-se estacas e troncos!
Os gigantes, de trinta a cinquenta metros, enobreceram o ambiente. O raio, em três oportunidades, abateu em exemplares. A moradia e rede elétrica conviveram no perigo!
A correria, na derrubada, acirrou-se no proprietário. As unidades, um por um, foram laçadas nos troncos. As puxadas sucederam-se na proporção dos cortes e quedas!
O persistente receio sobreveio no contexto de cada específico corte. Alguma árvore poderia surpreender e cair na rede. A paciência e sorte foram companheiras inseparáveis!
Três aguerridos, na coragem e determinação, puseram a vida em xeque. Um cortador, a base, serrava a madeira. Dois, na esticada corta, direcionaram o rumo das caídas!
O alívio ocorria a cada queda: “um a menos”. O afeito insano, na audácia, tomou obra nas singelas mãos. O retalhamento, em metros, advém na dezena de unidades!
Afazeres dementes, nalgum período, requerem consolidação. O laborioso confronta-se com papéis agradáveis e desagradáveis!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.ludicoparques.com.br/site/a-empresa/

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A imprópria suspeita


O ônibus, no deslocamento ao centro, sugeria ser uma “sardinha”. Os passageiros aglomeravam-se e exprimiam-se no coletivo. Os lugarzinhos eram disputados no extremo!
O trabalho, no horário do pico da jornada, advinha na obrigação. O reduzido número, na espera dos próximos, revelou-se uma impossibilidade. O jeito foi de encarar a situação!
Algum sujeito, na censurável necessidade, abusou do bem estar. A qualidade do ar externou-se no dilema. O inconveniente e nojento revelou-se na “largada de gases”!
O insuportável cheiro, na indesejada reclamação, propunha “coisa doutro mundo”. O detalhe ligou-se na dissimulada suspeita. Os olhares assumiram certo adereço!
O fofinho e gordinho, no assento quieto no centro, recebeu a inicial suspeita. O notório, na “segura respiração”, atribuiu o renome de “peidorreiro”!
O pessoal, no procedimento empírico, descreveu velada discriminação. Os passageiros, nas idas e vinda do transporte público, escrevem curiosas e melindrosas histórias!
Os inconvenientes desenrolam-se nos instantes inapropriados. A vida, em momentos e situações, aplica-nos curiosas e inesquecíveis peças!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.contaoutra.com.br/noticia.asp?id_blog=5966

A necessária paciência


O filho das colônias, na onda de reflorestamento da acácia e eucalipto nas propriedades minifundiárias de subsistência, tornou-se lenhador. A ocasião via-se em ganho!
A derrubada de matos, na condição de meeiro, mostrou excelente interesse e reforço de renda. A experiência, na eficiência, levou ao plano acessório ao habitual tambo!
Os cortes, na fartura de florestas, tornaram-se solicitado negócio. A carência de gente, no conhecimento e habilidade da derrubada, exteriorizou a adormecida aptidão!
O sujeito, na terceira idade, institui habituais hecatombes. A prática, no manejo do artefato da motosserra, assume brincadeira e passeio. A presteza impressiona o néscio!
A batente, nos anos de derrocada dos gigantes, ensinou princípio fundamental: “- O cortador, na hora do perigo do eucalipto, precisa ostentar extrema resignação!”
A avaliação, no adereço da queda, revolve lição de experiência e sabedoria. Eventuais rajadas de vento conferem deslumbramentos e riscos. Quedas chegam a estremecer o chão!
O abreviado estudo, na pendência dos galhos, revela elevada prudência. Os contratempos, nos rigores das jornadas, transcorrem no contexto das tarefas!
Os proprietários, no proveito dos matos, arriscam o inteiro patrimônio para ganhar valores em míseros metros. As provocações, aos denodados, inspiram ares de disfarçadas satisfações!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://uniaodasaldeiasapinaje.blogspot.com.br/

terça-feira, 29 de julho de 2014

A manha animal


Os colonos, na instalação da linha (nos primórdios da colonização), precisaram da estrada. Os acidentes geográficos, na subida íngreme, revelaram o dilema do caminho!
A dificuldade, no chão seco e sólido, consistia em achar o rumo. A agudeza incidiu em soltar as mulas. Os animais, no definido cheiro, indicaram a apropriada direção!
O engenheiro, na condição de agrimensor, queria saber da fórmula. A maneira de localizar o trajeto próprio na ausência dos asnos. A curiosidade natural recaía no profissional!
Os trabalhadores, no mando do capataz, externaram ajuizada resposta. O pessoal, na impossibilidade do faro animal, apela aos conhecimentos e ofícios dos engenheiros!
Os coloniais, nas empíricas e improvisadas técnicas, possuem maneiras próprias de resolver os dilemas. Atenta e sensata observação auxilia a esclarecer mistérios naturais!
A especificação, em circunstâncias, desconhece as saídas mais ajustadas aos enigmas. A manha animal, nos milhões de anos de experiência no planeta, convém observar na particular agilidade!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://maab.com.br/novo/vendidos-mulas/

O teste das probabilidades


O inverno dá sinais do desfecho da rigidez. As geadas, na severidade do frio, parecem contadas nos dias. Variações climáticas, no aquecimento, animam a gama de espécies!
O filho das colônias, na condição de varão da terra, preocupa-se em fazer o tema de casa. O plantio, na ocupação do solo, mostra-se a probabilidade de subsistência!
A produção, na avaliação do grau de aquecimento dos solos, torna-se crucial nos microclimas. O produtor, no exame de feijões e milhos, cultiva algumas parcas sementes!
O utilitário consiste em ajuizar o grau da brotação. A decorrência, no lento ou rápido crescimento, delineia as viabilidades de alocar as sementes no chão!
Áreas, na abóbora, aipim, batata, feijão, milho, tempero, auferem expressão. O receio, na precoce lavoura, alista-se as bruscas e tardas geadas (no avanço de frentes frias)!
As perdas seriam danosas em sementeira, tempo e trabalho. Os colonos, na diária agilidade prática, revelam-se atenciosos e sensatos estudiosos dos fenômenos da natureza!
A informação empírica, na difusão oral, perpassa preciosa ciência. Os apropriados frutos ordenam aplicadas informações e técnicas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://zctazinheiravelha.wordpress.com/page/18/

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A felicidade na simplicidade


Os filhos das colônias tiveram os ancestrais instalados literalmente nos matos. Os lotes foram comprados ou ganhos no interior da Floresta Pluvial Subtropical!
As dificuldades, no interior das propriedades, eram de variadas formas. A caça, a criação e o cultivo, como trabalho, foram às maneiras da sobrevivência rural!
As parcas sobras, na proporção de satisfeito as necessidades familiares, deram início ao fôlego do comércio. As compras e vendas sucederam-se na desigual e escassa forma!
A alegria e o lazer, no contexto do isolamento no singelo mundo colonial, advinham da modéstia. A convivência familiar, na roda do fogão ou da mesa, sucedia-se na alta conta!
As caçadas, passeios ambientais, relatos de experiências, silêncio natural advinham no passatempo e prudência. O mundo transcorria no ambiente do domínio e linha!
Casuais festejos comunitários, em bailes, batismos, casamentos, quermesses e velórios, advinham nas relações sociais. A brandura floreia no desconhecimento e particular!
As faltas assumiam ares de alegria e satisfação. Os problemas da psique, no constante contato na mãe natureza, eram coisas doutro mundo!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.humorcomconteudo.com.br/2012/01/simplicidade.html

O duplo ganho


O filho das colônias, no desejo do acúmulo financeiro, resolveu inovar no trabalho. O sujeito, na indústria, empregou-se na jornada noturna. A ideia era auferir poupança e tempo!
O objetivo seria o redobrado ganho. O salário acabaria na capitalização. O monetário permitira comprar bens e terras. A agiotagem, na velhice, levaria a viver de dividendos!
O período, nas folgas dos finais de semanas e horários de sono, era canalizado a faina campestre. O domínio de subsistência continuaria nas criações e plantações!
O ganho pão viria da renda da propriedade. A riqueza, em anos, ganharia expressão na família. A descendência poderia levar fácil vida. Os lucros permitiriam amplos dispêndios!
Os meses, na labuta, revelaram a impossibilidade da consorciação. O esgotamento, no cadavérico cidadão, tomou conta. A solução, na “antecipação do pior”, foi definir prioridades!
A dificuldade mora em acordar adversos ofícios. Certos afazeres a cabeça quer, porém o corpo fraqueja. Os excessos impossibilitam em ter tempo para pensar em ganhar dinheiro!
O indivíduo, na sucinta passagem terrena, tem dificuldade de abraçar o mundo. A vida obriga-nos a fazer escolhas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://cidadesdobrasil.com.br/

domingo, 27 de julho de 2014

A evolução comunitária


A comunidade distrital, na onda da facilidade das emancipações, decidiu pela autonomia política-administrativa. Lideranças comunitárias uniram-se no comum propósito!
O plebiscito, entre o sim e não, acentuou divisões. Os moradores, nos seios familiares, apoiaram ou combatiam a emancipação. O sim venceu na folgada margem!
As consequências advieram na massiva urbanização. O lugarejo acabou invadido pelos forasteiros. As construções, na variedade de prédios, espalharam-se nos cantos e recantos!
A valorização imobiliária assumiu “ares de insanidade”. As famílias, sitiadas no distrito, conheceram a valorização das terras. Os filhos e netos enriqueceram nos leilões dos espaços!
Os loteamentos, em antigas propriedades coloniais, pipocaram aos quadrantes. Os lucros, em esbeltas mansões e suntuosos veículos, foram investidos nas satisfações!
Os avanços, nos serviços públicos, acentuaram-se nas sucessivas administrações. O progresso trouxe a desfiguração nos padrões e valores locais!
O destino, na vida, precisa ajudar no sucesso financeiro. A evolução, nas disposições comunitárias, costuma guiar as resoluções!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.circuitomt.com.br/

O sonho de consumo


O residente, criado na propriedade de subsistência, defrontou-se na dificuldade. Os recursos financeiros e materiais, no seio familiar, sucederam-se na escassa conta!
A escola primária e rural externou-se na base da formação cultural. As penúrias, na proporção da idade, incidiram em tomar a direção do “ganha-pão” urbano!
O capricho e dedicação angariaram os dividendos. A compra de terreno, a construção de moradia e a montagem do lar foram obtidos no paulatino comprometimento!
As poupanças, na aposentadoria e continuação na labuta, possibilitaram o insonhável. O sujeito, na amada consorte e amadurecidos filhos, contraiu pujante caminhoneta!
A aspiração, nos primórdios, transcrevia a fantasia. O espantoso materializou-se no entusiasmo e obstinação ao trabalho. O fantástico revela-se viável na ambição e tempo!
O ânimo e apego, na batente, constroem pirâmides e movem montanhas. As conduções, na apresentação do status, delineiam riqueza e segurança!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.salaodecarros.com.br/

sábado, 26 de julho de 2014

As mãos abençoadas


Determinada senhora como cabeleireira instalou-se na periferia duma vila. O lugar, nas ocorrências policiais, mantinha destaque nos índices e registros da criminalidade!
A cidade dormitório, como cortiço e favela organizada, carecia daquele serviço. A profissional, como autônoma, via uma oportunidade ímpar do exercício e ganhos!
A fulana mantinha-se uma pessoa bondosa e fervorosa. Ela, a título de dádiva divina (pela abençoadas mãos recebidas), fazia algumas singelas cortesias (cortes)!
A premiação, no geral, recaia na carência da gurizada e jovens. Vários desses, como menores infratores ou problemas com a lei, pediam e recorriam às gentilezas do serviço!
O detalhe, pelas redondezas, relacionou-se aos assaltos e roubos. Os estabelecimentos e profissionais queixavam-se da criminalidade. Vários tinham sido vítimas da violência!
A profissional, pelas cortesias e espírito de solidariedade, safava-se dos incômodos e infortúnios. Ela, com os marginais, havia estabelecido a amizade e companheirismo!
Singelas dádivas, no âmbito geral, fazem imensa diferença. O compartilhar dos dons e vocações externa a grandeza de espírito. O dinheiro necessariamente não compra e paga tudo!
Os profissionais conhecem os segredos dos negócios. Algum bem efetuado difunde-se e multiplica-se na comunidade. A bandidagem possui seu próprio “código de ética”!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.cpt.com.br/noticias/cabelos-masculinos-merecem-bem-cuidados

The blessed hands


Certain lady like head of hair settled on the periphery of a town. The place maintained on the police occurrences prominence on the indexes and registrations of the criminality!
The city bedroom like slum and organized slum lacked that service. The professional, as autonomous, saw an odd opportunity of the exercise and earnings!
The so-and-so stayed a kind person and ferverous. She like divine gift (by the received blessed hands) made some simple courtesies (cuts)!
The award on general fell relapse in the lack of the children and youth. Several of those like little offenders or problems with the law they asked and they fell back upon kindness of the service!
The detail on the roundness fall again to the assaults and robberies. The establishments and professionals complained about the criminality. Several they had been victims of the violence!
The professional by the courtesies and solidarity spirit escaped of the indispositions and misfortunes. She with the marginals had established the friendship and companionship!
Simple gifts on the general extent make immense difference. The sharing of the talents and vocations on the greatness spirit. The money doesn't necessarily buy and he/she pays everything!
The professionals know the secrets of the businesses. Some well made is diffused and he/she multiplies in the community. The bandits possess its own “code of ethics!”

Author: Guido Lang
Book: “Simple Fragments of the Histories of the Daily of the Existences”

Translator: Leandro Matias Müller


Image credit: http://mundodoscabelos.zip.net/arch2013-09-01_2013-09-30.html

A diversidade de opiniões


Os velhos amigos e companheiros, no domingo de tarde, ajuntaram-se à rodada da conversação. O centro comunitário, aos filhos das colônias, advinha o melhor local!
Os temas, na diversidade das brincadeiras e gozações, mostraram-se discutidos e estudados. Estes, no universal, decorriam das criações, inovações, plantações...
A dezena de pessoas, nas declarações e opiniões, defendia os oportunos interesses e negócios. Os assuntos decorriam alterados. O difícil havia nas concordâncias das exposições!
Os dez, no geral, oito discordavam e dois concordavam entre si. A situação descreve o pensamento: a gama de ideias e sugestões. A diversidade representa a inteligência!
A padronização, nas tentativas dos mandos totalitários, procedeu em abusos e atrasos. A liberdade, entre acertos e desacertos, descreve avanços e conquistas da humanidade!
A uniformidade salienta-se nas espécies de definidos instintos. Os humanos precisam assimilar e conhecer as oportunidades nas dificuldades e problemas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://mensagens.culturamix.com/frases/mensagens-sobre-diversidade-cultural-e-ambiental

A baixa natalidade


O casal, filho das colônias, trabalhou adoidado e delongado. O princípio, na intensidade das jornadas, incidiu em amontoar riqueza. Os receios moravam na idade!
Os solos, em imóveis, viram-se acumulados à produção agrícola. A miséria, no “inverno da vida”, sucedia nas preocupações. A beneficência, na indigência, incorria no rejeite!
Os dividendos, nos vários investimentos, constituíram o enriquecimento. A minúcia, na organização familiar, arrolou-se no número de filhos. O tempo caminhou parco em gerá-los!
A carência permitiu gerar exclusivo rebento. O sujeito, na abastança, assimilou a “fácil vida”. O dinheiro, no pedido de todo tempo, acabou curtido nos consumos e ostentações!
A velhice, aos progenitores, sucedeu-se no velado descaso. O remorso, no desfecho dos dias, estendeu-se na baixa natalidade. Os filhos deveriam ter sido no maior número!
“Um como nada, dois pouco e três o ideal” externou-se nos alheios conselhos. Os jovens, no círculo das relações, foram orientados na sugestão de excluir um “único rabinho”!
A pessoa, na corrida e curta vida, obriga-se a fazer escolhas. O cidadão enfatiza umas necessidades e desleixa outras prioridades!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://mamae-moderna.blogspot.com.br/

sexta-feira, 25 de julho de 2014

O peculiar modelo


O filho das colônias, a título de formação e trabalho, circulou assaz no amplo e envelhecido mundo. As cidades e lugarejos foram devassados nas informações e turnês!
As décadas, no dissimulado andarilho, abrangeram ambientes e ocorrências. A minúcia, na reparação da etnia, pautou-se aos conterrâneos e similares!
Os compatrícios, nas esquinas, linhas e vilas, abstiveram-se de serem vistos na mendicância. Esmolas e solicitados, na ideia peculiar, soam denegrir e macular a imagem!
A educação, na tenra idade, inibe os procedimentos. O sustento precisa advir do valor da faina. O sangue e suor verificam-se imprescindíveis à sobrevivência!
A confiança, na importância do trabalho, permite comprar e satisfazer as obrigações. Os sobrados, nas reservas, sucedem-se na formação de investimentos e poupanças!
A honra e renome, no adequado conceito, compreendem-se como crédito e segurança. O sujeito, em resumo, precisa pouco à subsistência. O exercício perpassa o modelo!
Sensatos princípios, assimilados na meninice, perpassam a existência. As pessoas, no banal, têm aquilo que conquistam e merecem!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.portalnoticiaaqui.com.br/

Os bens culturais


O ancião, estudioso por natureza, possuía amor pelas publicações. Décadas foram sorvidos na constituição do acervo. Obras seletas eram “escolhidas a dedo”!
O idoso, no porão, acumulou centenas de almanaques, anuários, livros... Os volumes constituíram-se em qualificada biblioteca. Obras, em velhas edições, saíram resguardadas!
A ciência humana amontoada em impressos. O morador, na idade, acabou perecendo numa ocasião. Os herdeiros, no aglomerado de material, percebiam imundície!
Oferta inicial, na visão do descarte, foi abonada na venda. O comprador, possuidor de sebo, fez “festança no ganho”. As publicações, pós limpeza, foram alocadas na exposição!
Os livros, no encolhido, foram comercializados a colecionadores e leitores. A receita, na oportunidade, acabou multiplicada na proporção dos dez. “Entulho” resultou no bom lucro!
As pessoas, no universal, consagram insignificante estima aos patrimônios culturais. Bibliotecas, no agrado dos sábios, caminham em baixa conta!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://prosamagica.blogspot.com.br/2012/06/tradicao-e-o-charme-dos-sebos.html

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A acentuada premonição


A criança, filho das colônias, possuía particular dádiva. A pessoa, no herdado divino, entendia-se como predestinada. A profecia fluía como sabedoria dos lábios!
O dom de prever o amanhã advinha na ciência. Os sagrados, dentre bilhões, nasciam predestinados no singelo dom. Os conselhos viam-se disseminados entre astutos e curiosos!
O menino, em certa ocasião, descontinuo outra premunição. O espectro, na previsão, tratava-se do óbito do progenitor. Um marasmo sucedido nos devaneios da noite!
O benfeitor, no desespero e receio do acontecimento, organizou-se na acidental partida. As veladas despedidas, entre amigos e familiares, sucederam-se na dor do coração!
A data, no pré-determinado, achegou-se no dia. A surpresa aconteceu na vizinhança: a morte sucedeu-se conforme o conjeturado. A vítima mostrou-se no achegado vizinho!
O artífice, depois de décadas, achou-se no decorrido. A veracidade, no andamento, vê-se decodificada. Os muito chegados costumam ser os principais infiéis!
As intimidades amorosas, nas aventuras e traições, integram o cotidiano das relações humanas. O indivíduo, no global mundo, força-se a suspeitar da própria sombra!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: https://moncoeursauvage.wordpress.com/tag/morte-anunciada/

A era online


A criança, nos aproximados seis anos, encontra-se no compasso de espera. A demora, próximo ao educandário, relaciona-se ao colega e obrigação. A meditação vê-se a máxima!
A intensa circulação, dentre pedestres e veículos, ocorre no conjunto. Os prédios, entre comerciais e moradias, sucedem-se no lugar. A cidade fervilha na agitação e barulho!
O pequeno, na própria ocasião, mantém-se na total indiferença. A concentração aconteceu no atualizado telefone. Os dedinhos mexiam e remexiam estabanado o teclado!
O fone, no manobro do jogo ou informação, sugou o tempo. O procedimento reproduz a ficção. A tecnologia, na era da informação, aspira à essência das existências!
As pessoas, nos bons instantes do dia, vivem absorvidas no virtual. A coexistência, na brincadeira e conversação, caminha na escassa conta. Os contíguos tornaram-se minúcia!
A técnica adveio para alterar os comportamentos. Aparelhos permitem cuidar mais dos entes distantes do que dos próximos. As ideias acham-se apartadas dos focos!
Os indivíduos, cercados de semelhantes, convivem na solidão. As famílias, na ignóbil conta, conhecem a coexistência!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.newsrondonia.com.br/

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O princípio da racionalização


O ancião dedicou a vida à fabricação. O filho das colônias, na propriedade de subsistência, encaminhou-se à ousada produção industrial. O empresário cunhou-se no meio!
O trabalho feminino assegurava a sobrevivência familiar. O masculino, no capital, economizou ao investimento. Os anos proporcionaram ímpar empreendimento!
A sólida empresa, na descendência e subsistência, tornou-se o patrimônio. O ancião, na avançada idade, dava-se a obrigação. A diária achegada concretizava uma incumbência!
O objetivo, na fiscalização dos materiais, consistia na visitação. As sucatas ganhavam a criteriosa revisão. Os desperdícios, no ensinamento e racionalização, viram-se tolhidos!
A ideia, na qualidade total, tomara ritmo nas empresas de fundo de quintal. O acúmulo financeiro, na arte de agregar valor e fazer sobrar, vira-se repassado a sucessão!
Sólidas firmas, na exclusiva geração, pipocaram entre linhas e vales. Antigas colônias, no escasso tempo, tornaram-se importadoras de mão de obra e embrionárias cidades!
A eficácia, na direção e supervisão, torna briosas as principiantes iniciativas. O bom exemplo decorre da efetiva prática!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.oquevocefezpeloplanetahoje.com.br/minha-casa/

O charme na minúcia


O morador, na localidade, resolveu inovar. O embelezamento, junto à estrada geral, visava abrilhantar o espaço. A aparência vê-se o retrato do espírito dos moradores!
Os coqueiros e plataneiras, na mescla, ganharam fileira na estrada. As espécies, no capricho e detalhe, viram-se intercaladas. O espaçamento via-se melindroso nos seis metros!
A minúcia, na falha do exemplar da palmeira, sucedeu-se no trajeto. Um transplante “negou fogo”. A falha, por meses, atormentava o espírito do agricultor!
O colonial, na ideia da perfeição, deu-se a obrigação. A estação oportuna conheceu o replante. A empreitada, na metade, entendia-se na negligência. A requisição foi à própria sina!
O sujeito, na companhia do filho, finalizou a tarefa. O detalhe espelha o desejo de agregar virtude aos trabalhos. O “deixa deixa”, no tempo, implanta a ineficiência!
A obstinação, no jovem aprendiz, ganhou exemplo e mandamento. A perpetuação, nos fundamentos familiares, visa delegar afeição e paixão à propriedade!
O ambiente, no encravado, reflete a mentalidade dos idealizadores. O cidadão, na satisfação, precisa desenvolver charme a natureza e residência!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://pt.fotopedia.com/items/flickr-3672591078

terça-feira, 22 de julho de 2014

A sublime ciência


A filha das colônias, em função do casamento, tomou o rumo da cidade. O intenso trabalho manteve-se a compreensão de vida. A dezena de filhos exigiu aferro e afeição!
As necessidades familiares advinham na alta conta. O detalhe, na produção, mantinha-se na modéstia área. Os dois terrenos, na cercania da residência, ganharam aproveitamento!
As imundícies, na geração dos detritos orgânicos, conheceram a conveniência. A adubação, em canteiros e hortas, permitiu a produção. A plantação constituiu-se na obsessão!
As sementes, nos rejeites, ganharam especial estima. A multiplicação, na minúcia, fazia-se possível na produção de mudas. A abundância advinha na contagem!
A variedade de artigos, no exemplo das abóboras, alfaces, alhos, cebolas, feijões, milhos, tomates, viu-se na brotação e lavoura. Encargos, nas compras, viram-se diminuídos!
A prática, no resultado, atendia a essência do consumo. O intenso aproveitamento, na singela área, possibilitou inimagináveis volumes. A diferença decorria da sublime ciência!
Os dejetos, empecilhos e nojo nas imundícies, ostentam-se chances e lucros. Os profissionais, na percepção de sábios na vocação, propõem saber “extrair água de pedra”!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://outraspalavras.net/blog/2013/11/05/agroecologia-brotam-sementes-livres/

O retorno às origens


O filho das colônias, na adolescência, tomou direção à cidade. O estudo, na necessidade de formação, exigiu a urbanização. A especialização via-se a missão!
As décadas transcorreram no contexto da aprendizagem e trabalho. A profissionalização conduziu a ocupação citadina. A carreira mostrou-se a necessidade!
Os altos mandos e responsabilidades foram assumidos nas chefias e produções. Os conhecimentos e experiências, nos anos e décadas, acumularam-se no somatório!
O tempo, na certa altura, trouxe os benefícios da aposentadoria. A obra entrou na progressiva abjeta conta. Os dividendos, nos investimentos, complementaram a previdência!
O sujeito, na terceira idade, adotou o rumo da terra natal. O anseio, no término da vida, versou em morar no sítio. A mãe natureza alimentava a singular afeição!
A tranquila subsistência, diversa a outrora agitação e insegurança, curtiu na liberdade. O objetivo, no homem urbano-rural, consistiu em “ser dono do próprio nariz”!
A pessoa, na adiantada idade, retoma o trajeto lento às primeiras origens. As notoriedades e riquezas, avolumadas no sangue e suor, ostentam transitória constância e importância!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.cidadaodomundo.org/2012/05/o-fenomeno-cachoeira/

segunda-feira, 21 de julho de 2014

As dissimuladas técnicas


O ancião, na ativa vivência, acabou atraído às diretorias e entidades. O exame assimilou ardis e benefícios da direção. O comentário exteriorizou a dissimulada esperteza!
A alocução, em resumo, incidiu: “- As funções, no particular, visam galgar comandos. Os sujeitos enveredam para criar fama. O apego calcula o enriquecimento e promoção!”
O bom senso somou-se: “- O indivíduo, na política, sujeita-se as alianças. A fraqueza força a adesão aos fortes. A mudança é difícil diante da força da máquina do mando”.
A melhoria assistencial, no objetivo da criação das entidades, tornou-se acessório. Os entes, no exercício, servem de manobra aos espertos. As falações verificam-se embustes!
O fato, na prova, aclara o descaso das instituições. A descrença disseminou-se no seio das populações. O problema consiste em encontrar preocupados em ralar nas diretorias!
O indivíduo, no interesse de assimilar conhecimentos, obriga-se a escutar os calejados. O diálogo e exame, no comum das vivências, lê as dissimuladas técnicas!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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