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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O modelo do politburo

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O funcionário, em assistente técnico (da velha equipe de gestão), aproveitou direito. As férias, em trinta dias, foram requeridas e usufruídas. A administração nova, no ínterim do tempo, apossou-se do ambiente. As caras novas, em equipe própria (do secretário), foram instituídas na direção. A chefia, em portas cerradas, determina ordens. O comitê executivo, em molde do politburo (da extinta União Soviética), adotou cópia. As decisões, em direito, provém de cima para baixo. Ao técnico, em quadro estatutário, convém meramente apreciar e obedecer às disposições. As discussões, em inovações e sugestões, acertam na completa abstinência. O servidor, em velho camarada da ideologia, apreciou ciência (do alcance e poder totalitário). O computador e mesa, em tidas no mister, viram-se confiscados (em achegados). O sujeito, em gaiato, ficou perambulando pelas salas. A recolocação, em ares de ostracismo, calhará no presumível. O serviço público, em peripécias, descreve contos e romarias.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: http://sciencepole.com/

A falta de alarde

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O negociante, em dono de armazém, via desaparecer artigos. As bebidas e picolés, em interior do frízer, esvaneciam nas caladas dos horários. A dificuldade, em desvendar autoria e estrago comercial, caía em curiosidade e provocação. O ladrão, em determinado jeito, afluía no interior da mercearia. O meio, em ausência de alarde, foi instalar aparelho. A lâmpada, em desroscada, auferiu serventia. A tomada, no interior, abrigou dispositivo. O sensor, no registro, ficou na cadência de espera. A luz acessa, em parca hora, revelou desfeita e segredo. O adolescente, em filho da vizinha, advinha no atrevido malandro. Os pais, em nota, granjearam intimidação. A escolha, em ocorrência policial ou ressarcimento dos danos, sucedia na escolha. A indenização, em amigos, contornou-se em melhor solução. O ladrão, em algum momento, equivoca-se na ação e discrição. O silêncio, em falta de alarde, permitiu desfazer mistério. A infração, em facilidade e oportunidade, aflui na propagação dos atos.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: https://www.youtube.com/