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sábado, 30 de julho de 2016

Os enjaulados entes


As crianças, na sorte grande, nasceram no fausto e riqueza. Os pais, em bem sucedidos empresários, oferecem “o céu na terra”. O dinheiro, no par de filhos, compra as “mordomias do consumo”. A grana, no avultado, carece de ser dificuldade, porém solução dos problemas. Os seres, na circunstância do convívio (urbano), coexistem no enclausurado. A família, nas necessidades, “apanha e larga na garagem do prédio”. O veículo, no blindado, conduz nas múltiplas direções. As saídas, no exemplo das andanças em parques e ruas, incidem na completa inviabilidade. O convívio, no interior do condomínio, cai no destino. O receio, na descomunal guarida, sobrevém da segurança. A fobia, em sequestro relâmpago, acode na imaginação. A alastrada criminalidade, na incerteza, condena adotar cuidados. A estirpe, na fortuna empilhada, teme atuação da bandidagem. A liberdade, na facilidade das saídas e vindas, acorre em aspirações. Os aforados, no habitual, convivem na agonia da solidão.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.finocredito.com.br/
Imagem meramente ilustrativa.


O ardil da reeleição


O certo vereador, em módico negociante (de linha), reelege-se na sucessão das legislaturas (municipais). Os residentes, em parcela do retirado lugarejo, conhecem “ardil do ente público”. O negócio, no manobro humano, imita molde do “dono amansar cachorro”. Os naturais, no usual, atribuem escassa estima ao aprovado direito. O eleitorado, nas três centenas de apoiadores (no universo dos dois mil eleitores), aferem-se trocados no mimo. As festas, nos casos das sextas-feiras, acodem regadas na gratuita carne (churrasco) e cerveja. O carteado, no armazém, completa distração e paixão. Os afeiçoados, em alongadas distâncias, afluem em excepcionais amigos. Os parceiros, no ensejo do pleito, restituem confiança e elegância. A tarefa, em vereador, aufere bom salário. A cobrança, na inspeção, segue limitadas ciências. O negociante, na certa feita, afiançou: “O complicado, na política, versa em manter-se certo e honrado”. Os ingênuos, no banal benefício, comerciam benzido sufrágio.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: https://kekanto.com.br

O artifício necessário


O morador, no chalé da vila, seguiu indicado dos especialistas. A residência, no padecido pelo tempo, conheceu disseminação. Os cupinzeiros, na “praga urbana”, corroeram as madeiras. Os contratados, no trabalho informal, iniciaram arrancas e reparos. Os materiais, na demolição, auferiram devida destinação. O tambor, no cortado (em improvisada churrasqueira), alargou serventias (dos habituais assados das folias). O fogo, em ativas labaredas, foi corroendo as infestadas lenhas. As partes, no exemplo dos foros, janelas e pisos, foi ardendo como “gravetos e palhas”. A prudência, no reaproveitamento das lenhas (no fogão), derivaria na migração da endemia. A combustão, na abreviação de aversões, caía na melhor saída. Os concretos, nas reformulações, verificaram-se imprescindíveis. As madeiras, nas múltiplas utilidades, tornaram-se genéricos viveiros. Aquele conto: “O inicial barato sai caro no desfecho”. O fato, na experiência, expõe: “Qualquer obra, no tempo, vê-se roída”.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://insethunter.com.br/

A folia financeira


O empregado, no serviço casual, relatou no brio peripécias. O patrão, no intervalo, ouviu conto das folias (no final de semana). O sujeito, nas andanças, tomou adoidada cervejada. O armazém, na inicial acolhida, apreciou par de garrafas. O botequim, na afamada esquina, acorreu no consumo de outras três. A lancheria, no lugar do cadeado, adveio na ingestão de mais cinco. A folga, no joguinho de baralho, complementou distração. A família, no ínterim, convive nos abjetos consumos e precisões. O proprietário, em empreendedor rural, externou: “As cervejarias, na irreflexão, enaltecem façanha. O governo, no alquebrado cofre, alarga arrecadação. Os mercadores, no álcool, granjeiam sustento”. O consumidor, no ímpeto de acidente e transgressão no tráfego, “combina bebedeira com direção”. A comparte, no judiado da faina e tempo, aufere pão. A pessoa, na avançada idade, calha na penúria. O empreendedorismo, na falta de capital, advém abolido. A desdita financeira de uns subsiste na alegria monetária de outros. A realidade descreve: “A mente fraca perpetra em fazer sofrer corpo”.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://portaldearaucaria.com.br/

O alegórico teste


O residente, na acumulação do lixo urbano (defronte casa na via pública da vila), inovou na avaliação. O item, no intencional, ficou estirado na circulação. O objetivo, no unido dos naturais, averiguou esmero comunitário. O avaliador, na ausência de semana, imaginou apreciar ajuntamento e descarte do dejeto. A casca de madeira, no estorvo, daria adubo (na horta) ou lenha (no fogão). A rua, no obstruído, viria em ares de capricho e limpeza. O saliente material, no igual jeito, conservou-se jogado (no rejeitado). A apatia, no desleixo do lugar, assombra olhares e inibe negócios. Os urbanos, no corriqueiro, externam descaso nas coparticipações das tarefas (públicas). A facilidade, na elementar solução, advém em reclamar da atuação (nas instituídas administrações). A conduta, no aglomerado dos puxados, espelha próprio descuido. O torrão, no protótipo de gerência, acorre no problema do crescimento e melhoramento (social). A paisagem, na morada, espelha ações e crenças dos residentes.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://blogdovalente.com.br/