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quarta-feira, 14 de maio de 2014

A longa duração


A criança fora criada de maneira frouxa e solta. A família de baixa formação escolar e familiar absteve-se de externar explicações e orientações. O guri, em tenra idade, mandava no “próprio nariz”!
Os ambientes e companhias, na melindrosa e povoada vila, incentivaram os “escusos caminhos”.  As disseminadas drogas, no crack e maconha, ganharam novo consumidor!
A vida, em boa dose, canalizada a “doação às porcarias”. A sobrevivência, no custeio ao vício, tornou-se ardilosa e um contínuo desafio. Os débitos incorriam nas ameaças de morte!
A esperteza, na autopreservação, tornou-se precaução! O camarada, da vizinhança, ganhou admiração da longa vida. Amigos e parceiros careceram de merecer idêntica sorte!
A habilidade, na sobrevida, consistiu na criação das amizades. Os moradores foram poupados dos delitos. Os roubos, de pequena monta, abstinham-se na própria vila!
O dinheiro, na essência, advinha dos ganhos dos idosos pais. A tragédia, por tempos, pareceu postergada. As drogas, na acentuada propagação, redimensionaram a civilização!
As escolhas, na tenra idade, definem a essência dos caminhos. A sobrevivência, no agitado e conturbado mundo, exige esperteza e habilidades nos relacionamentos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.fatoreal.blog.br/artigos/o-velho-problema-das-drogas/