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domingo, 21 de maio de 2017

A briosa ratoeira

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Numerosos munícipes, em produtores rurais, vislumbraram nova ocasião. Os oportunistas, na ilusão da esperteza política, requereram cargas de saibro. A prefeitura, em milhares de carregamentos, transportou no desejo (no fervor da campanha). O pleito, no apadrinhado candidato, pintava ganho eleição. Os caminhões, em segundas a sábados, fazia ininterrupta romaria. O negócio, em gestão de quatro anos, acorria na “glória dos empreiteiros”. A população, na final hora, elegeu aspirante da oposição. O tribunal de contas, no controle da gerência pública, apontou gasto. A dívida, em usuário de serviços, acabou inscrita no erário. Os colonos, na requisição do benefício (do pacote agrícola), deveram pagar devidos. Inúmeros, em oculto, nutriram desilusão e raiva. A tática, na “levada”, foi esconder e resguardar fria. O preceito rural, em imperante, versa em “tirar o maior possível do governo”. “Alguns, na obtenção dos centavos, prestam-se em deixar passar arame rugoso no traseiro”.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://novamais.com

A moda das madames

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Os habitantes, em abonados entes (dos condomínios), moram centrados e fechados. A segurança, em alastrada bandidagem, gera calafrios (na mera menção). As famílias, em apartamentos e casas, caem na mania (das cidades). Os serviços, em ponto de cartão, advêm na apreensão pública. A urbe, em “distintos do sistema”, abriga elite social. Inúmeras madames, em criação, nutrem hábito. Os horários, na abertura da manhã e desfecho da noite, instituíram trivial passeio. A breve saída, em recintos (artificiais e soberbos), acode na contínua companhia. A cachorrada, em enfurnada nas moradas, contempla especial caminhada. Os animais, nas obrigações fisiológicas, afeiçoam defecar (seguidos e presos na coleira pelos amos). Os espaços, em gramados, plantas e postes, acabam borrados (nas alamedas e vias). Os pedestres e veículos, em constância, circulam e pisam nos indevidos. O odor, em bandas variadas, completa alastrado. Os humanos, nas tolices, inventam comércios e problemas.
Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://webcachorros.com.br