Translate

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O dissimulado crédito



O estrangeiro, na remota cidade, achega-se a taberna. O natural, na qualidade de esperto e residido, adequou distinto embuste. A ideia existia em driblar o bucólico viajante. O relato, no ajustado, aconteceu ao parceiro do drinque. A narração assistiu-se na novidade.
A alocução, na analogia do churrasco, consistiria em assar o fruto no espeto. A batata-inglesa, na ampla ingestão e plantação, auferiria distinto prato. O cardápio, no assado, cairia na analogia da carne. O arranjo, no consumo e prática, incorre no descomunal torrado.
O estranho, no ardil, disfarçou crer na calúnia. O misto, espanto e surpresa, estendeu-se na fisionomia. A interrogação, no feitio do arranjo, seguiu o dissimulado crédito. O natural chegou a acreditar na assimilação da inverdade. A acobertada gargalhada viu-se na atmosfera.
A réplica, na ímpar acuidade, sobreveio no assado da raiz de aipim. As unidades, na semelhança do assado de carne, sucederiam no singular gosto. O consumo, na gozação, adviria na semelhança do sacolé. A equivalência, no disfarce, embutiu confiar no esclarecido.
O intricado incide na tramoia dos entendidos. A destreza ocorre em patentear calúnias coerentes. O regozijo, ao contador, versa em fazer acreditar o imbecil. O repasse, na notícia, sucede na veridicidade da confiança. As mentiras incorrem na casta de pernas curtas.
Os botequins, em criar e reforçar embustes, revestem-se de locais favoráveis. As notícias, na nova e variedade, circulam e rodam o mundo.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.baressp.com.br/