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sábado, 16 de abril de 2016

A imprópria cilada


O colonial, no unido da aldeia, acorria na fama e tradição. O plantio, na melancia, acudia na ciência e prática agrícola. As mandiocas, no cerne do domínio e granja, auferiam consorciação dos cultivos. As ceifas, na sucessão dos anos, criaram história das cheias e grossas frutas. O renome, na fartura das unidades, achegou-se nos ouvidos dos frequentadores do armazém. Os malandros, em nova ocasião, tratariam de avançar no alheio suor. A colheita, na negligência, sucederia no anseio dos distintos. O plantador, no vulgo de otário, arquitetou ardil e engenhoca. O artifício, na tábua tomada de pregos, completou deixado na trilha de acesso. Os desavisados, na afobação, acabariam contraídos e feridos. A surpresa, na falha do aviso, revelou-se calamitosa. A vítima, no lesado, acabou sendo o melhor amigo e delicado filho. As armadilhas, no habitual das situações, revolvem-se aos oportunos construtores e idealizadores. O Criador, na ilimitada manha, escreve certo em linhas tortas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.saudedica.com.br/