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segunda-feira, 31 de março de 2014

O malfadado descarte


O tonel, enferrujado e furado, acabou jogado na vegetação. A natureza, próximo ao pátio, dar-se-ia a tarefa da reciclagem. Os descartes são necessidades de consumo!
Certos lixos, nas propriedades, encontram-se eliminados no impróprio. O artefato, no arvoredo da residência, conheceu serventia. A improvisada casa constituiu-se forma!
As abelhas africanas, na carência de abrigo, instalaram moradia. O espaço, em escassas semanas, mostrou-se abarrotado. Os favos, no mel, encheram de aroma o ambiente!
O sol, no sabor do verão, esquentou o metal. O calor, na onda da fervura, derreteu a cera. O alimento, como óleo, escorreu pelo chão. A situação atiçou o pacato enxame!
Os insetos, no instinto da autodefesa, voaram adoidados. A ferocidade difundiu-se pelas cercanias. O ataque, a quaisquer viventes, revelou-se dolorosa sina!
O indefeso cachorro, amarrado na reforçada corrente, pagou com a vida. Os proprietários, na ausência, possuíam ideia da guarda e segurança. Exceções sucedem-se nas vivências!
Abelhas, próximo às residências, ostentam-se convite ao flagelo. Os impróprios descartes geram inesperados inconvenientes!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/