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sábado, 28 de março de 2015

O vestígio revolucionário


O colonial, na razão da expansão e inovação agrícola, averiguou as margens do curso fluvial. O arroio, na condição de área de preservação (ambiental), mostrou-se dominado pela exuberância vegetal. Os maricás, na espécie de cerradas plantas, envolveram o lugar.
O dono, no reparo dos amontoados seixos, observou centenária marca. As peças, nos vestígios da pedra grês, assinaram os outrora cercados e resguardos. Os pioneiros, na confusão da “Guerra dos Maragatos”/Revolução Federalista (1893-1895), escondiam as criações.
Os bandoleiros, na ausência das provisões (sediciosas), incursionaram pelas linhas. Os animais, no confisco, viram-se abatidos e consumidos. As maneiras, no abrigo de exemplares, incidiam no abotoado esconderijo. A precaução, com alaridos, acontecia na inquietação.
O emaranhado dos espinheiros, domados pelos picos e trepadeiras (em caídas e cerros), advinham no território adequado. A profundeza, nos domínios, auferiu a instalação dos cercados. A água e trato advinham ao compasso de espera (no desfecho do tumulto).         As histórias caseiras, na memória oral, narram agudos ocorridos. Bandidos, na alcunha de agitadores, foram mando. O tempo, no fraquejo da autoridade (exclusiva), agitava-se cômodo no exercício do roubo. Os difíceis dias assinalaram histórias e marcas doloridas.
Cada tempo, nos confiscos e extorsões, ostenta apropriações e artifícios. Os parasitas, no alheio suor, afluem na proporção das oportunidades e riquezas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/