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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O insano epílogo

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O ancião, em encanecido festeiro (colonial), achou-se na festa. O baile, em acalorado ambiente urbano (em afamado clube), caía na domingueira. O público, em variável, afluía das distantes paragens. O prazer, em bebidas e chamegos, ruía na intensa conversa e melodia. O vivente, em múltiplas cervejas (pagas), custeou outra rodada. A companhia, em jeitosa e jovem madame, merecia alegria e apreço (da ocasião). A contenção, em parcos anos de vida (em expectativa), findou esquecida (em sabedor). A fala, em compatrício, foi: “Os folgados, em herdeiros, desfrutarão do despojo. O ente, em finado, acaba velado e enterrado no apressado”. O juízo, em presentes do ritual, incide na avaliação: ‘Outro a menos para atrapalhar e incomodar em avançada idade’. A bonificação, em infeliz epílogo, calha em cheia pá de terra. A pessoa, em relações sociais (em parco tempo), decorreu em contumaz esquecido. O exemplo, em sábio, profere próprio modelo. A vida, em bons tempos, vale pelo vivido.

Guido Lang
“Histórias das Colônias” 

Crédito da imagem: http://oblogdojoseandantas.blogspot.com.br/

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