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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O insulto pessoal

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O mendicante, em moço aleijado, encontrava-se na sinaleira. O pé torto, em muletas, expunha problemas de locomoção. O rapaz, em aparências de saudável, poderia “ganhar pão” (em “suor do próprio rosto”). A petição, em agitada sinaleira, caía no “conjunto das moedinhas”. O calor infernal, em meio à insolação, chateava os viventes. O certo motorista, em pedido, adveio no sinal fechado (vermelho). A negação, em baque, dirigiu nos insultos e xingações. O pedinte, em alta fala, mandou “tomar naquele impróprio lugar”. A conduta, em “falha de criação”, conduziu na rejeição (de esmolas em distintos).
O episódio, em desemprego de milhões, esboça luta pela subsistência. As pessoas, em desespero, caminham “em nervos na flor da pele”. O auxílio, em centenas de jovens mendigos, advém na completa impossibilidade pessoal. O aglomerado urbano, em “assentado em casa e terreno seco”, conduz na subversão das confianças e valores. Os humanos, em dinheiro, assentam as ações e expectativas.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://regionalevangelico.com.br/

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