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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O imperativo da produção


O filho das colônias, na infância e adolescência, assimilou conhecimentos e habilidades campestres. A formação universitária, na certa idade, exigiu o abandono e descaso do interior!
A propriedade familiar, no imperativo da migração, ganhou reflorestamento. O trabalho, no expediente urbano, adentrou evidência. O filho apartou-se da identidade original!
A chácara, após décadas, procedeu na aquisição. A aposentadoria permitiu o retorno às origens. A calma e pacata vida, nas memórias, aconteceu no interesse e passatempo!  
Amplas terras, na exploração e ocupação da antiga propriedade familiar, exigiram produção. A viabilidade econômica precisaria advir no abundante e bom fruto!
O eucalipto, nas baixadas e encostas, assumiu espaço. A obrigação, na autoprodução, consistiu em “colher o aipim e feijão” (no mínimo). A produção avigorou o consumo familiar!
O alimento básico, no manejo do solo, precisaria advir no resultado. O vergonhoso, na morada do interior, consiste na inutilidade de plantio. Frutas e hortaliças advêm no intuito!
O filho das colônias degusta-se em mexer na natureza. Os frutos, na atividade, fluem na distração e vantagem. O ócio, no chão, transcorre na acobertada afronta e preguiça!
A labuta compreende-se como bem-estar e passatempo. A natureza, no contato e manejo, aflora e germina dormidos instintos!
                                                                                                               
Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://apubsaude.com.br/