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quarta-feira, 11 de março de 2015

Os bons companheiros


O camarada, no ambiente colonial, vivia cercado de amigos e parceiros. A folia, no hábito, acontecia no contíguo comunitário. A comilança, na abalizada data, advinha no acréscimo do baralho e cerveja. Noites, no claro, sucediam na alegria e prazer das vivências.
Os casos, na variedade das brincadeiras e risadas, sobrevinham no ínterim das apostas e distrações. A folga, no atrativo, decorria no contentamento e familiaridade. O cidadão, nas citações, caía no distinto exemplo. A dança, no treino, acrescia-se nas ocasionais festas.
Os anos, na corrosão do tempo, trouxeram o desafio da supervivência. Os abusos, nas experiências, avigoraram achaques e agonias. O corpo, no álcool e fumo, passou a fraquejar na máquina. A batente, no exercício do ganha pão, advinha na dificuldade e morosidade.
O expediente médico, na bateria de exames, levou aos entraves e interdições. A abstinência, no conselho clínico, abonava uma sobrevida. Os remédios incidiram no habitual destino. A residência, na linhagem, passou a ser essência da acolhida e retraimento.
O curioso, na adversidade, regeu aos clássicos amigos. Os sicranos, na falta da cerveja e carta, desapareceram no natural das convivências. A visita, na boa vizinhança, aprontou esquecida e ignorada. Problemas, nas afinidades e costumes, induzem no lapso das mentes.
Os reais amigos, no insignificante número, conhece-se nas adversidades e necessidades. Os gastos, em festanças, conduzem a gama de amizades e companheirismos.


Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.criatives.com.br/