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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A acobertada canalização


O fluxo, no modesto arroio, incorria na desvalorização e empecilho. A lavoura, no ambiente urbano-rural, convivia na dificuldade da mecanização. O trator, no manejo do solo, fazia desnecessários e onerosos retornos. A influência humana caía na peculiar dissolução.
A vegetação, em angicos e arbustos, acendia nas margens. O incremento, no posterior aniquilamento, incidia no aborrecimento e problema. A habilidade, no recurso privado, consistiu na ajuizada e dissimulada canalização. O contrato colocou-se na sensata ocasião.
O trator de esteira, na alongada concha, alargou valo, arrancou plantas, deitou (largos) tubos, simulou na (saliente) terra... A área plana acabou instituída no centenário e pacato regato. O fluxo, no contexto da valorização imobiliária, acabou drenado e enterrado.
O trabalho, no cochilo da legislação ambiental, ocorreu no domingo. O ambiente, na beira da rodovia (estadual), resultaria negociado. A ampliação urbana, no aumento populacional, força a originais espaços. O encravado desponta desconhecido e despercebido.
A natureza, no contexto do anseio financeiro, paga ônus dos aniquilamentos e mutações. As adequações, na necessidade da produção, fazem-se indispensáveis nos lugares.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.paranacooperativo.coop.br/