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segunda-feira, 27 de abril de 2015

A momentânea empolgação


O sujeito, na obsessão do esporte, "andava com o sorriso atrás das orelhas”. O time, na goleada (no gramado do rival), perpetrara o tema de casa. A vitória, no certame, trouxe avanços e pontos. O título, na concorrência internacional, geraria fama e grana.
A coroação, no sentido pessoal, semelhava uma atitude singular. O alento, na cantoria e conversa, alardeava-se na alegria e realização. As tarefas, nos múltiplos afazeres, incidiram na agilidade e facilidade. A paz de espírito, na essência do ser, calhava na minúcia dos placares.
A leitura, na análise do conjunto, exterioriza “o fora de foco”. Muitos entes, na excessiva idolatria, dedicam excessivo tempo aos acessórios. O esporte, no banal das situações, costuma ocorrer em malogros e vitórias. O desenlace fenece em custear as cargas.
O principal, no particular das vivências, acaba “arrastado ao escanteio”. Amigos e caseiros, nos horários dos jogos, são privados das convivências. Aflições imerecidas, nos abalos dos escores, refletem-se nos humores. As ansiedades mexem com os temperamentos...
A essência, na convivência e ofício, decorre no despercebido. O exclusivo e valioso tempo, nas experiências, acaba dissipado em funções terceiras. O ser, no algo exclusivo e singular, precisaria nutrir enfoco. Os indivíduos, em exatas atitudes, caem no inexplicável.
Os humanos, nalguma brincadeira, incorrem no passatempo e preocupação. Cada alienado nutre suas crenças e manias.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.aecweb.com.br/