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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A arte da conquista

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A senhora moça, em bailados, sobrevinha na “fina flor do campo”. A vaidade, no granjeado poder aquisitivo, admitia os “encantos do consumo”. O vestuário, na “paridade de manequim”, acorria na maneira. Os pares, no apelo da dança, concorriam em acobertada fila. Os malandros, no calejado da arte da sedução, afluíam nos banais elegidos. Os acanhados, em medrosos e modestos, caíam no contínuo rejeite (“carrão” da aparente modelo). O certo sujeito, na qualidade de desprezado, concorreu na amizade e paciência. A conversa, no ensejo de “olhar vitrine”, incidia no diálogo e saudação. O elogio, no “desfile nos recintos”, trazia especial alento (ao ego). A sina, na imprópria escolha (na evolução da idade), regeu na associação. A fortuna, no coração, sobrepunha-se ao teor da superficialidade das aparências. O familiar, na pertinácia, assumiu apreço e ocasião. O aparente impossível, no atual, poderá ser possível no amanhã. As circunstâncias, no ensejo do tempo, modificam aspectos e interesses.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: https://brunoaxm.blogspot.com

A criação das dinastias

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Os sensatos políticos, na ganância e lambança, tiveram problemas na gerência pública. As contas, no fruto da má administração, regeram na inexigibilidade. Os calejados, na “profissão de políticos”, lançaram mão da evasiva. Os filhos, em “juvenil idade”, ganharam função e ocasião. Os ingênuos, em “constituída máquina eleitoral e melindrosos conchavos partidários”, confiam alcançar cargos (eletivos). A câmara dos vereadores, no primeiro passo, serve de função e trampolim. Os pais, no imaturo, coordenam show e mando. Os acriançados, em meros atores coadjuvantes, atuam no conjunto (dos “caciques e raposas velhas” da política). A ociosidade, em “chupim do Estado”, decorre instruída (na antecipada idade). Os eleitores, no “débito de afagos e graças”, prestam-se na eleição. O juízo, em legado, incide em repassar cátedra (no ente público). A dinastia, no incurso (municipal), advém no plano de perpetuar família e salário. A esperteza, no princípio do ócio, carece de artimanhas e limites (no gênio humano).

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: http://sensoincomum.org/