Translate

sexta-feira, 10 de julho de 2015

O fruto da ocasião


O sujeito, no negócio e proveito, enamorou-se na filha e guria. O pai, na casta de endinheirado, advinha na bonança e opulência. Os domínios, em criações, instalações e terras, incidiam na avaliação e menção. Os jovens, na aliança, herdariam economia e riqueza. O patrimônio, no ciclo da família e tempo, caiu nas mãos da sucessão. O futuro, na convivência, trouxe infelizes resultados e vivências. O intruso, no atributo de sócio, repassou o dinheiro na farra e troco. O matrimônio, na geração de filhos, perpetuou contatos e lanços. A coexistência, na associação, formou decepção e frustração. Os arranca-rabos, no usual da união, faziam-se habituais e tristes. O carinho, nos chamegos e núpcias, requerem afinação e conexão. O acúmulo, nas abastanças fáceis, costuma ser repassado no baixado e trivial. As núpcias, na síntese da existência, desvendam-se no principal escambo. O dinheiro acaba gasto e o desgosto fica na casa.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://decorandocasas.com.br/