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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A alteração dos ares


O dia, no estio, nutriu-se no abafado e caloroso. O ambiente, no aquecimento, caiu na condição de dorido e preguiçoso. A meteorologia, no prenúncio, apregoou alteração nos ares e humores. A frente fria, na anêmica atuação, originou agitação na atmosfera. Os humanos, na gama de recintos, sorveram alívios e refrescas. A mudança, na versão dos antigos, abonou-se em ocorrências. A ciência, no banal, induziu na tragédia e violência. As modificações, no asseverado, sucedem no acréscimo do delito e morte. As notas, no divulgo da mídia, ratificaram apregoado. A polícia, na fechada noite, acorreu no agito do atendimento e chamado. A bandidagem, no arrojo, abusou da ocasião e situação. Agências bancárias, na base de explosivos, compuseram arrombadas. Coletivos, no duelo do tráfico, findaram incendiados. Desafetos, no ajuste de contas, sucederam aniquilados... A atmosfera, na alternância, agita e demuda aferros e íntimos. O dócil, no corrupto mundo, sagra cuidado e distância.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com/