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sábado, 10 de setembro de 2016

A velha receita

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O eleitor, na política, anda enojado e ressabiado. Os candidatos, em poucos recursos, circulam na baixa exposição. Os moldes, na antiga campanha, caem na execução. As cervejas, em botecos e festas, induziam votação. Os jovens, em mídias, confiam em redes sociais. Os concorrentes, no grosso dos elegidos (prefeitos e vereadores), pensam em “arrumar própria vida”. O bom salário, no “baixo suor”, acode na captação dos cargos. O bem comum, no exercício (do alinho e honra), aflui na imprecisão da atuação. Os calejados entes, no êxito das urnas, praticam tarimbada estratégia. O constituinte, na escolha pelo sufrágio, quer “conhecer e contemplar os olhares do pedinte”. A conversação, em ares de amigo, reforça preceito da confiança e negócio. O recurso, em bate-papo e visita, advém em frutífera técnica. A ação, em resumo, assinala três eses: “muito suor, saliva e sola (-de-sapato)”. O eleitor, na anterior das eleições, acode adulado/comprado e, na pós-votação, confere-se atalhado/ignorado.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: http://www.sacadafashion.com.br/

A repassada vida

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O agricultor, na pacata povoação, resolveu “embarcar no conto das eleições”. O convívio, no unido dos amigos e vizinhos, consentiria votos (no imaginário). O aspirante, na política municipal, ficou na miragem. A vereança, no cômodo salário, resultaria no parco trabalho. A experiência, na “vitrine”, abonou história e fantasia. O curioso, no concurso, fluiu nos comentários e falatórios. Os sucedidos, em “podres do passado”, fluíram nos exames e relatos. Os casos, no ambíguo, exumaram envelhecidos negócios. A concorrência, na desgraça, acudia-se para denegrir aspiração e imagem. As chances, na incursão dos forasteiros, diluíram soma dos sufrágios. O amontoado, em dinheiro, viu-se gasto na aventura. Os parcos votos, no auferido, somaram aos “caciques e raposas do partido”. A incursão, em nobre e oneroso curso, descreveu aula. O fato diz: A vida pública, no exercício da ambição política, conduz na devassa da essência. A correção, no anseio de galgar postos, confere-se aferida e indispensável.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: http://www.periodicodecrecimientopersonal.com/

As vagas promessas

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O político, no desespero do presumível malogro (no desfecho da campanha), recorreu no artifício das circunstâncias. A candidatura, na vereança, advinha no terceiro ensejo. O jeitão, nas chances de votos, foi exteriorizar embustes e promessas. O cargo de confiança, em servidor público municipal, foi prometido às centenas (de eleitores).  Os ingênuos, em cabos eleitorais, tornaram-se junto aos amigos e familiares. O êxito, no melhor votado, sucedeu no pleito. A presidência, na câmara de vereadores, viu-se granjeada (no maior ganho). A vida pessoal, no bom e exato salário, regeu na melhoria de vida. A casa e carro novo, no luxuoso, sobrevieram nas compras. Os partidários, em antigos eleitores, ficaram “em ver navios”. A rejeição, em trapaceiro, encerrou pretensões políticas. O sujeito, na enclausurada vida, recorreu no receio (da agressão física). Os iludidos, na força do braço, ambicionaram no acerto das contas. Alguns, na baixa ciência (das instâncias públicas), acreditam no “Papai Noel”.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: http://www.jundiaqui.com.br/

A procissão das velas

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O beato, no pregador da pacata aldeia, criou conto. A história, em velhos relatos (repassados na memória), perpassa época e linha. A narrativa, no molde da “procissão das velas”, povoa imaginário popular. O pároco, no impróprio da citação, acudia em íntimo do comerciante. O clérigo, na acertada data, viu-se convidado na ceia. As partes, na conversa, aventaram questão do estoque (em encalhadas velas). O artigo, em amplo número, caía no estorvo (do depósito). O capital, em apropriada soma, sucedia no emperrado. O místico, na associação e divisão do lucro (na venda), armou e encravou ardil. O venerado, em exata data, marcou “procissão das velas”. As peças, no assinalado, acudiam em sinal de cruz (na base). As ditas especiais, em singular bênção, divinizaram ação. O saldo, na mercearia, transcursou em faltar produto. A precisão, em nova pedida, viu-se exigida. A receita, no dividido, afagou os consorciados camelôs. A convicção, no disfarçado, engrena consumo e economia.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://magiadobem.blogspot.com.br/