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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

O violento curativo

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O criador, em discreto da linha, acorria no dilema do domínio. O boi, em malhado na canga, caía no impróprio costume. O animal, em descuido do dono, investia no adereço dos cultivos. A vizinhança, em alarido, cobrava aclarações e avarias. Os estragos, no legítimo, incidiam em zanga e xingos. A invasão, em desleixo da cerca, via-se chamada. O improviso, em fim de contenção, calhava em gasto. O remédio, em emplastro, foi inventar lição. O choque, em eletricidade, viu-se aplicado. O arame farpado, em faixa clássica da saída, apreciou cilada. A junção de pólos, em oportuna espera, deu-se à cadência da evasão. A união, em fios, viu-se na extensão do pulo. O calejado roceiro, em largado, repetiu mania (na dor da fome). O criador, no baque, fechou corrente. O teor, em eletricidade, exagerou ação. O animal, em grito e pulo, esvaneceu da vida. O dono, em violento curativo, afluiu no dano. A burrice, em “dor no bolso”, enxovalhou consciência. As ciladas, no comum, recaem no próprio artífice.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.cpt.com.br/

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