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segunda-feira, 3 de março de 2014

A indevida colheita


O proprietário, ao recém-migrado morador, queria dar trabalho. Este, com companheiros, abrigou-se na reserva próxima. O bem, no favor, ajustaria amizade e produção!
O cidadão, com nativos, queria a circunvizinhança. A tarefa, no repasse de grana, consistia em cortar, empilhar e rachar lenha. Um trabalho braçal necessário no domínio!
O contratado, na tarde, achegou-se ao serviço. Este, na habilidade e oportunidade, efetuou um apropriado trabalho. O juízo consistia em continuar nos negócios e relações!
O curioso, à noite, assistiu-se na inquietação da cachorrada. O trio de caninos vivia a latir na direção da cultura de aipim. O recurso, à surdina, incidiu em apurar a ocorrência!
A incursão, na armação, tomou significado. A situação desvendou-se na invasão da plantação. O cidadão, com parceiros, efetuou a antecipada e indevida colheita!
O colonial, noutro dia, dirigiu-se a moradia do contratado. A solução consistiu em pedir e saldar o valor da jornada. A produção, na exorbitância do preço, foi liquidada no solicitado!
O conselho, na dispensa, foi: “- Cara! Carece de colocar os pés na propriedade. O objetivo consiste em evitar brigas e surpresas. Os aipins costumo cuidar e colher próprio!”
A diferença de cosmo visões mantém-se sina. A ideia colonial vigente consiste em pedir e jamais pegar por própria conta. As graças, de súbito, perpassam como obrigações!
Os precipitados, por bocadinhos, descartam chances de proveito. A fraude inviabiliza oportunidades de afeições e comércios!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.hortas.info/como-plantar-mandioca