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segunda-feira, 4 de julho de 2016

As referências póstumas


O residente, na módica vivência, despontou abonado e “pé-quente”. A história, nas operosas mãos e perseguidas ciências, brotou em dádivas e realizações. O acúmulo, no tempo, apontou profícuo em realizações e riquezas. A prosperidade, em proveitos, acirrou invejas. A propriedade, em altivos hectares, acudia no propício da agricultura. Os apetrechos, em maquinário, acolhiam requisições da produção. A casa, no palácio da linha, espelhava distinto lugar... A corrosão, no certo tempo, absorveu vida. O sujeito, na abastança do espólio, viu-se no completo deslembrado. As referências, nos modelos, ruíam nas afeições e narrações. A diligência, no exercício em entidades, ficou em anotações. As pagas, em estudos/formação, afluíam no espólio dos filhos. Os acontecidos, no trivial, sucediam em contos... O falecido, na memória, vê-se ignorado nos itens materiais. As recordações, em denodos, ficaram nas exteriorizadas virtudes. As pessoas, no comum, cultivam efêmeras e equivocadas afeições.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.rainhamaria.com.br/

A recíproca traição


A senhora, no contexto de crise, precisou granjear ganhos. Os gastos, no apinhado urbano, caíam em fiéis carências e consumos. A saída, na facilidade da difusão, foi “constituir ofício íntimo”. Os programas, no agendado do celular, acorriam no sensato espaço. O motel, no discreto e seguro, viu-se no uso da arte. O escamoteado, em clientes elegidos no dedo, ocorria na frequência e tempo. O dinheiro, no feitio de ligeiro e simples, sobrevinha na definida receita. A notoriedade, no “comércio do corpo”, excedeu acolhida. O sensato sujeito, em novo cliente, ajustou massagem. O encontro, no horário e local, assumiu ato. A admiração, na concretização do serviço, foi de “fazer cair o queixo”. O freguês, no acidental, tratou-se do próprio marido. O casal, na recíproca traição, versou em afinal união. O casal, no idêntico teto, desconhecia as mútuas ações análogas e dúbias. A vivência, no imprevisto instante, crava ingrato artifício e ocorrência. O capeta, na conjuntura melindrosa, insere atuação e fuxico.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://casamentoprotegido.com/

Os injustos clamores


O camarada, no ambiente de ganha-pão, improvisou cortesia e mercado. Os artigos coloniais, na origem da agricultura familiar, decorriam trazidos sob encomenda. Os produtos, em orgânicos, contrastavam aos usuais transgênicos. O negócio, na divulgação e qualidade, excedeu cedo disponibilidade. O preço, na imputação dos valores, caía no aquém das ofertas dos supermercados. O boato, na “dor-de-cotovelo” e êxito, decorreu no trio de compradores. A alusão, na banha, mel e ovo, perpassou de “estar explorando colegas”. O fornecedor, no baque, foi taxativo: “A fabricação advém em gastos. Careço de culpa da inflação. Comprem de outro fornecedor. Recuso atender fregueses dessa classe. O ilusório obséquio, no esmero, transcreve como ultraje”. As imputações, na iniquidade, insultam os indivíduos de virtude. O bom juízo, em comércios, propaga clientes e produtos. Alguns, na dificuldade financeira e malfadada gerência, aspiram itens na cortesia. A liberdade, na compra e venda, gera fartura e qualidade.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://saberepoder57.blogspot.com.br/

A casual dedicação


A esposa, no inserido das colônias, acudia no ímpar artifício e mania. Os afazeres, na casa, horta e jardim, sorviam conjunto das horas. Os trabalhos, na assistência do interior das lidas de roça, afluíam na excepcionalidade. A ocorrência, na véspera de evento comunitário, sucedia na energia e hábito. O fim, na assistência ao marido, visava granjear admirações e assuntos. As conversas, no ambiente festivo, ocorriam em temas frescos das criações e plantações. A frequência, em tarefas da lavoura, iluminava argumento e mente. A qualidade, no exteriorizado às amigas e vizinhas, caía no aspecto de ativa e efetiva laboriosa. O vizinho, no mexericado, enxergava peculiar encenação (teatral). A opinião familiar, no conjunto da vizinhança, calha em derradeira estima. Os indivíduos, no reservado das neuroses, criam contos e patologias. Cada atordoado, na conduta, assenta doença e mania. A pessoa, na ressalva da obsessão ao dinheiro, presta-se ao variável neste novo e velho mundo.

Guido Lang
            “Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://brasilartesenciclopedias.com.br/tablet/internacional/realismo06.php