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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O endereço do ente


A fulana, na indiscreta experiência, vive ressapiada com parentes. Os manos e primos, no geral, verificam-se alocados no “escanteio”. Os estranhos incidem no apreço e convívio. As famílias, nas pendências do diário, adotam choros e contendas. A experiência ensina artifício.
A cidadã, na espécie de amaldiçoada, remete a ponderação. As brigas homéricas, no andamento, constituíram ciência. O adágio, na preleção da manha, registra: “- Parente vê-se tudo igual. Muda unicamente o endereço do ente”. A apatia aparece na melhor solução.
A realidade, nas conversas informais, descreve o desencanto. O hábito, no universal, cai nas ações dúbias (nos despojos), desígnios da concorrência, créditos mal decididos, difusões das intrigas... O pessoal, no acrescimento e festança, acorre na pressa e regozijo.
A elementar dificuldade, na moléstia e ônus, safa-se da circunstância. A hora da emergência sucede o apelo aos amigos. O sujeito, no assunto família, força-se a absolver ocorrências. A cautela, nos juízos e negócios (com consanguíneos), vê-se ciência e inteligência.
O cidadão, na hora do aperto, conhece os autênticos companheiros. O tempo, no transcorrer dos dias, distingue os benefícios das mazelas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://pimentinhaapaixonadaa.blogspot.com.br/