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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O dorido entrave

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A guaxuma, em fadigosa daninha, convivia nas adjacências do pátio. A espécie, na ativa disseminação e intensa concorrência, acorria em aspectos de praga. A planta, em tempo de forte seca, partilhava berros e rogos. O anseio, em ressequido solo, caía em benzida chuva. O sol, em calor infernal, semelhava “tostar viventes”. As petições, em semanas, reiteraram-se aos “ouvidos de São Pedro”. O santo, em “provedor de chuva”, acolheu na incidência dos solicitados. As nuvens passageiras, em ativa chuva de verão, ruíram água e vida. O dilúvio, em súbito, adveio em cenário rural. A vegetação, no baque, ganhou alento e energia. A guaxuma, em revigorada, residia no afrouxado solo. O colonial, em agricultor, aproveitou propício da ocasião. As unidades, em apinhadas de floração, viram-se arrancadas na facilidade. O estrago, em escassa faina, ceifou acumulado de “pés” (plantas). Os viventes, em adequação dos fenômenos naturais, convêm em acordar sina. Os anseios, em descomedidos, calham em doloridos entraves.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chuva_(gotas).JPG

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