O apelo ao feitiço

O casal, em edifício, arrendou guarida. A peça, em banheiro/dispensa, cozinha/sala e quarto, caiu em paço. O contrato, em ano, foi cumprido na íntegra. A caução, em três meses de aluguel, regeu na isenção do fiador. O asseio, em espontânea, foi efetivado em prédio. A horta, em cuidada, enobreceu casal. O par, em aparentes ecônomos, morou bem aceito. A surpresa, na egressão, conduziu na desfeita do ajuste. A dona, em cobiçosa, adonou-se da fiança. A restituição, em título de reparos, adentrou na falta. A limpeza, em executada, descreveu em relapsa. Saldo: A aparente afeição e fé, em vivida, reverteram em injustiça e zanga. Os locatários, na saída, externaram bruxaria. A locação, no porvir, cairia na vaga. O anseio, em meses, reinaria no fechado. A grana, na indevida apropriação, completaria perdida. A bênção, em solicitação ao Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, ocorreu na pedida. A sina, no tempo, ratificou ansiado. A assimilação, em ilegítima, advém no azarão e desdita.

Guido Lang

“Histórias do Cotidiano Urbano”

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A antecipação do espólio

A idosa, em mãe e viúva, adiantou-se aos usuais episódios. A cancha, em função de narrações, dirigiu ao artifício. O exemplo, em esbulho do próprio mano, certificou da precisão. As famílias, em compartilhar despojos, advêm em homéricas batalhas e intrigas. Os irmãos, em apropriações indevidas (em fatias dos legados), cunham mágoas e talham relações. Cada qual, na consternação, segue oportuna sina. O terreno, em bem familiar, viu-se dividido no prematuro. Os filhos, em três, granjearam respectiva tira. A razão, no perecimento da dona, versa em atalhar ações e disputas. Os litígios, em sorte de advogados e Justiça, delapidam patrimônio (no avultado de áustera economia e suado trabalho). Os herdeiros, no póstumo, poderão dar destino (em manter ou vender). As vivências, na sucessão dos anos, criaram ente calejado. O veterano, em sábio, acaba em instrutor e visionário. A alegria, em vida, advém em satisfazer-se no necessário. O maior bem, em essência, acode em ser feliz e satisfeito.

Guido Lang

“Histórias do Cotidiano Urbano”

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